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Wednesday, August 31, 2022

Varíola dos macacos: SP registra conjuntivite associada à doença - VivaBem

Além de sintomas de febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares e aparecimento de lesões cutâneas, manifestações oculares também podem estar atreladas à varíola dos macacos. Na semana passada, o H.Olhos, referência em oftalmologia na capital paulista, identificou o primeiro caso de paciente com confirmação para a doença a partir de exame de coleta ocular.

Quatro dias após o surgimento de lesões na pele, associadas a outros sintomas de monkeypox como mialgia e cefaleia, um profissional de saúde, de 30 anos, que preferiu não se identificar, começou a apresentar também irritação ocular e lacrimejamento, quadro semelhante a uma conjuntivite. Enquanto ainda aguardava o resultado do RT-PCR, exame que se baseia na coleta de material genético presente nas lesões características da doença, decidiu procurar atendimento oftalmológico.

"Os sintomas como mialgia e cefaleia duraram apenas um dia. As lesões na pele permaneceram e foram mudando o aspecto com o passar dos dias. Quatro dias após os sintomas, comecei a apresentar irritação ocular associada a lacrimejamento. Procurei atendimento oftalmológico para uma avaliação mais detalhada, por saber que há casos de pacientes têm conjuntivite no diagnóstico de varíola dos macacos", afirmou ele.

O paciente foi encaminhado para coleta de material microbiológico dos olhos. Em pouco tempo, a confirmação do diagnóstico oftalmológico foi feita, assim como saiu o resultado positivo do RT-PCR. "Além de isolamento em casa por 21 dias, com tratamento apenas sintomático, também precisei realizar cuidados com os olhos", disse o homem. Ele passou por acompanhamento em ambulatório de oftalmologia e utilizou compressa local, colírio antibiótico e lubrificante ocular.

"Esse paciente teve positividade para lesões em região inguinal e para lesões oculares. Comparamos as amostras coletadas em laboratórios diferentes e ambos identificaram uma concentração de carga viral elevada para a monkeypox. Ou seja, conseguimos correlacionar que os pacientes que têm lesões com positividade para exames cutâneos podem apresentar positividade para exames oftalmológicos, e daí, o exame do olho passa a ser também um exame de diagnóstico para a doença", acrescentou Pedro Antônio Nogueira Filho, chefe do Pronto-Socorro do H.Olhos.

Segundo o especialista, diversas situações podem estar presentes dentro da varíola dos macacos com manifestações oculares. Em razão do aumento do número de casos, recomenda-se ainda que os oftalmologistas incorporem a monkeypox como parte do diagnóstico diferencial quando chegarem aos consultórios casos semelhantes que apresentam manifestações oftalmológicas como conjuntivite, blefarite, ceratite ou lesões na córnea, por exemplo.

"Existem várias manifestações oculares que podem estar atreladas à varíola dos macacos. Em muitas ocasiões, as manifestações oculares são até mesmo mais frequentes que outras manifestações. Essas manifestações em si podem variar de quadros atrelados a dor de cabeça na região frontal, vermelhidão da região das pálpebras, quadros inflamatórios palpebrais, a própria conjuntivite, seguida de ulcerações nas córneas e dificuldade para olhar para a luz, entre outras lesões da córnea, além de baixa visual. Uma gama de situações que podem estar presentes dentro da condição da monkeypox", afirma Nogueira Filho.

Com o diagnóstico confirmado, o paciente precisou manter isolamento para evitar que outras pessoas pegassem a doença. "Pode haver até duas semanas de período de incubação e até três semanas de transmissibilidade, sendo possível o paciente que teve diagnóstico ocular positivo para a varíola dos macacos transmitir a doença. Tanto que identificamos a carga viral pela coleta de superfície ocular. Se o paciente está lacrimejando, a partir do momento em que há contato com outra pessoa, esse vírus pode se manifestar a partir dessa contaminação inicial. É possível não somente para lesão ocular, assim como para qualquer outra lesão da superfície dos olhos", orienta Nogueira Filho.

Kemi Salami, especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e Associação Médica Brasileira (AMB), afirma que as alterações oftalmológicas são menos comuns que as dermatológicas características da doença. "Além da conjuntivite, outras alterações podem aparecer, como formação de vesículas na região periocular, aumento dos gânglios linfáticos perioculares, blefarite, ceratite e úlcera de córnea", destacou Kemi.

Casos de varíola dos macacos

No mundo já são ao menos 49.961 casos confirmados e suspeitos da doença. Com mais de 4 mil casos, o Brasil é o terceiro país com mais registros de varíola dos macacos, atrás apenas dos Estados Unidos (17.995) e Espanha (6.459), conforme atualizações da Organização da Saúde (OMS) contabilizadas até a tarde desta terça-feira, 30. Desde 23 de julho, a doença é reconhecida como uma emergência de saúde global.

Dicas que podem prevenir varíola dos macacos e ajudar a evitar a contaminação dos olhos:

  • Lavar as mãos com frequência.
  • Evitar tocar os olhos, nariz, ouvidos com as mãos.
  • Não compartilhar colírios.
  • Não usar colírios por conta própria.
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal como toalhas de rosto, talheres, lençóis e fronhas de travesseiro.
  • Uso de máscaras de proteção.

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Jantar bife com salada é uma boa? Nutricionista lista 7 erros da dieta - Metrópoles

A alimentação saudável é um desafio para muitos brasileiros que desejam ter uma dieta equilibrada, comer com prazer e obter resultados de emagrecimento ou aumento de massa muscular. Entre as diversas opções de dietas e receitas com finalidades específicas, é comum seguir hábitos alimentares que nem sempre são adequados ou favoráveis. Por isso, é preciso tomar cuidado com práticas consideradas saudáveis, porque elas nem sempre fazem bem à saúde.

A ajuda profissional é essencial para que os objetivos alimentares sejam alcançados, sejam eles emagrecimento, aumento de peso, hipertrofia ou reeducação alimentar. Apesar de cada pessoa ter indicações alimentares diferentes, alguns hábitos devem ser evitados por todos. A nutricionista Inarí Ciccone revela os 7 erros mais comuns na alimentação. Veja quais são:

1 – Achar que bife e salada é uma boa opção de refeição saudável para almoço

“Uma refeição balanceada e nutritiva é composta por alimentos fontes de energia, fibras, proteínas anti-inflamatórias, vegetais e legumes que são ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes”, explica Inarí.

