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Wednesday, June 30, 2021

Profissionais de saúde não vacinados são suspensos na Itália - Época NEGÓCIOS

Vacina; vacinação (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

As autoridades sanitárias da região de Trentino-Alto Ádige, extremo-norte da Itália, suspenderam pelo menos 115 profissionais de saúde que se recusaram tomar vacina contra a Covid-19, revelaram fontes à ANSA nesta quarta-feira (30).

A informação foi confirmada por representantes da agência sanitária local após a conclusão de um processo de verificação. A suspensão entrará em vigor a partir desta quinta-feira (1º).

"Aqueles que não forem vacinados serão impedidos de realizar serviços ou tarefas que envolvam contatos interpessoais ou envolvam qualquer outra forma o risco de propagação da infecção Sars-Cov-2", diz o comunicado.

Os funcionários já haviam sido notificados com um ato formal sobre o descumprimento da obrigação de vacinação estabelecida pelo decreto do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, de 1º de abril de 2021.

O decreto torna obrigatória a vacinação de médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros trabalhadores que mantenham contato com pacientes em unidades de saúde da iniciativa pública ou privada.

Todos que descumprirem a medida podem ser suspensos de seus postos de trabalho até dezembro, sujeitos a corte de salário.

Nos últimos dias, o subsecretário de saúde, Andrea Costa, afirmou que "é inadmissível que um cidadão que entra em um hospital para ser tratado corra o risco de ser infectado por quem deveria tratá-lo".

A região italiana é uma das que mais acumula médicos, profissionais da saúde e cidadãos do movimento No Vax, que é contra a vacinação anti-Covid. Até o momento, 3.967 operadores sanitários não foram vacinados na província de Bolzano desde o início da campanha de imunização.

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Universidade na Nova Zelândia anuncia dispositivo para perda de peso que limita a abertura da boca - G1

Dispositivo magnético limita a abertura da boca a apenas 2 milímetros — Foto: Universidade de Otago

Dispositivo magnético limita a abertura da boca a apenas 2 milímetros — Foto: Universidade de Otago

Pesquisadores da Nova Zelândia e do Reino Unido desenvolveram um dispositivo odontológico para promover a perda de peso. Chamado de DentalSlim Diet Control, o aparelho limita a abertura da boca, fazendo com que a pessoa não consiga ingerir alimentos sólidos, apenas líquidos.

Adaptado por um dentista, o dispositivo magnético utiliza ímãs que prendem os molares superiores aos molares inferiores, limitando assim a abertura da boca a apenas 2 milímetros.

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O intuito do aparelho, segundo os pesquisadores, é restringir a alimentação dos pacientes obesos que desejam emagrecer a uma dieta estritamente líquida e que promova uma rápida perda de peso.

“O dispositivo pode ser particularmente útil para aqueles que precisam perder peso antes de se submeter à cirurgia e para pacientes com diabetes para os quais a perda de peso pode iniciar a remissão”, argumentam os pesquisadores.

Como funcionou o estudo

Para avaliar a eficácia e a tolerância das pessoas ao uso do dispositivo, pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, e do Hospital Escola de Leeds, no Reino Unido, realizaram um estudo clínico com sete mulheres obesas que desejavam emagrecer.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica "The British Dental Journal", da Nature.

As participantes utilizaram o mecanismo por duas semanas e passaram por consultas de revisão após 1, 7 e 14 dias de uso, onde deveriam relatar suas impressões sobre o dispositivo.

Dispositivo odontológico possui um mecanismo de segurança que permite a abertura do aparelho, em caso de emergência — Foto: Reprodução

Dispositivo odontológico possui um mecanismo de segurança que permite a abertura do aparelho, em caso de emergência — Foto: Reprodução

Ao fim do período, cada mulher perdeu cerca de 6,36 kg. No entanto, duas semanas após a remoção do dispositivo, houve ganho médio de peso de 0,73 kg.

Vida 'menos satisfatória' e constrangimento

Embora o texto afirme que “o dispositivo foi projetado de forma que a configuração mantivesse as vias aéreas, permitisse a fala e a alimentação com dieta líquida”, as pacientes relataram dificuldade em pronunciar algumas palavras.

Entre os efeitos adversos do dispositivo, as mulheres relataram desconforto intenso do atrito do dispositivo com as bochechas e indicaram que “ocasionalmente, se sentiam constrangidas, e que a vida, em geral, era menos satisfatória”.

Apesar dos apontamentos das pacientes, os pesquisadores defendem que o dispositivo não tem efeitos adversos e que o uso do aparelho pode ser uma alternativa mais barata e mais segura do que a cirurgia bariátrica.

“Portanto, sugere-se que muitas pessoas obesas podem achar este um tratamento alternativo atraente para alcançar uma perda de peso bem-sucedida”, afirmam os pesquisadores.

Alto risco de asfixia e outros problemas

Segundo o autor e vice-reitor da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Otago, Paul Brunton, o dispositivo é “uma alternativa não invasiva, reversível, econômica e atrativa aos procedimentos cirúrgicos”.

O estudo clínico, contudo, traz informações que contradizem a frase do autor.

A investigação relata que o uso do mecanismo “oferece alto risco de asfixia” caso os pacientes vomitem ou tentem ingerir alimentos sólidos.

“Foi incorporado um mecanismo de segurança que permite o desligamento do dispositivo em caso de uma emergência, como um ataque de pânico ou quando surge a possibilidade de asfixia”, afirmam os pesquisadores do estudo clínico.

Essa não é a primeira vez que é criado um dispositivo com o propósito de "fechar a boca". Em 1980, um dispositivo semelhante se tornou popular.

Na época, pacientes que utilizaram o aparelho por cerca de 9 a 12 meses desenvolveram doença gengival. Em alguns casos, houve problemas contínuos com a restrição do movimento da mandíbula e alguns desenvolveram condições psiquiátricas agudas.

Para o dentista especializado em disfunção temporomandibular pela Escola Paulista de Medicina, Gustavo Issas, esse é um dos muitos problemas relacionados à saúde bucal que o uso prolongado do dispositivo pode proporcionar.

“O uso prolongado de um dispositivo que limita a mobilidade da mandíbula pode causar danos temporários ou até mesmo irreversíveis à articulação da face”, afirma Issas.

Para Angélica Messa Gargel, especialista em ortodontia, o uso do dispositivo também impossibilita a higiene bucal, pois dificulta o uso do fio dental e a remoção da placa bacteriana através da escovação.

"Manter a higiene bucal em dia é primordial, pois a boca é a maior cavidade do corpo a ter contato direto com o meio ambiente e acaba sendo porta de entrada para bactérias e outros microrganismos", afirma

O risco das dietas líquidas

Para Fernanda Imamura, nutricionista especializada em transtornos alimentares pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a restrição alimentar, seja ela qualitativa ou quantitativa, traz diversas consequências negativas para a saúde física e mental, podendo gerar ansiedade, estresse, mau humor e, em muitos casos, ter o efeito contrário ao desejado, promovendo pensamentos obsessivos com a comida.

“Na minha opinião, o dispositivo proposto no estudo desumaniza as pessoas gordas e é praticamente uma forma de tortura”, afirma Imamura.

A obesidade, segundo ela, é algo multifatorial e que “utilizar um imã para que as pessoas fiquem com a boca fechada é ignorar toda a complexidade da alimentação e do ser humano e se distancia completamente do que é promover saúde”.

Imamura explica que dietas líquidas podem ser usadas em casos muito específicos de doenças e de pós-cirúrgicos, mas não devem ser incentivadas para a população como uma estratégia para o emagrecimento ou para a promoção da saúde.

A mastigação é um ato importante, não só biologicamente por promover a movimentação da articulação do músculo, mas também porque é o primeiro passo do processo digestivo.

Além do mais, a alimentação e suas características, como aroma e sabor, envolvem um importante fator psicológico e emocional: afeto.

“Estimular dietas líquidas promove uma relação ruim com a comida, pois é uma forma de restrição alimentar muito intensa e pode ser gatilho para o desenvolvimento de transtornos alimentares”, afirma Imamura.

