Do Estado de Minas:
Na ponta do lápis, os brasileiros constatam que, em 2021, apesar de a Agência Nacional de Saúde (ANS) ter autorizado reajuste de 8% na assistência médica, o percentual de aumento nas mensalidades, quando acrescidos os valores não pagos durante a pandemia, ficou nas alturas.
O impacto no bolso é de 12% a 49% a mais, dependendo da modalidade do contrato (individual ou coletivo, considerando mudança de faixa). Enquanto os clientes se queixam, diante da necessidade urgente de atendimento na crise sanitária, somente no primeiro trimestre de 2020, as empresas de plano de saúde reduziram suas despesas em 3,6% e aumentaram o lucro líquido em 72,4%, em relação ao mesmo período de 2019.
Levantamento da Classificadora de Risco Austin Rating aponta que, entre o primeiro trimestre de 2018 e de 2019, as receitas subiram 7%, de R$ 166,035 bilhões para R$ 177,694 bilhões, alta de 7%. De 2019, para 2020, passaram R$ 180,503 bilhões (1,6%).
(…) “É evidente que os planos de saúde compensaram os gastos das despesas com a pandemia repassando os custos para os clientes”, destacou Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.
Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, contou que a impressão é de que a estratégia das operadoras é provocar uma situação na qual os mais velhos não possam arcar com as despesas para substituí-los por um público mais jovem e menos dependente de exames e internações.
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Planos de saúde têm lucro recorde na pandemia e estratégia é expulsar os mais velhos do negócio - Diário do Centro do Mundo
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