2 – Optar por bebidas zero açúcar

A nutricionista conta que os alimentos com adoçantes químicos podem ser tão nocivos quanto aqueles com muito açúcar. Eles desregulam o metabolismo e prejudicam a ação dos hormônios no organismo.

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3 – Achar que gelatina é uma sobremesa saudável

A gelatina é considerada por muitas pessoas como uma sobremesa menos danosa à saúde. Mas, de acordo com a especialista, o alimento combina adoçante químico com corantes artificiais, e o consumo desses produtos está ligado ao aumento de risco para alergias e doenças metabólicas. Entre elas está a resistência à insulina, que pode levar à diabetes.

4 – Não jantar

“Passar fome nunca é um bom caminho”, alerta a nutricionista. Ela ressalta que pular refeições nem sempre é a maneira mais efetiva para perder peso, e que o prato da noite deve ser leve, rico em boas proteínas e fontes de fibras para promover saciedade.

5- Comer barra de cereal nos lanches

As opções industrializadas têm mais carboidratos refinados que aumentam a fome logo após serem ingeridas. A indicação é substituir barras de cereais por fibras e cereais integrais, que promovem saciedade. Caso seja necessário comprar lanches prontos, a recomendação é ter atenção à lista de ingredientes da composição.

6 – Optar por chocolate diet

As versões diets de doces normalmente retiram o açúcar e aumentam a gordura na produção para dar corpo ao alimento. Quando a substituição dos ingredientes acontece, o valor calórico e o colesterol aumentam.

7 – Comer sempre os mesmos alimentos

A nutricionista explica que o corpo humano necessita de diversos alimentos para o bom funcionamento das células. Assim, é importante que a alimentação seja variada e abundante nos ingredientes e nos métodos de preparação.

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'Fui desenganada, saí da UTI tetraplégica e hoje corro o dia todo nos eventos que produzo' - Marie Claire Brasil

Claudia Sayuri Kojima (Foto: Arquivo Pessoal)

Claudia Sayuri Kojima em foto de agosto de 2022 (Foto: Arquivo Pessoal)

"Sou chef de cozinha e empreendedora na área de gastronomia. Meu marido, Flávio, também é chef e trabalhávamos juntos quando começou a pandemia. Na verdade, a gente trabalhava tanto que nem percebi que estava rolando algo tão sério. No restaurante, tinha contato com muita gente. E, não sei exatamente como ou quando, mas acabei me infectando.

Era março de 2020, e a gente nem sabia que precisava usar máscara e álcool em gel. Depois do carnaval, quando o comércio começou a fechar as portas, nos trancamos em casa, conforme orientação da Anvisa. Foi quando comecei a me sentir estranha. Pensava ser minha rinite alérgica atacada, e comecei a me medicar. Mas, diferentemente das outras crises, não melhorei. Ao contrário, sentia cada vez mais cansaço. Então, fui fazer uma tomografia com um médico amigo da minha sogra. Quando viu o exame, ele deu um passo para trás. ‘Acho que você está com covid’, disse. Me assustei, mas o pior ainda estava por vir: ‘Seus pulmões estão 30% comprometidos’.

Fiquei meio amortecida, não sabia o que esperar dessa doença. Ele mandou eu ir para a casa, me isolar, e voltar em dois dias para uma nova tomografia. Passei o fim de semana deitada, não conseguia comer nem tomar banho. Sentia como se o ar não entrasse em meu corpo. Cheguei para o novo exame ainda pior. Apavorado, o médico disse: ‘Seus pulmões estão 70% comprometidos’.

Claudia Sayuri Kojima e o filho, Arthur (Foto: Arquivo Pessoal)

Claudia Sayuri Kojima e o filho, Arthur (Foto: Arquivo Pessoal)

A internação deveria ser imediata, mas fui teimosa. Se tinha que me internar, que fosse em Mogi das Cruzes (SP), onde nasci. ‘Se eu morrer, morro perto da minha família’, pensava. Na manhã seguinte, minha irmã, que é fisioterapeuta, me ligou. Taxativa, disse: ‘Ou você vai para o hospital mais perto, ou talvez não dê mais tempo’.

+ Eu, Leitora: Mãe foi atropelada para salvar a filha; 5 histórias de quem escapou da morte

Em 30 de março de 2020, dei entrada no Hospital Emílio Ribas, especializado em infectologia. Fui direto para a UTI. Um teste de covid confirmou o diagnóstico: eu era mesmo uma das primeiras infectadas no Brasil. Sem muita noção do que estava acontecendo, recebia enfermeiros a cada duas horas para medir minha oxigenação. 

No dia 4 de abril, chegou a notícia que mais temia: teria que ser entubada, e entraria então em coma induzido. Meu filho, Arthur, faria 6 anos no dia seguinte, e eu não estaria lá. Mas aceitei a entubação, não tinha o que fazer. Só quando o processo começou, a ficha caiu. ‘Espera mais dois minutinhos’, repetia amedrontada para a equipe, como se pudesse adiar o inadiável.
Duas semanas depois, testei de novo e já não estava mais com covid. Mas meu calvário estava só começando.

"Convencidos de que eu não resistiria, os médicos chamaram o meu marido para uma conversa. Pediram para ele preparar nosso filho para o pior"

 

Quando foram me desentubar, tive algo que os médicos acreditaram ser um AVC. Com o cérebro inchado, decidiram me manter entubada e fizeram uma traqueostomia. Foram 52 dias no coma mais profundo que existe. Tive três arritmias e na terceira meu coração chegou a 200 pulsações. Quase me fui. Como a equipe não sabia o que fazia efeito, me tornei instrumento de estudos. Tomei todos os remédios que se pode imaginar e, com isso, meu fígado ficou comprometido. Precisei então fazer 12 diálises e três transfusões de sangue.

 Claudia Sayuri Kojima (Foto: Arquivo Pessoal)

Claudia Sayuri Kojima com o marido, Flávio, e o filho, Arthur, durante sua recuperação (Foto: Arquivo Pessoal)

Convencidos de que eu não resistiria, os médicos chamaram o meu marido para uma conversa. Pediram para ele preparar nosso filho para o pior. Achavam pouco provável que eu saísse de lá com vida. Em seguida tive uma infecção hospitalar com febre altíssima. Já estavam quase jogando a toalha, mas não desistiram de mim. Naquele momento, tomaram a providência que seria o início do fim. Me deixaram em uma sala gelada para resfriar meu corpo, onde bebês com febre alta são tratados durante, no máximo, um dia. Fiquei três ou quatro, mas finalmente reagi. Voltei para a UTI.