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Tomar banho todos os dias pode aumentar infecções, segundo especialistas - Estado de Minas

(foto: crédito: D.A Press)
(foto: crédito: D.A Press)
Quantos banhos você toma por dia/semana? A lavagem excessiva do corpo pode reduzir a hidratação da pele, o que a deixa seca e permite a entrada de germes, segundo a especialista em doenças infecciosas Dra Elaine Larson, da Universidade de Columbia, em entrevista ao Daily Mail.
Além disso, o Dr. C. Brandon Mitchell, professor assistente de dermatologia na Universidade George Washington, explicou, ao portal de notícias, que o banho remove óleos naturais que contém bactérias “boas”, importantes para o sistema imunológico.
De acordo com ele, um ou dois banhos por semana seriam o suficiente: “Banhos diários não são necessários”, acrescenta. O jornal reforça que tais medidas variam de acordo com as características corporais de cada indivíduo.
Dr. Mitchel falou à TIME que o corpo é uma máquina natural de boa oleosidade e que a maioria das pessoas exageram na quantidade de banhos.
Ele sugere que as pessoas só tomem banhos se sentirem a pele saudável e hidratada, e que não encham o corpo de sabonete, apenas em áreas com cheiros, como os pés e as axilas.
O doutor também orienta que pessoas com cabelos secos os lavem com intervalos de algumas semanas, e que as com problemas no couro cabeludo, como caspa, lavem-no algumas vezes por semana.
Para prevenir doenças, ele indica a lavagem frequente das mãos e das roupas, as quais acumulam células mortas da pele.
Estudo com moradores da Amazônia
Em janeiro, uma pesquisa da Universidade de Utah foi publicada sobre o impacto dos banhos nos micróbios saudáveis existentes no corpo humano.
Pesquisadores analisaram indivíduos de uma vila remota da Amazônia, e concluíram que suas peles têm “a maior diversidade de bactérias e funções genéticas já identificadas em humanos.”
Assim, concluíram que a população urbana do Ocidente é “limpa demais”, o que prejudica as populações de micróbios da pele.
Higiene de computadores
O Daily Mail também traz outro estudo, da Dra. Lisa Ackerley, expert em higiene e professora da Universidade de Saltford. Segundo ela, trabalhadores que passam o dia usando o computador têm contato com 100 milhões de bactérias por dia.
Assim, condições não higiênicas de quem trabalha com o teclado e o mouse diariamente possuem 400 mais bactérias do que um vaso sanitário comum.
Ela afirma que esses micróbios nos itens de trabalho são "contribuidores chave" para a morte de 131 milhões de trabalhadores por ano no Reino Unido e mais no resto do mundo, por doenças incluindo gripes e febre.
Além disso, bactérias e vírus podem se multiplicar em superfícies sólidas, mantendo-se contagiosas por 24h. Por isso, a doutora alerta para que as pessoas higienizem seus celulares e computadores diariamente.

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Tuesday, June 29, 2021

Ministério decide não incorporar a ECMO ao SUS; terapia foi usada no tratamento de Paulo Gustavo - Saúde Estadão

O Ministério da Saúde decidiu, em portaria publicada no dia 25 de junho, que a terapia ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea, na tradução do inglês) continuará não sendo incorporada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão foi tomada a partir de recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema Único de Saúde (Conitec).

Conhecida por ter sido utilizada no tratamento do artista Paulo Gustavo, que acabou falecendo por complicações da covid-19, a ECMO divide opiniões de especialistas da área de saúde.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que, além dos altos custos, a decisão levou em consideração a "inviabilidade de certificação de novos centros no contexto da pandemia". "O procedimento só pode ser utilizado em ambiente hospitalar, em centro especializado e com equipe multiprofissional com treinamento específico para execução e deve preencher requisitos de estrutura. A pasta esclarece, ainda, que a incorporação beneficiaria uma parcela pequena da população, já que as estimativas apontam que apenas 1% dos pacientes críticos com covid-19 necessitam de ECMO."

Os principais argumentos da Conitec para a não incorporação da ECMO são o “grau de incerteza” do procedimento, que, segundo relatório da Comissão, “variaram bastante” entre os estudos analisados, e o custo elevado do tratamento em relação à Ventilação Mecânica Invasiva (VMI).

“A não incorporação da ECMO pelo SUS foi um grande retrocesso. A ECMO faz parte do arsenal terapêutico de enfrentamento à covid, assim como faz parte de outros tratamentos. É com pesar imenso que no Brasil a gente pode usufruir disso só em hospitais privados”, diz a cardiologista e diretora da ECMO Minas, Marina Fantini. A ECMO Minas é uma empresa especializada nesse tipo de terapia.

A médica defende que, enquanto a ventilação pode machucar o pulmão e resultar em uma disfunção pulmonar crônica, que vai depender de trabalhos paralelos de recuperação, a ECMO possibilita que o pulmão fique “descansando”. Assim, quando o quadro agudo de covid-19 é superado, o pulmão está pronto para retomar as atividades.

“A ECMO, no contexto da covid-19, é uma terapia utilizada para poupar o paciente, não uma terapia de resgate. Ela poupa o pulmão. Então, quando o paciente não responde às medidas instituídas, a ECMO é instalada para poupar a função pulmonar”, diz. O tratamento por ECMO em pacientes infectados pelo coronavírus é indicado para pessoas abaixo de 50 anos e, segundo Fantini, para estágios ainda não avançados da doença.

Em hospitais particulares de Belo Horizonte, cidade em que Fantini atua, e em várias outras cidades do Brasil, é possível fazer a terapia ECMO paga pelos convênios. “Não é uma terapia para aventureiros. A gente não quer popularizar, mas democratizar”, destaca.

Fantini defende ainda que o argumento da Conitec de ECMO aumenta o custo é um dado muito frágil. “A médio e longo prazo, a ECMO economiza para os cofres públicos, já que os pacientes podem ficar menos tempo em UTI, reduzindo os gastos da internação”, argumenta. A incorporação da ECMO já havia sido discutida pela Conitec em 2015 e a recomendação seguiu o mesmo caminho.

Para o médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) José David Urbaéz, em momentos de pandemia, o sistema público de saúde tem de ser cirúrgico na incorporação de tecnologias para atender à enorme quantidade de casos. Em meio isso, segundo o médico, a incorporação da ECMO pelo SUS acabaria não gerando tantos resultados. “É uma tecnologia com resultados parciais. Menos de 50% que vão para o tratamento com ECMO sobrevivem”, diz Urbaéz.

O médico relata que, mesmo em hospitais privados, o tratamento por ECMO sofre resistência, já que os resultados não são tão animadores. “Os planos têm toda uma restrição ao uso de ECMO, milhares de obstáculos e questionamentos. O tratamento é extremamente caro: tanto o hardware e os materiais descartáveis, quanto a necessidade do suporte em uma unidade de alta complexidade. É uma medida heróica, para um paciente jovem que não tem comorbidades”, complementa.

“Eu acharia uma insensatez administrar recursos para incorporar a ECMO (ao SUS) ao mesmo tempo em que se tira recursos para a vigilância genômica na pandemia”, ressalta o médico, que defende ainda o enfoque em políticas públicas de testagem, a compra de mais oxímetros de pulso, entre outras ações mais amplas na pandemia.

“Obviamente, é desejável que este tratamento venha a ser incorporado pelo SUS, como uma opção aos casos muito bem indicados, mas ainda há dúvidas sobre a forma e o momento de se fazer essa incorporação”, comenta o professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e coordenador da Comissão de Terapia Intensiva da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Bruno Pinheiro.

O médico destaca que a dúvida quanto aos efeitos da ECMO na redução da mortalidade já existia para outras causas de insuficiência respiratória e se manteve para a covid-19. Desse modo, a falta de comprovação definitiva de redução na mortalidade com a ECMO é um dos fatores para se questionar sua implementação no SUS.

“A grande maioria dos pacientes, mesmo com formas graves, podem ser bem conduzidos sem ECMO, desde que com as demais condições necessárias para o tratamento de um paciente crítico atendidas. Isso implica na disponibilidade de ventiladores mecânicos adequados, equipamentos para monitorização, possibilidade de hemodiálise, medicamentos disponíveis e, principalmente, equipe capacitada, treinada e dimensionada para o número de pacientes a serem atendidos”, defende Pinheiro.

O que é a ECMO

O sistema de oxigenação extracorpórea, segundo relatório da Conitec, consiste em um sistema de tubos de plástico, uma bomba que impulsiona o sangue e uma membrana de oxigenação de polimetilpenteno (um tipo de plástico que permite a passagem de gases). É essa membrana que possibilita a saída do gás carbônico e a entrada do oxigênio para as células do sangue.

Para o funcionamento do aparelho, é inserida uma cânula em uma veia de grosso calibre da perna. Assim, uma grande quantidade de sangue flui para a membrana e o sangue oxigenado é, então, bombeado de volta para o organismo. A ECMO pode ser utilizada apenas em ambiente hospitalar, em centro especializado e com equipe multiprofissional com treinamento específico para executar esse procedimento.

De acordo com a Conitec, quando comparado o uso exclusivo de ventilação mecânica protetora em pacientes com SARA (síndrome do desconforto respiratório agudo, na tradução do inglês) com o uso da ECMO aliada à ventilação mecânica protetora, verificou-se que aqueles que usaram a ECMO tiveram um aumento de 33% no tempo de vida ganho. Também foi observada uma tendência de vantagem da ECMO no que diz respeito à qualidade de vida. 