+ Eu, Leitora: Mulher que se apaixonou na UTI e outras 6 histórias de amor surpreendentes

Poucos dias depois abri os olhos durante um exame. Estava acordada, mas não tinha noção de nada. Era como se meu cérebro estivesse totalmente desligado do corpo. Chamaram Flávio de novo, mas as notícias não eram tão melhores assim. Provavelmente, eu voltaria para casa um dia, mas muito diferente do que entrei. Talvez vegetando e por tempo indeterminado.
A partir dali, começou um trabalho de estimulação para que eu voltasse. Os médicos faziam testes, mexiam comigo. Mas eu não respondia. Minha família mandava mensagens de voz para que eu escutasse. Até que em um domingo, Dia das Mães, ouvi uma voz bem de longe perguntando o nome do meu filho. De alguma forma, aquilo me despertou. Olhei para a doutora e pude ver ela comemorando com a equipe: ‘Ela está enxergando a gente’, dizia. Caí no choro. E chorei igual a um bebê.

Minha mente ia e voltava durante o restante da internação. Alternava momentos de consciência e inconsciência. Durante todo o coma, lembro que havia sempre duas pessoas comigo. Nem boas nem más, mas que estavam o tempo inteiro ali e não eram da equipe do hospital. Para mim, era como se eu estivesse vivendo uma vida paralela. ‘Fui’ a vários lugares, me vi inclusive no necrotério que fica em frente ao hospital. Olhava pela janela daquele lugar mórbido e via o Flávio e alguns amigos na rua. Implorava para eles me tirarem de lá. Em outros momentos, tentavam me deixar viva em uma sala onde ficavam as pessoas mortas.

"Após 65 dias internada, finalmente recebi alta. Só que não mexia nada do pescoço para baixo e ninguém sabia se eu voltaria a andar"

 

Sempre fui espírita, mas me assumi na religião mesmo pouco antes da covid. Durante meu coma, Flávio ia ao centro espírita participar de orações por mim. Lá diziam que eu estava bem e não queria voltar. Mas o que entendi depois é que, para mim, eu tinha esquecido que estava em coma, e estava em outro lugar, vivendo outras coisas – de fato como em uma realidade paralela. Pensava estar enlouquecendo. Era desesperador. Uma mistura de experiência espiritual com alteração psicológica de quem está voltando de uma sedação muito forte.

Enquanto estive internada, Flávio foi todos os dias ao hospital. Sem poder me ver, ficava na porta para receber notícias. E precisou parar de trabalhar para cuidar de mim e do nosso filho.
Em 3 de junho, após 65 dias internada, finalmente recebi alta. Só que não mexia nada do pescoço para baixo e ninguém sabia se eu voltaria a andar. Flávio foi me buscar bem cedo. ‘Será que um dia vou poder dirigir?’, perguntei na saída. Pensava que se ficasse paraplégica estava ótimo, porque sei que existem carros adaptados. Mas tetraplégica, não. Na verdade, o que eu queria era ter a sensação de liberdade.

Claudia Sayuri Kojima com o marido, Flávio, e o filho, Arthur (Foto: Arquivo Pessoal)

Claudia Sayuri Kojima com o marido, Flávio, e o filho, Arthur (Foto: Arquivo Pessoal)

O caminho para casa foi difícil. Me sentia muito fraca, tivemos que parar algumas vezes. Pesava 40 quilos, 20 a menos do que quando fui internada, e usava fralda. Meu marido chegou a perguntar se eu queria voltar para o hospital, mas nem cogitei fazer isso. Estava morrendo de saudade do meu filho. Tinha falado com ele pela primeira vez apenas dois dias antes da alta.

Chegamos em casa e Arthur nem me deixou sair do carro. Correu, me abraçou e deitou no meu colo. Se jogava em cima de mim, que chorava e repetia: ‘Te amo, te amo’. O impacto de me ver naquela situação também deixou sequelas nele. Meu filho ficou ansioso e passou a dormir comigo todas as noites, com medo de que eu fosse embora. Ajudava a cuidar de mim, empurrava minha cadeira de rodas e achava graça por eu usar fraldas. Por um tempo, tive que receber comida na boca de Flávio, que me limpava e me dava banho. Com uma paciência que emocionava.

Na semana seguinte à alta, comecei minha reabilitação na Santa Casa, tudo pelo SUS. Me surpreendi ao ver como o sistema brasileiro é incrível, com tantas pessoas maravilhosas. É por causa deles que hoje estou aqui. Pela dedicação de todos, que nunca desistiram de mim.
Consegui ficar em pé de verdade e dar meus primeiros passos no final de setembro, infinitamente mais rápido do que as previsões mais otimistas dos médicos. Até hoje choro ao ver o vídeo da minha breve caminhada. Durante o tratamento, tentava não pensar no amanhã. Apenas fazia o que tinha que ser feito. Sem pressa. Isso ajudou demais na rápida recuperação. Mas não só. Estava feliz. Andar de carro e olhar o céu era, para mim, um presente. Não tinha lugar para pensamentos ruins.

Para recuperar os movimentos das mãos, brincava de massinha com o Arthur. Até que cansei e decidi fazer croquetas espanholas com meu marido. Ele fazia e eu enrolava. Começamos a vender na internet e, além de gostar da receita, as pessoas compravam para nos ajudar. Assim, entre uma encomenda e outra, fui ganhando movimentos e voltando, aos poucos, à ativa. Passei a aceitar alguns trabalhos, uma festa aqui, um jantar ali, até pegar grandes eventos. Mas não quero nunca mais trabalhar tão intensamente como antes, quando ficava no mínimo dez horas no restaurante. Quero mais tempo para mim.

+ Eu, Leitora: 'Meu marido casou com a minha mãe' e mais: 6 histórias de amor que eram cilada

Os médicos descobriram que o que eu tive não foi AVC, mas uma encefalite cerebral, que deixou um pedacinho do mesencéfalo necrosado. Por isso, hoje, tenho a memória mais fraca. Além disso, me canso muito mais rápido, física e mentalmente. Acredito que se não tivesse pegado covid, outra coisa que me fizesse botar um freio na vida teria acontecido. Agora, consigo ver um lado bom em tudo isso. Sou uma pessoa muito mais centrada e que não guarda as coisas para si. Recentemente, voltei ao Emílio Ribas e os médicos me disseram que salvaram muita gente graças aos experimentos que fizeram no meu corpo.

Estou envolvida em toda a logística do nosso novo estabelecimento, uma casa de vinhos. Também temos um bufê e Flávio é chef executivo de um grupo de restaurantes. Mas não trabalho mais no ritmo de antes. Também não penso tanto no futuro, aprendi a viver o presente. Quero voltar a viajar, visitar países que não conheço, ter uma vida equilibrada novamente – tanto de saúde quanto financeiramente. Mas acho que o que quero mesmo é não ter medo. Acredito que vivi um milagre. Agora, quero só ser feliz.”

Claudia Sayuri Kojima (Foto: Arquivo Pessoal)

Claudia Sayuri Kojima (Foto: Arquivo Pessoal)

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Câmara aprova criação de loterias da Saúde e do Turismo - Globo

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (30) um projeto de lei que autoriza o governo federal a criar as loterias da Saúde e do Turismo. O texto seguirá para sanção presidencial.

Segundo a proposta, uma parte do lucro do que será arrecadado nas modalidades dos jogos será destinado ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), no caso da Loteria da Saúde; e à Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no caso da Loteria do Turismo (veja mais abaixo).

Origem do projeto

O projeto que autoriza a criação das novas loterias surgiu no segundo mês da pandemia.

Em maio de 2021, na primeira análise dos deputados, o projeto previa que os recursos arrecadados seriam destinados para a prevenção e combate ao coronavírus, enquanto durasse o estado de emergência em saúde pública.

Havia também um prazo de duração para a Loteria do Turismo, criada para mitigar os impactos econômicos do setor de turismo na pandemia.

Ao passar pelo Senado, o projeto sofreu alterações, que foram acolhidas pelos deputados nesta segunda.

Entre as mudanças estão o caráter permanente da Loteria do Turismo e a retirada da destinação dos recursos arrecadados por meio desta a um Fundo Geral de Turismo (Fungetur) para amenizar a crise gerada pela covid-19 no setor.

Os senadores também ampliaram as modalidades das novas loterias. Os deputados haviam aprovado em maio a criação de jogos de prognósticos numéricos, em que o apostador tenta prever quais serão os números sorteados no concurso, como a Megasena.

No texto aprovado, há permissão também para a criação de jogos de prognósticos esportivos, em que o apostador tenta prever o resultado de eventos esportivos; e os de quota fixada, em que há o valor do prêmio é fixado desde o início.

Distribuição do lucro

Após as deduções previstas na legislação, o resultado da arrecadação dos jogos feitos pelas loterias da Saúde e do Turismo serão distribuídos seguindo critérios específicos para cada tipo de modalidade.

Prognósticos numéricos:

  • 5% será destinado para o Fundo Nacional de Saúde (FNS), no caso da Loteria da Saúde, ou à Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no caso da Loteria do Turismo;
  • 95% para a cobertura de despesas do agente operador.

Prognósticos esportivos e quota fixa:

  • 3,37% será destinado ao FNS, no caso da Loteria da Saúde, ou à Embratur, no caso da Loteria do Turismo;
  • 1,63% para as entidades desportivas que autorizarem o uso das marcas, dos emblemas e dos hinos para divulgação e execução das loterias;
  • 95% para a cobertura de despesas do agente operador.

Os prêmios que não forem reclamados pelos vencedores no prazo serão revertidos ao FNS ou à Embratur, a depender do tipo da loteria.

O texto também prevê um mecanismo de distribuição especial enquanto durar o estado de emergência em saúde pública em decorrência da covid-19. A emergência, no entanto, foi revogada pelo governo federal.

Exploração privada

A proposta aprovada pelos deputados nesta segunda prevê que o Ministério da Economia será responsável pelas regras de concessão para exploração das novas loterias, que devem ser publicadas em até 30 dias após a publicação da lei.

Segundo o relator, deputado Giovani Cherini (PL-RS), isso permitirá que a iniciativa privada explore as loterias. Na primeira versão aprovada pelos deputados, havia previsão de que apenas a Caixa Econômica Federal realizasse os jogos.

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Tuesday, August 30, 2022

Ciro Gomes diz que não questionou saúde de Lula: 'Má inteligência' - Internet Group

Ex-governador do Ceará se explicou sobre o assunto
Reprodução/Jovem Pan - 25.08.2022
Ex-governador do Ceará se explicou sobre o assunto

Nesta terça-feira (30), o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), em entrevista coletiva em Brasília, afirmou que não questionou a saúde do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na segunda (29), ele postou um texto no Twitter e, após ser muito criticado, apagou.

“Não falei nada sobre estado de saúde. Só achei que aquilo ali [o texto publicado inicialmente no Twitter] era meio duro demais e podia ficar na má inteligência. O que eu estou falando é que o Lula perdeu a capacidade moral de enfrentar o Bolsonaro e a direita sanguinária no Brasil. Então, refraseando, é só isso que eu quis dizer”, explicou o pedetista durante o evento da Unecs (União Nacional das Entidades de Comércio e Serviços).

A polêmica gira em torno de uma postagem feita por Ciro nas redes sociais. Ele publicou uma foto de Lula no debate da Band e fez o seguinte questionamento: “Será que não entendem que Lula está cada dia mais fraco — fisicamente, psicologicamente e teoricamente — para enfrentar a direita sanguinária?”. A imagem acabou sendo apagada.

Depois da publicação, a equipe do ex-presidente postou um texto mostrando Lula elogiando o ex-governador do Ceará. “Eu tenho um profundo respeito pelo Ciro Gomes, sou grato ao Ciro Gomes que esteve no governo comigo, ele não resolveu estar conosco, sair com candidatura própria, é um direito dele”, falou o petista no vídeo compartilhado.

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Fumo de terceira mão: como substâncias do cigarro 'se agarram' a objetos e fazem mal à saúde - BBC News Brasil

  • André Biernath - @andre_biernath
  • Da BBC News Brasil em Londres

Cigarro e cinzeiro em cima de um sofá

Crédito, Getty Images

Você já ouviu falar de fumo de terceira mão? O conceito é direto e simples: as substâncias liberadas durante a queima do cigarro impregnam móveis, tecidos ou paredes.