“Contudo, a extensão desses benefícios e o grau de incerteza variaram bastante entre os estudos”, diz o relatório da Conitec. “A Conitec recomendou inicialmente a não incorporação no SUS da oxigenação extracorpórea (ECMO) para suporte de pacientes com insuficiência respiratória grave e refratária.”

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Vídeo: hospital zera pacientes com covid em UTI e profissionais de saúde comemoram, no RN - Crescer

Os profissionais de saúde do Hospital Wilson Rosado, de Mossoró, Rio Grande do Norte, trouxeram uma notícia de esperança em meio a tantas perdas: pela primeira vez, desde o início da pandemia, o hospital conseguiu zerar o número de pacientes com covid internados na UTI. "Hoje, encerramos mais um ciclo, fechar essas portas tem um significado enorme para a gente, de força, de resistência, de vida", escreveu o enfermeiro Joalison Barbosa em sua rede social.

Junto, ele postou um vídeo em que o último paciente recebe alta da ala. Em seguida, os profissionais fecham as portas e comemoram. "Sabe esses profissionais que estão comemorando no vídeo? São aqueles que estão na linha de frente, enfrentando uma pandemia há mais de um ano, vivendo e vendo o medo e a dor de perto. Aí dentro, sorrimos, sofremos, vibramos a cada alta, choramos a cada perda, nem sempre ganhamos, mas absolutamente em todas, tentamos. O sorriso no rosto é de alívio por vencer mais essa batalha. As palmas são de gratidão a Deus por até aqui ter nos sustentado. A vibração é o gostinho da vitória, de ver que, cada vez que saímos da nossa casa, do nosso conforto, da nossa família, para dar sentido à vida e o amor de alguém, valeram a pena. Isso não significa que a pandemia acabou, a luta ainda continua, dia após dia, até esse pesadelo acabar. Mas, zerar uma UTI COVID nos enche de esperança, de que dias melhores estão vindo, estão chegando e está perto! E nós continuaremos aqui, firmes, fortes e confiantes em dias melhores, para sempre!", concluiu ele.

UTI de covid zera pacientes e profissionais de saúde comemoram, no RN (Foto: Reprodução/Instagram)

UTI de covid zera pacientes e profissionais de saúde comemoram, no RN (Foto: Reprodução/Instagram)

O vídeo foi postado na segunda-feira (28) e está viralizando nas redes sociais. Em entrevista à CRESCER, o diretor administrativo do hospital, Marcos Moura, acredita que isso foi possível, em grande parte, graças a vacinação contra a covid-19. "Nos últimos dez dias, a procura por atendimento por pacientes com covid tem reduzido significativamente e o internamento em UTI mais ainda. A gente imagina que seja em virtude de um conjunto de cuidados que a população e as autoridades estão tendo, de manter o distanciamento social, das limitações de algumas atividades, mas, principalmente, da vacinação. Pois, nos últimos trinta dias, começou a intensificação da segunda dose da vacina. Acreditamos que isso tenha gerado um efeito bem significativo", afirmou.

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Segundo Marcos, o hospital atende a pacientes de todas as idades. "Na primeira onde, a maioria era da tarceira idade; na segunda, ficou meio a meio entre pacientes idosos e jovens, inclusive chamou atenção o grande número de pessoas em estado grave e sem comorbidades", disse. "Possuímos quatro UTI's e, no início, duas foram destinadas apenas para pacientes com covid. Chegamos a ter vinte pacientes internados com covid, mas, a medida que a ocupação foi caindo, desativamos a primeira e, nesta segunda-feira (28), foi a vez da segunda", comemorou.

Cuidados devem continuar

No entanto, o diretor alerta que a desativação da UTI covid não significa que os cuidados devem ser deixados de lado. "Os cuidados não podem cessar, de forma alguma. As pessoas devem seguir usando máscaras, higienizando as mãos, mantendo distanciamento. Os cuidados devem permanecer, mesmo entre os vacinados", alertou. "Embora a gente tenha desativado a UTI covid, ela permanece pronta, caso seja necessário. Enquanto isso, vamos utilizá-la para outras complexidades", finalizou.

O Hospital Wilson Rosado é privado, referência no oeste do estado e atende três altas complexidades do SUS, que são oncologia, cardiologia e neurocirurgia. Ele também é referência na região para a saúde suplementar e, nessa área, atende todas as especialidades.

Covid no RN

O Rio Grande do Norte registrou 336.805 casos confirmados de Covid desde o início da pandemia. A doença vitimou 6.732 pessoas no estado, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desta segunda-feira (28). Segundo a Sesap, três mortes notificadas ocorreram nas últimas 24 horas.

Atualmente, 658 pessoas estão internadas por causa da Covid no RN - 485 na rede pública e 173 na rede privada (apenas 8 dos 10 hospitais privados atualizaram os dados, de acordo com a Sesap). Com 291 pacientes, a taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 70,5% na rede pública; com 108 internados, a rede privada tem 70,5% de ocupação.

Até às 21h38 desta segunda-feira (28), 31,45% da população do estado receberam a primeira dose e 11,51% a segunda.

Assista, abaixo, ao vídeo que viralizou nas redes sociais (se não conseguir visualizar, clique aqui):

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Em meio à pandemia, Ministério Saúde lança guia de exercícios para combater obesidade, e cartilha ignora uso de máscara e distanciamento social - O Globo

BRASÍLIA — A prática regular de atividades físicas pode ajudar a reduzir obesidade e doenças crônicas, fatores de risco para a Covid-19, além de fomentar a saúde mental, afetada pela pandemia. É o que mostra o primeiro guia de exercícios físicos para a população, divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira.

— A falta de atividade físicas é um fator de risco muito importante, primeiro para a obesidade e, segundo, para enfermidades crônicas não transmissíveis e que são predominantes em nossa população. Nós podemos envelhecer saudavelmente e nós podemos também melhorar nossa saúde física, nossa saúde mental. (...) A atividade física não é um medicamento, mas precisa de um trabalho intersetorial — disse a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross.

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O documento, no entanto, não traz orientações específicas para o período de pandemia, como a recomendação do uso de máscara (e seus diferentes tipos), o distanciamento social e os níveis de risco de contágio por Covid-19 para a prática em ambientes ao ar livre ou fechados. Em vez disso, recomenda o uso de boné, camisa de manga longa e protetor solar.

Com cerca de 70 pesquisadores, o trabalho foi realizado em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), sob a coordenação do ex-reitor da instituição, Pedro Hallal. Segundo o epidemiologista, nenhum dos cientistas foi convidado para a cerimônia — que contou com a participação de funcionários da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) do ministério — por retaliação.

Hallal, que prestou depoimento à CPI da Covid na semana passada, foi responsável por coordenar o Epicovid-19, maior estudo sorológico sobre o novo coronavírus realizado no Brasil.

O material está disponível em português, inglês, espanhol e braile.

Região mais obesa do mundo

Segundo o guia, bebês de até um ano devem se exercitar por 30 minutos, de bruços. O tempo sobe para pelo menos 3 horas para crianças de até cinco anos. Dos seis aos 17 anos, a prática deve ser diária. Já adultos devem realizar atividade física por pelo menos 150 minutos semanais — ou 75, se a prática for vigorosa — com exercícios de fortalecimento muscular e ósseo. Idosos, por sua vez, devem incluir atividades para fomentar o equilíbrio também.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que doenças crônicas matem, aproximadamente, 41 milhões de pessoas por ano no mundo, o que representa 71% dos óbitos. Os dados se refletem no Brasil, onde doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) alcançam cerca de 70% das causas de mortes em adultos, mostra pesquisa da Escola Bloomberg de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins.

— A região das Américas é, lamentavelmente, a mais obesa do mundo. Essa região tem também uma queda das atividades físicas — afirmou Gross, citando como motivos a rápida urbanização, tempo de deslocamento, longas distâncias e maior uso da televisão.

O ministro Marcelo Queiroga não participou da solenidade, que foi fechada para perguntas da imprensa.

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Secretário de Saúde diz que Lázaro chegou morto ao hospital - Record TV

O Secretário de Saúde da cidade de Águas Lindas de Goiás, Rui Borges, afirmou em entrevista ao repórter Roberto Cabrini que Lázaro Barbosa já chegou morto a um hospital da cidade. O assassino em série foi atingido por disparos pela polícia após 20 dias de buscas.

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Planos devem R$ 2,9 bi ao SUS; valor pagaria 58 milhões de doses de vacina - UOL Notícias

Se você tiver plano de saúde, sofrer um acidente e for encaminhado a um pronto-socorro do SUS (Sistema Único de Saúde), a lei determina que a conta do atendimento seja enviada para a sua operadora. Porém, em vez de cumprir a legislação e pagar as faturas, parte das empresas prefere questionar os valores na Justiça e acumular dívidas com a União —"travando" bilhões de reais, que poderiam ser investidos em melhorias no serviço público de saúde.