"E elas podem permanecer nesses objetos e superfícies por dias, semanas, meses ou até anos e representam riscos à saúde", completa o oncologista clínico Marcelo Cruz, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Embora esse problema seja descrito em trabalhos científicos desde a década de 1950, ele é pouco conhecido em comparação com o fumo passivo — quando um indivíduo que não é usuário do tabaco inala diretamente a fumaça baforada por alguém que esteja próximo.

Um levantamento feito em 2009 nos Estados Unidos calculou que apenas 43% dos tabagistas acreditam que o fumo de terceira mão seria danoso às crianças, enquanto que 84% deles dizem conhecer bem os perigos do fumo passivo.

Os especialistas alertam que o contato com esses compostos químicos pode fazer mal à saúde — e já existem alguns trabalhos preliminares, feitos em roedores, que apontam o risco de problemas comportamentais, como a hiperatividade, e até de lesões em órgãos como os pulmões e o fígado.

Entenda a seguir o que já se sabe sobre esse fenômeno e o que pode ser feito para evitá-lo.

Moléculas impregnadas

Algumas delas, como a nicotina, a naftalina e os formaldeídos, são liberadas durante o processo de queima e ficam vagando pelo ambiente misturadas à fumaça.

Aos poucos, elas "grudam" nas superfícies e nos objetos, principalmente naqueles que são revestidos por tecidos, como tapetes, carpetes, toalhas, cortinas e na própria roupa.

Muitos desses compostos também já foram detectados "agarrados" aos móveis e à tinta das paredes.

O primeiro trabalho sobre o tema foi publicado em 1953 por médicos americanos. Eles demonstraram que a nicotina se condensa (passa do estado gasoso para o líquido) e, quando aplicada nas costas de ratos, causaria tumores de pele.

Em 1991, uma investigação feita na Dinamarca encontrou partículas dessa mesma substância (que causa uma dependência química muito forte) na poeira de casas onde moravam fumantes.

Já em 2008, um grupo da Universidade Estadual de San Diego, nos EUA, avaliou substâncias encontradas nos carros de tabagistas e descobriu que até o painel do veículo carrega poluentes encontrados nesse produto, mesmo que a pessoa não tenha o costume de acender o cigarro quando está dirigindo.

Mais recentemente, em março de 2020, uma equipe da Universidade Yale, também nos Estados Unidos, mediu a presença de alguns desses compostos químicos numa sala de cinema.

Os cientistas descobriram que em filmes com uma classificação etária mais restrita (o que indica a presença de um número maior de adultos e possivelmente mais fumantes naquele espaço fechado) há uma concentração considerável de compostos danosos à saúde, mesmo que seja proibido fumar neste local.

Os autores então concluíram que os fumantes carregam consigo esses químicos por meio da pele e das roupas, mesmo que não estejam tragando um cigarro naquele exato momento. Eles estimaram que a quantidade de compostos "agarrados" ao corpo dessas pessoas chega a equivaler ao contato de um a dez cigarros pelo fumo passivo.

De 311 voluntários com menos de 12 anos que não tinham contato direto com algum fumante, 296 (ou 95% do total) apresentavam essa substância na superfície da pele.

Já num grupo de 193 crianças cujos familiares são usuários do tabaco, essa taxa chegou a 97,9%.

Pessoa segura cigarro com a mão com uma criança ao fundo

Crédito, Getty Images

Riscos pouco conhecidos

Embora os especialistas se preocupem com essa exposição a tantos compostos químicos, são poucas as pesquisas que estimam com exatidão os impactos do fumo de terceira mão na saúde.

Depois de um tempo, os animais expostos a objetos contaminados por esses compostos químicos foram diagnosticados com alguns problemas físicos e comportamentais.

As cobaias sofreram com danos nos pulmões e tinham mais propensão a condições inflamatórias, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e a asma. Eles também apresentaram alterações no fígado que precedem quadros como cirrose, câncer e doenças cardiovasculares.

Os cientistas também realizaram testes comportamentais e viram que os ratos expostos ao fumo de terceira mão demonstravam com mais frequência sinais de hiperatividade.

Que fique claro: pesquisas desse tipo são consideradas preliminares e não é possível afirmar com toda a certeza que esses mesmos problemas se repetem nas pessoas. Mesmo assim, elas servem de base para que outros estudos, com voluntários humanos, possam acontecer no futuro.

"Infelizmente, ainda são poucos os dados que temos sobre o fumo de terceira mão ou do quanto risco ele representa para o desenvolvimento de um câncer", admite Cruz.

"Mesmo assim, esse problema deve ser encarado com preocupação, ainda mais quando consideramos as crianças, que têm contato com muitas superfícies contaminadas", complementa o oncologista.

A própria estatura do público infantil já facilita essa proximidade com tapetes e móveis onde esses compostos do cigarro se depositam.

Além disso, os pequenos correm maior risco por levarem a mão à boca com mais frequência e estarem num estágio de formação dos órgãos vitais e do próprio sistema imunológico.

O que fazer?

Os especialistas apontam que a recomendação mais óbvia para diminuir o risco do fumo direto, passivo ou de terceira mão é simplesmente não fumar.

Existem tratamentos que ajudam a largar o vício — alguns deles estão disponíveis, inclusive, no Sistema Único de Saúde (SUS).

O contato direto ou indireto com todas as milhares de substâncias contribui para o desenvolvimento de mais de 15 tipos de câncer diferentes, além de estar relacionado com infarto, acidente vascular cerebral (AVC), DPOC, tuberculose, infecções respiratórias, úlceras no estômago e no intestino, impotência sexual, infertilidade e catarata.

Pessoa tira cigarro de maço

Crédito, Getty Images

Já para aqueles que não desejam abandonar o cigarro agora, a dica é nunca fumar em ambientes fechados ou próximos demais da casa, do escritório ou de espaços públicos.

A remoção de muitos desses compostos químicos que estão "agarrados" em objetos e superfícies parece algo difícil de fazer. Uma publicação dos Centros de Tratamento do Câncer da América, nos EUA, aponta que "os métodos de limpeza normais não são efetivos contra esses poluentes".

"Na maioria das vezes, a única opção é trocar carpetes e pintar de novo as paredes da casa", informa o texto.

Para Cruz, o conceito do fumo de terceira mão "reforça como é importante manter o ambiente limpo e livre do cigarro".

"Como se sabe, algumas dessas substâncias podem ficar impregnadas por semanas, meses ou até anos e eventualmente prejudicar a saúde de pessoas que nem estavam ali junto com os fumantes."