Por conta dessa estratégia, os planos privados devem cerca de R$ 2,9 bilhões ao SUS, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), responsável por fiscalizar o setor e cobrar o pagamento.

As maiores devedoras são a Hapvida e a NotreDame Intermédica, que anunciaram fusão em março e devem juntas ao menos R$ 648 milhões (22% do total). Elas negam que a judicialização e o atraso nos pagamentos sejam estratégia de negócio e acusam a ANS de realizar cobranças indevidas.

Dívida de planos de saúde com o SUS - Repórter Brasil - Repórter Brasil

Dívida de planos de saúde com o SUS

Imagem: Repórter Brasil

Mas enquanto os débitos se arrastam na Justiça, o SUS deixa de receber recursos previstos em lei. Com os R$ 2,9 bilhões da dívida total, equivalente a US$ 588 milhões, daria para comprar ao menos 58 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 (considerando o valor de US$ 10 por dose pago pelo Ministério da Saúde na maioria das vacinas), o que seria suficiente para imunizar 29 milhões de pessoas.

"É claro que esses valores fazem falta. Trata-se de uma injustiça, um favorecimento às empresas, que estão sempre no azul, enquanto o SUS é subfinanciado", afirma o pesquisador José Antonio Sestelo, representante da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) na Comissão de Saúde Suplementar do CNS (Conselho Nacional de Saúde), que monitora as ações do Ministério da Saúde. Entre os serviços com mais indenizações pendentes estão hemodiálise, transplante de rim e partos.

Por que a cobrança é feita?

O ressarcimento ao SUS consta na lei 9.656 e foi criado para equilibrar as contas do sistema público e evitar que as operadoras ganhem duas vezes: com as mensalidades e sem gastar com o atendimento aos clientes. A medida não tem impacto financeiro ao usuário, já que a conta é enviada ao plano de saúde.

"As empresas cobram dos seus clientes e incluem a oferta de determinados serviços. Se o paciente usou o hospital público, a operadora está ganhando sem trabalhar, sem gastar com equipe e estrutura, por isso o SUS pede o ressarcimento", afirma Sestelo.

O dinheiro arrecadado vai para o Fundo Nacional de Saúde (FNS), que financia investimentos em saúde, seja na compra de equipamentos ou de vacinas contra a covid.

Inadimplentes em fusão

Líder do ranking, a Hapvida tem débito de R$ 382 milhões e nunca pagou um único centavo. Já a NotreDame Intermédica, com dívida de R$ 265 milhões, quitou apenas R$ 9.306 (0,003%). A fusão das companhias, que depende ainda da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), dará origem à maior operadora de planos de saúde do país, com 8,4 milhões de clientes e receita líquida de R$ 18 bilhões.

A Hapvida é líder no Norte e Nordeste, e a NotreDame, no Sudeste, porém ambas têm foco em clientes com menor poder aquisitivo (com mensalidades em torno de R$ 220). Por trás da Hapvida está o oncologista Candido Pinheiro, que está na lista de bilionários da Forbes, com fortuna estimada em R$ 20 bilhões.

Já a NotreDame foi fundada pelo médico Paulo Sérgio Barbanti, em São Paulo, e hoje é gerida pelo fundo norte-americano Bain Capital.

Segundo o Banco Central, ambas estão inscritas na Dívida Ativa pelo não ressarcimento ao SUS. De acordo com o banco, a Hapvida entrou em 2013 para o Cadin (uma espécie de "Serasa" das empresas e pessoas que devem ao governo federal), e a NotreDame, em 2016.

Apesar de esse cadastro limitar a obtenção de créditos e incentivos, ambas não só continuaram crescendo e comprando concorrentes como atualmente prestam serviço para órgãos públicos. A Hapvida assinou contrato com a Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e a NotreDame, com as Forças Armadas.

Como é calculada a indenização ao SUS

A dívida das operadoras é calculada a partir do cruzamento de informações sobre os atendimentos no SUS e os usuários dos planos de saúde. Depois da notificação da ANS, as operadoras podem recorrer administrativamente. Seus argumentos mais comuns são de que o paciente estava em período de carência ou que o serviço não está previsto no contrato. Se comprovado o argumento, a ANS pode cancelar a cobrança ou recalculá-la. Caso contrário, é emitido boleto para pagamento e começam a contar os juros.

Os dados da ANS mostram que a estratégia padrão de algumas companhias é recorrer administrativamente e, depois, empurrar a dívida na Justiça. "É claro que as empresas não querem pagar, então as operadoras vão prorrogando até a hora que der", afirma Isabela Soares Santos, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz.

Lei prevê que conta de atendimento em hospital público de clientes de planos seja paga por convênios - Marcello Casal Jr/Agência Brasil - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Lei prevê que conta de atendimento em hospital público de clientes de planos seja paga por convênios

Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

As falhas do processo

A judicialização se baseia em três pontos, segundo o advogado Luiz Felipe Conde, presidente da Comissão Especial de Saúde Suplementar do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil): as empresas questionam o cálculo da ANS, o momento em que os juros começam a valer e o prazo em que as dívidas caducam.

A ANS afirma que tem investido para aprimorar os processos. Mas os dados mostram que o sistema ainda tem falhas, como o longo prazo de um ano até que uma operadora seja notificada. À Repórter Brasil, técnicos da agência disseram que para reduzi-lo seria
preciso mudar os procedimentos no SUS, que demora para consolidá-los.

Outro problema é que são cobrados apenas os atendimentos ambulatoriais de alta complexidade, deixando as consultas de fora.

Despesas ambulatoriais, tecnicamente de menor valor, geram gastos para o SUS e não são ressarcidas"
José Antonio Sestelo, da Abrasco

O que dizem as empresas

Questionado pela Repórter Brasil, o Grupo NotreDame Intermédica não reconheceu a dívida de R$ 265 milhões com o SUS, apesar de a empresa constar na "lista suja" de devedores da União. A operadora argumenta que, "quando entende que as cobranças não são pertinentes, esgotados os meios das defesas administrativas, exerce seu direito de discutir em âmbito judicial, efetuando 100% dos respectivos depósitos de garantia".

Já a Hapvida afirmou que se manifestaria por meio da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde). Em nota, a associação criticou a demora da ANS em notificar as operadoras e disse que questiona as cobranças, mesmo após o Supremo Tribunal Federal decidir que a indenização ao SUS é constitucional. Leia os posicionamentos na íntegra.

Para a Abrasco, os quase R$ 3 bilhões desse "calote" ao SUS — que corresponde à dívida até dezembro de 2020 e sendo que uma parte (R$ 1 bilhão) está em disputa — somado aos lucros crescentes e à fusão das empresas líderes desse ranking são um retrato da saúde privada no Brasil.

"Esse mercado tem ficado altamente oligopolizado e isso aumenta a influência política das empresas", diz Sestelo.

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Planos devem R$ 2,9 bi ao SUS; valor pagaria 58 milhões de doses de vacina - UOL Notícias
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Velhice não é doença: maduros rechaçam medida etarista da OMS - UOL

Ter 45, 50, 60 anos atualmente é bem diferente do que foi para as gerações anteriores. O número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil já é superior ao de crianças com até 9 anos de idade. A população 50+ movimenta mais de R$ 1,8 trilhão, sendo a fatia com maior poder aquisitivo. No entanto, o preconceito etário ou, etarismo, permanece.

Este foi o tema do painel (confira a íntegra no vídeo acima) que abriu a segunda edição de Ageless Talks, evento do VivaBem dedicado ao público 45+, que foi realizado na última quinta-feira (24) e contou com a participação de convidados especiais que estão nessa faixa etária e vivenciam um novo estilo de vida e de perspectivas, sem que a maturidade seja encarada como limitação.

Com presença (virtual) da jornalista e apresentadora Carla Vilhena, da atriz e humorista Nany People e do doutor em saúde pública Alexandre da Silva, a mesa "Etarismo: o Preconceito de Idade que Afeta até Nossa Saúde" foi mediada pela comunicadora Cris Guerra, que na conversa compartilhou a experiência que teve quando chegou aos 50 anos, em agosto do ano passado.

"Cheguei a meio século de vida e continuei a mesma pessoa. Não mudei minhas roupas, meus planos e meus sonhos", contou Cris. "Segui com o mesmo espírito, minhas vontades só aumentam, minha visão de mundo só se ampliou e meu humor só melhora". Ainda assim, ela ponderou, sente na pele o etarismo, tanto na fala de terceiros quanto na própria fala.

Não tenho mais idade para isso. Será?