"Estamos tão habituados a falar dos riscos do tabagismo ou do fumo passivo que às vezes esquecemos desses efeitos indiretos. Ou seja, não basta apenas fumar num outro cômodo da casa ou abrir uma janela para dissipar a fumaça", continua o oncologista.

"É preciso pensar nas crianças e em como um hábito pode fazer mal a toda uma população que é mais vulnerável", conclui.

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Fumo de terceira mão: como substâncias do cigarro 'se agarram' a objetos e fazem mal à saúde - BBC News Brasil
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Monday, August 29, 2022

No dia de combate ao fumo, especialista alerta sobre os riscos do cigarro - Correio Braziliense

Aline Gouveia

postado em 29/08/2022 19:01 / atualizado em 29/08/2022 19:01

 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O uso de cigarro pode acarretar diversos riscos à saúde. Entre os problemas provocados ou agravados pelo fumo, estão as doenças respiratórias, cardiovasculares e cânceres. Sendo assim, com o intuito de conscientizar acerca dos impactos do hábito, nesta segunda-feira (29/8) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data foi criada por meio da Lei Nº 7.488, de 1986.

Estima-se que aproximadamente 200 mil brasileiros morrem anualmente em decorrência do hábito de fumar. No cenário mundial, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam cerca de 8 milhões de mortes por ano causadas pelo consumo de tabaco. 

Além do uso direto, as pessoas que convivem com fumantes em espaços fechados também estão expostas ao riscos decorrentes do consumo, são os chamados fumantes passivos. “Esses indivíduos também podem apresentar uma piora nas doenças maculares, com aumento do risco de infartos retinianos, tromboses, além do agravamento da retinopatia diabética e hipertensiva", explica o médico Renato Braz Dias, do grupo Opty.

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Tabagismo também afeta a saúde ocular

Renato, especialista em retina e vítreo, explica, ainda, que o uso de cigarros também pode afetar a saúde ocular. De acordo com ele, fumar aumenta de duas a três vezes o risco de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), possibilitando a perda progressiva da visão central. "A degeneração macular nos fumantes está ligada à exposição ao tabaco. Quanto maior o número de cigarros fumados, maior o dano à visão", afirma.

Além da degeneração macular, o hábito de fumar também pode estar associado a outras doenças relacionadas a visão, como glaucoma e catarata. “Essas condições decorrem de danos causados às estruturas internas do olho, como a retina, o nervo óptico e o cristalino. O tabaco também piora quadros de alergias e aumenta as chances dos não-fumantes de sofrer de síndrome do olho seco e ainda causa desconforto para quem usa lentes de contato”, ressalta o médico.

Ainda nesse sentido, o especialista cita um estudo desenvolvido por pesquisadores japoneses na Universidade Farmacêutica Gifu. Na pesquisa, foi observado que a fumaça produzida pelo cigarro gera acúmulo de ferro que mata as células epiteliais da córnea. “A fumaça dos cigarros fere o epitélio, que é a camada mais superficial, capaz de se regenerar, por isso os danos não são permanentes. Entretanto, se exposição for contínua, pode provocar uma lesão na córnea e levar a problemas mais graves”, explica o dr. Renato.

Cigarros eletrônicos

No Distrito Federal, cerca de 31% de adolescente entre 13 a 17 anos já usaram cigarro eletrônico. O índice coloca o DF como líder no ranking nacional, proporcionalmente. “Já foi demonstrado que o uso desses dispositivos eletrônicos está diretamente relacionado ao aumento do risco de levar os jovens ao tabagismo, a potencial de dependência e diversos danos à saúde, incluindo a saúde ocular. Porém é bom lembrar que o desenvolvimento das doenças oculares depende de outras variáveis, como a herança genética. O tabaco é um fator de risco que pode ser eliminado, beneficiando a melhora da saúde em geral", alerta o especialista.

Benefícios em parar de fumar

De acordo com a OMS, parar de fumar traz benefícios imediatos e de longo prazo. Em 12 horas, o nível de monóxido de carbono no sangue cai para o normal. De 2 a 12 semanas, há melhora na circulação sanguínea e função pulmonar. Entre 1 e 9 meses, a tosse e falta de ar diminuem. Em 10 anos, o risco de câncer de pulmão cai para metade em relação a um fumante.

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No dia de combate ao fumo, especialista alerta sobre os riscos do cigarro - Correio Braziliense
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'Gripe do tomate' pode ser variação de doença comum em crianças; entenda - VivaBem

A Índia registrou na última semana mais de 100 casos da gripe do tomate nos estados de Kerala e Odisha. A nova doença causa febre e lesões redondas avermelhadas na pele, que lembram tomates, por isso o nome. Um estudo de caso publicado na Revista Pediátrica de Doenças Infecciosas, porém, indica que a condição pode ser a variação da doença mão-pé-boca, comum em crianças.

No estudo, publicado no dia 19 de agosto, os pesquisadores avaliaram dois irmãos que viajaram ao estado de Kerela. Os pais contaram que eles brincaram com crianças que já tinham se curado da doença. A família retornou ao Reino Unido, onde mora, e uma semana após chegarem em casa, os filhos começaram a ter sintomas.

A menina, de 13 meses, e seu irmão, de 5 anos, apresentaram feridas nas mãos e pernas, sem febre. Após dois dias, a menina desenvolveu lesões na boca, que causaram excesso de baba, enquanto as feridas do menino começaram a cicatrizar.

A doença mão-pé-boca é causada por vírus da família do enterovírus e pode acometer qualquer pessoa, embora seja mais prevalente em crianças de até 5 anos. Ela é bastante contagiosa e, geralmente, está associada aos vírus Coxsackie A16, EV A71, Coxsackie A6, Coxsackie B e Echo vírus.

As crianças fizeram teste PCR nas lesões para avaliar a presença de enterovírus. A menina também realizou coleta de amostras para a varíola dos macacos, porque a equipe desconfiou das feridas devido ao atual surto da doença —o resultado foi negativo.

Quando analisaram as amostras, a equipe identificou a presença do vírus Coxsackie A16, um dos principais responsáveis pela infecção mão-pé-boca.

gripe do tomate, doença mão-pé-boca - The Pediatric Infectious Disease Journal - The Pediatric Infectious Disease Journal

Registros mostram feridas das crianças

Imagem: The Pediatric Infectious Disease Journal

A doença evoluiu sem gravidade para ambas as crianças. No 6º dia, as lesões do menino começaram a cicatrizar sem feridas, enquanto as da sua irmã praticamente desapareceram no 16º dia, relata o estudo de caso.

A gripe do tomate foi reportada em artigo publicado no periódico The Lancet em 17 de agosto, indicando que a doença atingia principalmente crianças abaixo de 5 anos e parecia não ser fatal, mesmo sendo bastante contagiosa.

Sintomas da doença mão-pé-boca

A doença trata-se de uma infecção viral altamente contagiosa que acomete áreas determinadas do corpo como a mão, o pé e a boca, mas pode afetar a região genital e as nádegas. Os sintomas iniciais costumam ser:

  • Febre moderada;
  • Dor de garganta;
  • Perda do apetite;
  • Mal-estar geral.

Após cerca de dois dias, poderão ser observadas as seguintes condições:

  • Feridas dolorosas na boca e na língua (lesões vesiculares);
  • Erupções (lesões avermelhadas que se transformam em bolhas) nas palmas das mãos, nas solas dos pés, mas também nos tornozelos, cotovelos, genitais e/ou nádegas.

Em alguns casos, três a oito semanas após a infecção pode apresentar-se também o descolamento da unha nas mãos e/ou nos pés, o que é definido pelos médicos como onicomadese.

Como é feito o tratamento?

O tratamento pretende aliviar os sintomas como dor e febre, o que se faz por meio do uso de analgésicos, bem como outras medicações que reduzam o desconforto causado pelas lesões.

Além disso, indica-se manter o paciente hidratado, já que pode ser difícil alimentá-lo de forma adequada.

Quando a internação é necessária?

Acometimento de áreas extensas e muitas lesões na cavidade bucal (garganta, boca e língua) podem indicar a necessidade de internação, sobretudo pela dificuldade de ingerir alimentos. Além disso, se existir suspeita de comprometimento do SNC, o paciente deverá ser internado para observação.

O que esperar do tratamento?

A maioria das pessoas se recupera totalmente após cerca de uma semana —e no máximo em 21 dias. A infecção não confere imunidade definitiva e novos quadros podem se repetir.

Complicações são raras

Na maioria das vezes, a síndrome é autolimitada, isto é, se resolve sozinha, sem a necessidade de medicamentos específicos contra o vírus. Embora raros, quadros mais graves podem levar a complicações como a persistência da estomatite e das feridas na cavidade bucal, o que dificulta a alimentação, principalmente se a criança é muito pequena.

Quando a infecção se relaciona a um tipo específico do vírus, o enterovírus 71, pode existir maior risco de comprometimento neurológico, o que potencializa o aparecimento de encefalite, meningite e outras condições.

Mais raramente ainda, o coxsackievírus pode levar à pneumonia, pericardite, miocardite e edema pulmonar. Há ainda evidências de que ele também pode estar envolvido em abortos espontâneos.

*Com informações de reportagem publicada em 26/07/22

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'Aids levou minha visão do olho direito e limitou meus movimentos' - Estado de Minas

Vitor Ramos, 29, antes e depois do tratamento para Aids
Vitor antes (dir.) e depois do tratamento para Aids (foto: Arquivo Pessoal)

Em 2015, Vitor Ramos, na época estudante de administração, começou a sentir sintomas gripais. "Era só uma garganta inflamada e um mal-estar leve. Quem seria capaz de associar isso com HIV?", indaga ele, que só recebeu o diagnóstico três anos depois.

Vitor conta que a hipótese demorou muito a passar pela sua cabeça. "Eu achava que nunca tinha me relacionado sexualmente com alguém portador do vírus, porque na minha cabeça essa pessoa seria acamada e estaria muito fraca", diz.

Dois anos depois do aparecimento dos sinais mais genéricos, em 2017, Vitor teve quadros intensos de diarreia que o fizeram perder cerca de 20 quilos e passar por oito hospitais em busca de um diagnóstico na cidade de Araçariguama, onde morava no interior de São Paulo, e em municípios próximos.

"O gastroenterologista pediu uma colonoscopia que voltou inconclusiva para doença de Crohn [uma doença inflamatória do trato gastrointestinal], a principal suspeita do médico. Mesmo assim, ele decidiu me tratar como se eu tivesse o quadro", lembra.

 

"Na ocasião, minha mãe chegou a perguntar: 'Doutor, não pode ser HIV?', e ele respondeu que não era 'comum em homens'. Entendi aquilo como uma suposição equivocada de que eu seria um homem hétero, já que o HIV ainda é muito associado aos homossexuais."

A infecção pelo vírus, na realidade, pode acontecer com qualquer pessoa, independentemente da sua orientação sexual. O HIV está presente em secreções (fluidos) como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno. Por isso recomenda-se sempre o uso de preservativos no sexo, e que mães soropositivas alimentem seus bebês com fórmula infantil.

Além do diagnóstico incorreto, o médico que atendeu Vitor receitou um medicamento imunossupressor, efetivo para o tratamento de doença de Crohn, mas extremamente nocivo para quem vive com HIV.


"Os medicamentos imunossupressores podem atuar enfraquecendo diferentes partes do sistema imune a depender de qual é o remédio receitado. Considerando um paciente que já estava com imunidade celular baixa, se usar medicação que piora a imunidade, há o risco de deixá-lo muito suscetível às infecções oportunistas, que às vezes somente o HIV não seria suficiente para causar", aponta o médico infectologista acreano Dyemison Pinheiro, que não acompanhou o caso de Vitor.


"A partir do dia que comecei a tomar o medicamento, a piora foi muita rápida. Eu digo que fui ladeira abaixo, e uma ladeira bem íngreme. Comecei a andar devagar, as diarreias não paravam, eu só ficava em casa porque poderia precisar do banheiro a qualquer momento. Precisei trancar a faculdade", lembra Vitor.


Com o quadro cada vez mais grave, sua família insistia para que ele procurasse um pronto-socorro. "Eu tentava disfarçar dizendo que estava bem. Mas um dia, minha irmã chegou decidida a me levar. Eu fui até o carro andando, e quando chegamos no hospital, já não sentia minhas pernas. Precisei ser tirado por um segurança e fiquei na cadeira de rodas. Ali, senti que algo estava muito errado."


Foi neste dia, 8 abril de 2018, que Vitor recebeu o diagnóstico de HIV.