Especialista em envelhecimento, Alexandre da Silva é enfático: o passar dos anos não significa ter que lidar com limitação. "O que acontece é que a velhice é construída. Então, tudo o que fizermos ao longo da vida vai determinar como envelhecemos", explica.

O colunista do VivaBem disse que considera preocupante a recente sinalização da OMS (Organização Mundial da Saúde) de que pretende incluir a velhice na Classificação Internacional de Doenças (CID). "Isso torna patológica uma fase da vida, que pode ser de vinte, trinta anos. Não faz sentido e é preciso lutar de forma incisiva contra a inclusão deste código."

Para Nany People, a maturidade na verdade é libertadora, pois traz a constatação de que a aceitação pelo outro não é necessária. Porém, ela já encarou situações de preconceito etário também no universo trans, embora não tenha se intimidado. "Nunca soube o que foi a tal da convenção, pois nunca fui convencional. Mas tenho a sorte de ter crescido em uma família que sempre me apoiou e uma mãe muito amorosa", disse a atriz, que fez também do humor a sua válvula de escape, que permitiu encarar todas as fases com alguma leveza.

Contrato novo aos 53 anos

A jornalista Carla Vilhena foi pioneira entre as colegas a assumir os cabelos grisalhos, estando à frente de uma bancada de telejornal —um ato ousado, considerando as regras veladas que impuseram historicamente às âncoras dos principais jornais não mostrar os cabelos brancos na tela.

E isso não foi tudo: a profissional foi contratada pela emissora CNN, "um jovem canal", para apresentar uma de duas principais atrações jornalísticas, aos 53 anos. "Nunca me senti vista como uma pessoa que já estivesse fora da televisão ou da tecnologia. Pelo contrário, compartilhamos conhecimentos mutuamente e me senti recebida de uma forma muito bonita, que trouxe muito ânimo e uma energia nova", contou.

"Para uma mulher, dentro do jornalismo, que deveria valorizar o conhecimento e a experiência de tantos anos, é uma vitória", completou Carla Vilhena, que destacou como homens experientes de cabeça branca não enfrentam essas barreiras.

Ageless Talks 2021

Patrocinado por Vitasay e com apoio de Bigfral Moviment, o Ageless Talks é um encontro da geração que passou dos 45 anos para falar de corpo, mente, vitalidade, sexualidade. Confira abaixo como foi a segunda edição do evento (clique no nome de cada painel para assisti-lo no Youtube).

PAINEL 1: ETARISMO: O PRECONCEITO COM A IDADE QUE AFETA A SAÚDE
Com Carla Vilhena, jornalista; Nany People, humorista; e Alexandre da Silva, doutor em saúde pública e especialista em envelhecimento. Mediação de Cris Guerra, escritora e comunicadora.

PAINEL 2: SEXO E LIBIDO NA MATURIDADE: TUDO QUE VOCÊ QUERIA PERGUNTAR
Com Adriane Galisteu, atriz e apresentadora; e Jairo Bouer, especialista em sexualidade. Mediação de Gisele Vitória, jornalista.

PAINEL 3: DITADURA DA ACEITAÇÃO X DITADURA DA ETERNA JUVENTUDE: COMO ABRAÇAR A BELEZA DA MATURIDADE SEM NEURAS
Com Bruna Lombardi, atriz e palestrante; Claudia Liz, artista multimídia; Mônica Moura, modelo e atriz. Mediação de Fabi Gomes, colunista e apresentadora em Universa.

ENTREVISTA: MÔNICA MARTELLI FALA SOBRE ENVELHECIMENTO, SEXO E MENOPAUSA

PAINEL 4: NADA DE PARAR: ELES SEGUEM PRODUZINDO, EMPREENDENDO E SE REINVENTANDO
Com Marcelo Tas, jornalista; Teresa Cristina, cantora e compositora; e Consuelo Blocker, influenciadora digital. Mediação de Tatiana Schibuola, gerente geral de marcas editoriais do UOL.

PAINEL 5: MATURIDADE EM FORMA - COMO EVITAR GANHO DE PESO E SE MANTER ATIVO DEPOIS DOS 45 ANOS
Com Silvia Poppovic, jornalista e apresentadora; Otaviano Costa, ator e apresentador; e Márcio Lui, personal trainer. Mediação de Silvia Ruiz, jornalista e e autora da coluna Ageless

ENCERRAMENTO: ANGELA DIPPE FAZ UM DISCURSO CHEIO DE HUMOR SOBRE ENVELHECIMENTO

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Monday, June 28, 2021

Exercícios com máscara, sim: médicos ensinam a escolher o melhor tipo para reduzir desconforto e garantir proteção - Jornal O Globo

RIO — As máscaras entraram nos guarda-roupas há mais de um ano e não têm data para serem deixadas de lado, já que contribuem para evitar a Covid-19. Nem na hora do exercício. Novas pesquisas reforçam que máscaras e atividades físicas não são incompatíveis, como muitos acreditam. É preciso apenas saber como usá-las para garantir conforto, rendimento e, claro, proteção contra o Sars-Cov-2.

Diversão e exercício: Seis programas para se exercitar ou relaxar ao ar livre, da Barra da Tijuca às Vargens

O cardiologista Fabrício Braga é coordenador do Laboratório de Performance Humana (LPH) da Casa de Saúde São José, que realizou um estudo com voluntários para avaliar os efeitos fisiológicos da prática de exercícios com e sem máscara. A principal conclusão foi que o uso da proteção não é prejudicial à saúde, apesar do desconforto que causa em algumas pessoas.

— Nos anos 1980, os pediatras já recomendavam o uso de máscaras para o tratamento de asma induzida pela atividade física — diz o médico, que também coordena o curso de pós-graduação de Medicina do Exercício e do Esporte do Idomed. — Há tempos se discute o tema, até porque há profissionais, como bombeiros, que precisam se exercitar usando máscaras. O retorno de gás carbônico de que se fala é o mesmo que a pessoa teria sem máscara, não faz mal. É óbvio que a performance esportiva cai um pouco, porque a dificuldade de colocar o ar para dentro e para fora é maior, e o exercício que antes era moderado fica perto do intenso, mas é preciso usá-las.

Para a prática de exercícios, o médico não recomenda o uso de modelos PFF2, como o N95. Máscaras de algodão duplo e TNT podem ser utilizadas em ambientes de baixa concentração viral, como locais abertos, afirma.

— É preciso escolher a mais confortável para você. A área do trígono facial é muito vascularizada; a temperatura aumenta, e a máscara incomoda mesmo, mas é só um desconforto. As de TNT, que ficam úmidas durante a atividade, devem ser trocadas quando isso acontece, porque sua eficácia se reduz.

Leia mais: Atleta mirim de skate se afasta das pistas para tratar leucemia

Caso o exercício seja em local fechado, explica, além de trocar as máscaras quando úmidas há outra alternativa:

— Existem máscaras próprias para exercícios, que são de poliamida e têm filtro de TNT. Elas repelem a água, ficando menos molhadas, o que protege o filtro, e podem ser usadas por até quatro horas. Depois, o usuário deve trocar a peça. Ou pode tirar o filtro, torcê-lo, recolocá-lo e botar a máscara novamente.

A médica Érika Vidal mostra o modelo de uma máscara ideal para exercícios a uma paciente Foto: Divulgação/Raíssa Coringa
A médica Érika Vidal mostra o modelo de uma máscara ideal para exercícios a uma paciente Foto: Divulgação/Raíssa Coringa

A cardiologista do esporte Erika Vidal orienta os atletas a terem sempre consigo máscaras reservas, para trocá-las quando ficarem molhadas. E também afirma que, além de estar ou não protegido, a única diferença entre fazer exercícios com e sem máscara é o aumento da percepção do esforço.

— Para minimizar o desconforto, o ideal é tentar respirar mais devagar e de forma mais profunda. Pior é fazer exercício sem máscara e se expor ao risco de se contaminar. A melhor opção é buscar máscaras com material hidrofóbico — diz.

Dicas para não prejudicar a pele

Outra queixa que surgiu com o uso de máscaras foi o aumento de casos de acne, pois o rosto passou a ficar coberto mais tempo. A dermatologista Ana Motta, da Clínica Neurovida, no Recreio, observou que muitos clientes começaram a apresentar o problema ou a ter seu quadro agravado:

— Há até um termo para o aparecimento de acne na região que as máscaras cobrem: “maskne”. Como ainda as usaremos um tempo, é preciso ter alguns cuidados.

Veja também: Associação de pais luta por maior acesso a maconha medicinal em Niterói

Ela diz que deve-se fazer higienização e hidratação da face pela manhã, durante o dia e antes de dormir. E trocar as máscara com frequência:

— Tanto a máscara descartável, cirúrgica, como a de tecido, devem ser trocadas a cada duas horas. As de tecido e a N95, que promovem uma oclusão maior, estão ocasionando maior inflamação da pele, pela tendência de promover mais umidade no local.