Vitor rodeado por enfermeiras que acompanharam seu período no hospital
Vitor ao lado das enfermeiras do hospital, onde passou quatro meses internado (foto: Arquivo pessoal)

A contagem de das células imunológicas CD4 em seu corpo estava extremamente baixa. Para comparação, o índice em uma pessoa saudável deve ser acima de 500. Quando está abaixo de 350, indica que a pessoa sofre de Aids. A contagem de CD4 de Vitor no momento do diagnóstico era 2.


"Com tratamento, é possível melhorar o número, mas o índice não leva em conta a recuperação imunológica. Algumas pessoas apresentam falhas qualitativas importantes nas células de defesa, e por isso, há pesquisadores que advogam que, uma vez que o número esteve abaixo de 350, a pessoa sempre terá Aids", explica Pinheiro.


Na primeira semana de internação, Vitor só lembra de flashes. Algo que o marcou foi uma conversa que ouviu dos médicos, que falaram que não tratariam o HIV no primeiro momento, já que haviam outras doenças oportunistas deixando seu corpo fraco.


Além do vírus da Aids, exames constataram neurotoxoplasmose (infecção no sistema nervoso central), sarcoma de Kaposi (câncer que acomete as camadas mais internas dos vasos sanguíneos) e as infecções sexualmente transmissíveis sífilis e HPV.


Vitor com sua mãe, cão, e profissionais de saúde que acompanharam seu caso
Vitor com sua mãe, cão, e profissionais de saúde que acompanharam seu caso (foto: Arquivo pessoal)

"Apesar de o HIV ser perigoso, ele pode não ser o quadro principal responsável pelo óbito. Pelo excesso de medicações, em um caso com diferentes infecções oportunistas, é preferível focar no que oferece mais risco", aponta Pinheiro.


Ao todo, Vitor passou quatro meses internado, incluindo dois períodos na unidade de tratamento intensivo (UTI).


"Perdi os movimentos das pernas e dos braços e fiquei dependente dos outros para tudo. Meu corpo doía muito, e em uma das noites comecei a enxergar tudo vermelho. Foi quando me levaram para a UTI pela segunda vez. Lá, fiquei sem visitas, olhando para o teto e sem me mexer. Só ouvindo barulhos de gente morrendo ou aparelhos apitando. Foram dias extremamente difíceis", lembra.


A primeira alta aconteceu depois de cerca de três meses, mas, após uma semana em casa tomando remédio para uma suposta conjuntivite, Vitor perdeu a visão de um olho.


De volta ao hospital, uma oftalmologista especialista em Aids diagnosticou a presença de citomegalovírus ocular (infecção causa por vírus da família da herpes) e recomendou internação urgente.


"Eu não queria voltar de jeito nenhum, chorei muito, mas fui internado. Também segui fazendo fisioterapia, e, para me ajudar a recuperar os movimentos, minha mãe colocava uma toalha embaixo do prato de comida e me pedia para tentar fazer a refeição sozinho. Eu parecia uma criança sujando tudo, mas, aos poucos, fui conseguindo", diz.


Vitor ao lado da mãe (à esquerda) e ao lado das duas irmãs
Vitor ao lado da mãe (à esquerda) e ao lado das irmãs. Segundo ele, o apoio familiar foi essencial no tratamento (foto: Arquivo pessoal)

"Nos meses que passei internado, perdi autonomia, liberdade e privacidade. Meu pai me perguntou: 'Qual é a primeira coisa que você quer fazer quando sair daqui? Viajar, ir ao shopping...' E eu respondi que queria tomar um banho em pé, sozinho.

Ele ficou surpreso."


Vitor conta que toda sua família foi muito carinhosa e essencial no período de tratamento. "Se hoje falo abertamente sobre viver com HIV nas redes sociais e incentivo outras pessoas a fazerem o teste, é só porque tive rede de apoio muito forte."


As sessões de fisioterapia para recuperar os movimentos eram dolorosas. "Quando as enfermeiras entravam, fingia estar dormindo para não ter passar pelos exercícios, que, ao meu ver, não ajudavam em nada. Foi só quando me emocionei ao ver meu polegar do pé se movimentar sutilmente que fiquei mais motivado."


Da cadeira de rodas, Vitor passou a usar um andador, depois um par de muletas e, por fim, andava com o auxílio de uma bengala - uma evolução que levou um ano.


Vitor no dia da alta hospitalar e em foto recente
Vitor no dia da alta hospitalar e em foto recente (foto: Arquivo pessoal)

Quando recebeu alta, o CD4 de Vitor era de 40, um número considerado ainda bastante baixo. Por isso, a condição para voltar para casa foi que ele retornasse ao hospital todos os dias para receber medicamentos na veia.


"Diziam que eu não passaria de 200, que meu caso era muito grave. Foram dias muito difíceis. Os medicamentos tiravam minhas forças." Nos últimos dois exames feitos, seu CD4 passava de 470.


Apesar de a taxa não representar que ele está curado, mostra uma boa resposta ao tratamento, que Vitor diz que segue à risca até hoje, com medicamentos que obtém no SUS.


Além disso, pouco tempo depois de iniciar o tratamento, Vitor chegou ao estágio de HIV indetectável, ou seja, ele não transmite o vírus sexualmente (mesmo que sem proteção).


De acordo com o infectologista Dyemison Pinheiro, é plenamente possível que, mesmo em quadros graves como foi o de Vitor, nos quais as pessoas têm sua imunidade parcialmente comprometida irreversivelmente, ainda se possa chegar ao nível de HIV indetectável conforme o tratamento avança - um fator não está atrelado ao outro.


Ele pratica exercícios físicos regularmente, na academia ou jogando vôlei com a família, terminou a faculdade e conseguiu um emprego recentemente.


"Por conta do diagnóstico tardio, que levou quase três anos, a Aids me fez perder a visão do olho direito, parte da audição, e me causou sequelas de um certo atraso de movimento na perna esquerda. Mas me sinto ótimo, considero que minha recuperação foi muito boa, e, hoje, vivo bem."


Nas redes sociais, Vitor incentiva outros homens e mulheres a procurar um teste antes que o vírus avance no organismo. "Se eu pudesse voltar no tempo, esse seria o conselho que eu daria a mim mesmo. Falaria também para pesquisar sobre o vírus e não ser influenciado pelo que qualquer pessoa diz. Há vida depois do diagnóstico", diz.


Vitor atualmente, ao lado dos amigos Sammia e Kaique
Vitor atualmente, ao lado dos amigos Sammia e Kaique (foto: Arquivo pessoal)

- Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62443380


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