Ana também aconselha a dispensar maquiagem na área do rosto que fica coberta. O ideal é usar apenas hidratante labial, para evitar ressecamento, diz:

— O uso da maquiagem junto com a máscara leva a uma maior oclusão dos poros, e isso aumenta a formação de cravos, propiciando o aparecimento da acne.

Saiba mais:Melasma e outras doenças de pele se agravam durante a pandemia

A cirurgiã plástica e especialista em cosmiatria Juliana Sales afirma que o uso prolongado de máscaras pode gerar alterações na face, como depressão na região embaixo do olho e no nariz, além de criar sulcos, marcações e relevos. Por isso, devem ser evitadas máscaras muito apertadas. Quanto ao risco de ficar com orelhas de abano, ela tranquiliza:

— Após uma certa idade, a cartilagem tem memória e dificilmente vai se deformar.

No caso de procedimentos estéticos e cirurgias plásticas, o cuidado deve ser maior:

— Após um peeling, a pele fica sensível, e o atrito da máscara pode gerar uma queimadura. O ideal é ficar em casa até a pele se recuperar. No caso de uma rinoplastia, a pessoa não deverá usar máscara por um tempo porque não pode ter esse apoio no nariz e porque pós-operatório exige mesmo que o paciente fique um período em casa. Se forem procedimentos injetáveis, as máscaras podem ser colocadas em seguida. O médico vai indicar qual modelo usar.

Rodrigo de Souza, audiologista e diretor da Audiovida, na Barra, chama a atenção para os cuidados que quem usa aparelho auditivo deve ter. Segundo ele, desde o início da pandemia houve um aumento na perda de equipamentos, porque, muitas vezes, quando o usuário tira a máscara, eles saem junto:

—Recomendamos que o usuário prefira máscaras de amarrar atrás da cabeça ou com faixa ou elásticos.

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Camaquã tem duas novas mortes por Covid-19 confirmadas - Clic Camaquã - Portal de Notícias

Nesta segunda-feira, 28 de junho, o primeiro boletim epidemiológico da semana trouxe duas tristes notícias. Foram confirmadas as mortes de mais duas pessoas em decorrência da Covid-19.

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No boletim emitido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) foram confirmados os óbitos de uma mulher de 30 anos com histórico de obesidade e doença cardiovascular, e também de uma idosa de 79 anos com histórico de obesidade e diabetes.

Camaquã teve 33 novos diagnósticos positivos da doença, com pacientes entre 7 e 84 anos de idade. Clique aqui e confira o boletim de hoje. 

A cidade chegou a 7.152  diagnósticos positivos, com 6.924 pacientes já recuperados e 92 casos confirmados ainda ativos. 

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Até o momento, a cidade teve 136 mortes relacionadas à doença.

São 136 pacientes com sintomas gripais sendo monitorados.

Em relação aos pacientes internados, Camaquã tem 14 pacientes em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 10 pacientes em leitos clínicos.

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Após lucro de 50% na pandemia, planos de saúde coletivos sobem 16% - Folha de S.Paulo

Usuários de planos de saúde coletivos por adesão começaram a receber seus boletos com reajuste anual em torno de 16%. Muitos são clientes da Qualicorp, uma das principais administradoras de benefícios no país e que tem como parceiras 102 operadoras de saúde, e já buscam escritórios de advocacia e associações de defesa do consumidor para questionar o aumento na Justiça.

Além de ser o dobro da inflação do período (o acumulado em 12 meses é de 8,06%, segundo o IBGE), a cobrança deste ano ocorre em um momento em que se espera um reajuste dos planos individuais próximo a zero, ou até negativo, devido à queda nos custos do setor em 2020, provocada pela redução de cirurgias, consultas, exames e outros procedimentos eletivos durante a pandemia.

O índice de aumento dos planos individuais, que representam cerca de 20% do total de usuários de planos de saúde, é calculado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). O valor deste ano ainda não foi divulgado.

Já os planos coletivos (empresariais e por adesão), que somam 80% dos usuários, não são regulados pela agência. A negociação é direta entre operadoras, empresas e entidades de classe. O reajuste leva em conta critérios contratuais, além do índice de sinistralidade e de variação do custo médico hospitalar.

O reajuste cobrado pela Qualicorp para a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, por exemplo, é de 15,9%. Outras entidades de classe tiveram aumentos semelhantes e seus usuários já buscam advogados para questioná-los judicialmente.

É o caso de Ivana, 59. Até o final do ano passado, ela pagava R$ 2.200 pelo plano. No início de 2021, ele sofreu um acréscimo de R$ 500 para compensar o congelamento do reajuste imposto pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em 2020 devido à pandemia.

Em fevereiro, quando Ivana completou 59 anos, recebeu de presente o reajuste por idade, de 85%. O boleto saltou para R$ 5.000. Agora, com o aumento aplicado pela operadora via Qualicorp, de 15,9%, o valor chegará a R$ 5.700.

“É muita angústia. Ou eu me mantenho ou mantenho o plano. Estou usando minhas reservas, minha poupança. Não era para acontecer isso nesse momento da vida e em plena pandemia”, diz Ivana, que prefere não se identificar porque o processo judicial contra a operadora está em curso.

Em nota, a Qualicorp diz que o reajuste anual é definido pela operadora de planos de saúde. “Na função de administradora de benefícios, a empresa busca negociar a aplicação do menor índice de reajuste possível”, diz.

E acrescenta. “Além disso, oferece diversas alternativas de planos de saúde em mais de cem operadoras para que seus clientes possam manter o acesso à assistência médica privada de qualidade.”

Todos os anos, o aumento dos planos coletivos gera embate por ser bem acima dos planos individuais. Em 2020, por exemplo, foi de 11,28%, mais de três pontos percentuais acima do aplicado aos individuais pela ANS, segundo pesquisa do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

Neste ano, os debates estão ainda mais inflamados porque o setor goza de uma boa saúde financeira, com a queda de consultas, cirurgias e outros procedimentos eletivos, durante a pandemia.

O lucro líquido dos planos de saúde cresceu 49,5% em 2020, com uma receita de R$ 217 bilhões, segundo dados da ANS. O mercado encerrou o ano com 47,6 milhões de usuários, com uma alta de 650 mil novos beneficiários.

“Teve redução nos atendimentos não-Covid, mas isso não se reflete em um reajuste menor para o consumidor. Há índices até mais altos do que o do ano passado”, diz o advogado Rafael Robba, especialista em direito à saúde do escritório Vilhena Silva Advogados.

Segundo Marcus Pestana, assessor especial da presidência da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), essa sobra de dinheiro no caixa das operadoras é ilusório.

“As pessoas falam: ‘Pô! Um setor que fatura R$ 200 bilhões por ano!’ Mas é um caixa gerado artificialmente. As pessoas não deixam de precisar da consulta e da cirurgia, elas só adiam.”

Vera Valente, diretora-executiva da Fenasaúde, concorda. Ela diz que neste ano o setor vive uma “tempestade perfeita”, que vai se refletir em reajustes ainda maiores em 2022.

“Os custos Covid estão explodindo nesta segunda onda da pandemia, as internações estão mais longas. Ao mesmo tempo, as [cirurgias] eletivas, adiadas em 2020, voltaram para valer a níveis maiores do que antes da pandemia.”

De acordo com o último boletim da ANS, nos primeiros meses de 2021 não houve um aumento de utilização de serviços de saúde no comparativo com 2019 (pré-pandemia). "Os números seguem no mesmo patamar (no caso de exames e terapias eletivas) ou em patamar inferior (no caso de internações e atendimentos em pronto-socorro)", diz a publicação.

Valente afirma que os reajustes aplicados pelas operadoras associadas à Fenasaúde neste ano serão os mais baixos desde 2013 porque refletem a queda da sinistralidade de 2020. Mas ainda não há definição de qual será o reajuste médio.

Na opinião de Robba, os aumentos são abusivos e frutos da pouca transparência sobre a composição do índice de reajuste das operadoras. “Para o consumidor, é uma caixa preta. Dificilmente ele consegue saber se de fato o alto reajuste era realmente necessário”, diz.

Muitas vezes, o consumidor só consegue revisar o reajuste por meio de uma ação judicial. O Judiciário costuma entender que o aumento é abusivo e determina que o índice seja o mesmo que a ANS autoriza para os planos individuais.

Segundo Matheus Zuliane Falcão, analista do Idec, a ANS poderia e deveria mudar a regulação dos coletivos porque a premissa de que há um poder de barganha entre pessoas jurídicas, ou seja, entre as operadoras e os contratantes do plano, é equivocada. “Esse poder de negociação não existe.”

A ANS diz que monitora os reajustes que são efetuados e atualmente trabalha para divulgar essas informações de modo mais eficiente e detalhado.

Diante dos aumentos, uma opção dos usuários tem sido a migração para convênios mais baratos. Nos primeiros quatro meses deste ano, houve um aumento de 50% de consultas na ANS sobre a portabilidade de carência.

De janeiro a abril deste ano, foram gerados 122.678 protocolos de consultas, quase 40 mil a mais que os gerados no mesmo período em 2020 (83.081).

Para Robba, idosos e pessoas em tratamento enfrentam dificuldade para fazer a portabilidade e muitas vezes ficam amarrados ao plano que não conseguem mais pagar.

O tema do reajuste dos planos coletivos chegou à comissão de defesa do consumidor da Câmara dos Deputados, que vai elaborar um projeto de lei para regular o tema. A ideia é que o projeto defina regras específicas para os reajustes dos coletivos, a exemplo do que existe para os planos individuais.

Para Vera Valente, da FenaSaúde, a atual fórmula da ANS para o cálculo dos planos individuais deixa as empresas numa situação de risco porque os reajustes ficam abaixo da inflação médica.

Segundo ela, 85% das receitas das operadoras são repassados para os prestadores de serviço, como os hospitais, e pede cautela na adoção de medidas de regulação mais restritiva.

Valente diz que a maioria das operadoras (56%) são de pequeno porte e que 80% estão no interior do Brasil. Na sua opinião, essas serão as primeiras a serem impactas com uma eventual mudança no modelo de reajustes.

Pestana, da Abramge, lembra que a margem de rentabilidade das operadoras é menor do que 5% e só a última incorporação de 68 novos procedimentos e tecnologias autorizada pela ANS em abril deve trazer um impacto de custos de até 3%.

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Vacinas funcionam, mas precisam da adesão da população; entenda por quê - VivaBem

As vacinas são consideradas as principais aliadas na prevenção de diversas doenças —são cerca de 30— com o melhor custo-benefício para a saúde pública. E isso não é recente: já em 1796, a primeira vacina de que se tem notícia foi desenvolvida pelo médico rural Edward Jenner, que buscava uma forma de frear o avanço da varíola na Inglaterra.

Foi apenas no século 20 que os imunizantes, junto com outras ações de vigilância sanitária, se tornaram responsáveis pela eliminação e controle de doenças importantes, como a própria varíola (que foi erradicada), o sarampo, a poliomielite e a rubéola, só para citar algumas.

Mas, para que essa estratégia continue sendo eficiente, é preciso que as pessoas colaborem e se vacinem, mantendo as taxas de imunização altas. E isso, infelizmente, tem sido cada vez mais difícil.

Cobertura vacinal está caindo

Para se ter uma ideia, no Brasil, dados do SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde mostram que as coberturas vacinais estão em queda há cinco anos e não atingem nenhuma meta no calendário infantil desde 2018.

Em 2020, a taxa geral, contando todas as vacinas e para todas as idades, foi de 66,63%, sendo que o ideal é entre 90% e 95%. Os índices mais baixos foram registrados para febre amarela (57,11%) e tetraviral (20,67%), que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela (catapora).

"Quando o percentual de vacinados não é alto o suficiente, o agente causador da doença, que pode ser um vírus ou uma bactéria, encontra pessoas suscetíveis e se espalha com facilidade", explica Flávia Bravo, membro da diretoria e da Comissão de Revisão de Calendários de Vacinação da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).

"Agora, quando a cobertura é alta, se uma pessoa adoece, mas no ambiente onde ela vive, há vários imunizados, o agente não consegue circular e acaba ficando ali com ela", diz.

A médica acrescenta que a chance de um indivíduo infectar outro reduz significativamente e pode até desaparecer quando a cobertura vacinal está entre 90% e 95%.

"Com o imunizante, é como se criássemos uma barreira que protege as pessoas. E isso é importante, inclusive, para proteger os que não podem ser vacinados, seja pelo motivo que for."

A tal imunidade coletiva

Álvaro Furtado da Costa, infectologista do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), diz que ao imunizar um número suficiente de pessoas em uma comunidade contra as doenças mais prevalentes naquela localidade, cria-se a chamada imunidade coletiva (ou de rebanho).

A expressão vem sendo usada de forma equivocada durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) dando a entender que seria necessário contaminar as pessoas de forma proposital para atingir essa proteção —mas ela se refere à imunidade alcançada apenas pela aplicação das vacinas.

Para entender melhor, o médico propõe o seguinte exercício: imaginar um celeiro com 100 animais, 99 vacinados e um não. Na sequência, acrescentar ali um doente. Neste caso, o vírus ou a bactéria terá de percorrer todo o espaço até achar o que está suscetível. Enquanto isso, ele vai batendo nos que estão protegidos, cujo risco de adoecer é pequeno e, nesse processo, perde força.

"Quando vacina-se o maior número de pessoas possível, se adoece menos, se transmite menos e a circulação do agente infeccioso cai", avalia o especialista.

"Agora, pense em uma situação inversa, um celeiro com 20 animais vacinados e 80 suscetíveis. No momento em que insiro um doente, ele encontrará outros 80 para infectar, fazendo o vírus ou a bactéria circular e transmitir a doença com força e velocidade. É um efeito dominó", explica.

Doenças ainda podem voltar

Outro ponto importante relacionado à cobertura vacinal é que, quando ela está baixa, o risco de surgirem surtos de doenças aumenta e ainda o retorno das que estavam controladas, já que a disseminação está facilitada.

Foi justamente o que aconteceu com o sarampo em 2018, que não tinha um caso autóctone (de origem interna) registrado por aqui há 18 anos e voltou a provocar surtos em diversos estados brasileiros. Isso, inclusive, fez o país perder, no ano passado, o status de país livre da doença, concedido em 2016 pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde).

Outras enfermidades que também estão ameaçadas de sair dessa lista por conta das constantes quedas no número de brasileiros imunizados são a poliomielite (que era considerada erradicada no território nacional desde 1994), a difteria e a rubéola congênita.

"Só conseguimos controlar uma doença ou erradicá-la quando a maioria da população adquire imunidade contra aquele agente infecioso, e isso é alcançado por meio da vacinação em massa", afirma Umbeliana Barbosa, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. "É dessa forma que deixamos de perpetuar a sua circulação", diz.

Vale lembrar que a vigilância dessa cobertura vacinal deve ser constante, já que muitas doenças preveníveis com vacina, mesmo estando eliminadas em algumas regiões do planeta, podem se espalhar a partir de áreas onde ainda não foram controladas.

Por isso, a recomendação de manter as vacinas em dia é considerada mais do que um cuidado pessoal: ela tem um caráter de proteção coletiva. "É um cuidado com o outro e uma forma de colaborar para otimizar os recursos do sistema de saúde e focar em doenças para as quais não existe vacina, como as crônicas e cardiovasculares", acredita Flávia Bravo.

Covid-19: vacinação ganha protagonismo

Diante dos impactos e enormes desafios provocados pela covid-19, a vacina assumiu um protagonismo ainda maior atualmente.

Médicos, cientistas e estudiosos concordam que só com ela será possível controlar a pandemia e alcançar uma diminuição de casos graves, internações e mortes, desafogando os sistemas de saúde de todo o país.

"No momento, o objetivo não é eliminar o vírus, já que não há vacina suficiente para imunizar 90%, 95% da população mundial", afirma a diretora da SBIm. "Agora precisamos evitar que o vírus circule. No futuro, com mais vacinas, aí sim poderemos pensar na erradicação da doença", explica.

Especialistas do mundo todo ainda divergem em relação à porcentagem de cobertura ideal da vacinação contra o novo coronavírus, mas o que se acredita é que, com um índice entre 70% e 80% de vacinados, já é possível conter a crise e reduzir drasticamente os impactos.

Vide os exemplos de países como Estados Unidos e Israel, onde grande parte da população está imunizada e já pode circular sem máscara em vários locais.

"Só vamos saber na prática esse 'número mágico' quando mais estudos forem feitos e após a doença desaparecer ou ficar endêmica, como a gripe. Mas, independentemente disso, é fundamental que a gente consiga vacinar o maior número de pessoas, com as duas doses, e no menor espaço de tempo", aponta Álvaro Furtado da Costa.

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Sunday, June 27, 2021

Em silêncio, sífilis avança: IST foi a que mais cresceu na última década - VivaBem

Em 2013, antes de passar a se dedicar exclusivamente a atividades acadêmicas, a ginecologista Angélica Miranda, da Universidade Federal do Espírito Santo, recebeu em seu consultório uma mulher intrigada com as manchas vermelhas na pele que outros quatro médicos não haviam conseguido diagnosticar de modo satisfatório. "Era uma mulher jovem, com parceiro único, que não se achava em risco para infecções sexualmente transmissíveis", conta a médica.

Confirmado por exames de sangue, o diagnóstico indicou sífilis, doença causada pela bactéria Treponema pallidum e transmitida por contágio sexual. O marido da paciente negou qualquer responsabilidade, no início, mas depois contou que, semanas antes, em uma viagem de trabalho, saiu para uma noitada com colegas, bebeu demais, teve uma relação sexual sem preservativo e se infectou. O casal recebeu injeções de penicilina e a infecção desapareceu em poucos dias.

Alimentada pelo desconhecimento de profissionais da saúde e pela dificuldade na interpretação do diagnóstico, a doença reemergiu com força e se tornou a infecção sexualmente transmissível (IST) que mais se expandiu na última década. De acordo com o Boletim do Ministério da Saúde (MS) de outubro de 2020 (ver gráficos), o número de casos registrados da chamada sífilis adquirida (transmitida por meio do contato sexual) passou de 3.925 em 2010 para 152.915 em 2019, principalmente na faixa de idade entre 20 e 39 anos. O das outras duas formas também aumentou -em gestantes (uma das formas de sífilis adquirida, tratada separadamente), passou de 10.070 para 61.127 e a congênita transmitida da mulher para o feto), de 2.313 para 6.354 nesses 10 anos.

Crescimento da Sífilis na última década - Pesquisa FAPESP - Pesquisa FAPESP
Imagem: Pesquisa FAPESP

A sífilis congênita é de notificação obrigatória desde 1986 e a de gestantes desde 2005. A adquirida, porém, apenas desde 2010. Nesse caso, "é esperado um aumento à medida que mais serviços, cidades e estados passem a implementar a nova notificação", comenta o epidemiologista Ivan França Júnior, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP). "A sífilis adquirida pode ser uma endemia [doença restrita a um lugar ou região] ignorada que pode parecer uma epidemia [doença com número de casos acima do esperado em mais de um lugar], pois começou a ser notificada há relativamente pouco tempo."

O número de casos de sífilis congênita cresce também em razão de falhas no acompanhamento das mães infectadas. "As gestantes que tiveram sífilis durante o pré-natal não retornam aos postos de saúde para fazer o acompanhamento dos bebês", diz Miranda. De acordo com um estudo de que participou, publicado em maio deste ano na Revista de Saúde Pública, a infecção aumenta em duas vezes o risco de nascimentos prematuros, que poderiam ser evitados com mais consultas médicas durante a gestação. As conclusões se baseiam na análise de 478 casos de sífilis congênita tratados em 10 maternidades públicas de Fortaleza, no estado do Ceará.

"Nunca foi simples diagnosticar e controlar a sífilis", diz a médica epidemiologista Maria Amélia Veras, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCM-SC-SP). "Os testes estão sujeitos a diferentes interpretações e o seguimento dos pacientes é difícil." Outro problema, segundo ela, é que raramente se consegue tratar também os parceiros das mulheres, o que aumenta o risco de reinfecção.

Veras coordenou uma avaliação da sífilis entre 1.280 travestis e mulheres trans em cinco capitais brasileiras, com apoio da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e do MS. Os resultados preliminares indicaram que cerca de 60% das participantes do estudo tinham anticorpos contra T. pallidum e, nesse grupo, 40% apresentavam sinais da infecção causada pela bactéria no momento da entrevista. A infecção se expressa por meio de feridas indolores no pênis, no ânus ou na vulva e manchas na pele, na sola dos pés. Quando a doença progride, podem surgir danos nos olhos, nos ouvidos ou no cérebro.

Descaso com o uso do preservativo

O número de casos registrados de IST, vistas em conjunto, aumentou 64,9% na faixa etária de 15 a 19 anos e 74,8% na de 20 a 24 anos, de 2009 a 2019, de acordo com o MS. Para a médica epidemiologista Gerusa Maria Figueiredo, da Faculdade de Medicina da USP (FM-USP), esse aumento reflete, de um lado, um aprimoramento do sistema de vigilância epidemiológica na detecção de casos e, de outro, o descaso com o uso do preservativo.

"As pessoas assumem ou desprezam o risco de contrair uma IST", diz Figueiredo. Reiterando essa conclusão, em um estudo de 2020 da Sociedade Brasileira de Urologia com 478 participantes (78% homens e 22% mulheres, de 22 estados brasileiros), 80% dos entrevistados afirmaram conhecer as ISTs, mas não se consideravam em risco, aventado por apenas 11%.

"Muitos jovens se sentem isentos do risco porque têm um parceiro ou parceira de cada vez, por 30 ou 40 dias. O problema é que podem ter 10 parceiros no ano, o que aumenta muito o risco de contraírem ISTs", observa a farmacêutica Taís Freire Galvão, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas (FCF-Unicamp) e uma das editoras da edição especial da revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, publicada em março com 18 artigos apoiados na versão mais recente do Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis.

Publicado em abril de 2020 pelo MS, o protocolo detalha as formas de prevenção, diagnóstico e tratamento de 12 doenças sexualmente transmissíveis, causadas por bactérias ou vírus. No primeiro grupo estão, entre outras, a Neisseria gonorrhoeae, responsável pela gonorreia, sinalizada pela dificuldade de urinar e coceira nos olhos (se infectados, recém-nascidos podem até mesmo perder a visão), e a Chlamydia trachomatis, que desencadeia o linfogranuloma venéreo, expresso por feridas grandes e dolorosas na região genital, em geral combatidas por meio de antibióticos. No segundo estão os vírus causadores da Aids e do herpes genital, além da febre zika (o vírus da zika tem transmissão também por via sexual e, nesse caso, é possível evitar com uso de preservativo). Três infecções virais podem ser combatidas por meio de vacinas: as hepatites A e B e a causada pelo papilomavírus humano (HPV).

Doenças se somam

Uma infecção pode abrir caminho para outra. "Quem tem úlcera anogenital causada pela bactéria Haemophilus ducreyi pode ter corrimento uretral por Chlamydia ou gonorreia", diz Miranda, desde junho de 2019 coordenadora-geral de Vigilância de IST do MS. Segundo ela, quem contrai uma IST tem 40% de risco de coinfecção por outro patógeno.

"A queda na imunidade e o comportamento de risco favorecem a coinfecção", observa Galvão. Essa situação ajuda a explicar o surto de hepatite A na cidade de São Paulo em 2017, com 786 casos confirmados, dos quais 41% se declararam homens que fazem sexo com homens (HSH), de acordo com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal Saúde de São Paulo (Covisa/SMS/SP). No ano anterior, o sistema de saúde da capital havia registrado 64 casos de hepatite A.

Para amenizar a propagação das ISTs, Galvão defende uma educação sexual "aberta, clara e sem estigmas". "Algumas escolas agora estão recomendando a abstinência aos meninos e meninas", diz ela. "Mas não funciona, porque a natureza humana negligencia os riscos e ninguém acha que vai pegar uma infecção por meio de relações sexuais desprotegidas."

Em 2017, a pedido de um centro de saúde do bairro de Santa Genebra, em Campinas, estudantes do curso de farmácia da Unicamp visitaram uma escola estadual próxima à universidade para falar sobre prevenção de IST. Antes, colocaram uma urna na escola e pediram que os alunos escrevessem suas dúvidas e as deixassem ali. Uma das perguntas que os pesquisadores encontraram: "Pode-se engravidar fazendo sexo anal?".

Em outro estudo da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com 170 meninos e 87 meninas de 12 estados brasileiros, 24% dos entrevistados afirmaram não conversar com ninguém sobre sexo, o que sugere ainda grande desconhecimento sobre as ISTs.

Artigos científicos
Boletim Sífilis 2020. Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde Número Especial. out. 2020.
ARAÚJO, M. A. L. et al. Fatores associados à prematuridade em casos notificados de sífilis congênita. Revista de Saúde Pública. v. 55, n. 28, p. 1-10. 17 mai. 2021.
Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis (IST). Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
GALVÃO, T. F. et al. Atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis. Epidemiologia e Serviços de Saúde. v. 30, supl. esp., p. 1-2. 15 mar. 2021.
Pneumocystis pneumonia--Los Angeles. MMWR Morbidity and Mortality Weekly Report. v. 30, n. 21, p. 250-2. 5 jun. 1981.
Boletim Epidemiológico - Aids. Ministério da Saúde. dez. 2020.
BEYER, C. A pandemic anniversary: 40 years of HIV/Aids. Lancet. v. 397, n. 10290, p. 2142-3. 5 jun. 2021.
SOUSA. L. R. M. et al. Knowledge of PEP and PrEP among people living with HIV/Aids in Brazil. BMC Public Health. v. 21, n. 64, p. 1-9. 7 jan. 2021.

*Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

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