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Wednesday, December 15, 2021

Doença respiratória provoca morte de criança no HCM de Rio Preto - Diário da Região

A síndrome respiratória aguda grave (SRAG), doença pulmonar severa, levou à morte uma criança que estava internada na UTI do Hospital da Criança e Maternidade (HCM), em Rio Preto. A hospitalização ocorreu no sábado, 11, e o óbito foi registrado na segunda-feira, 13.

De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e aos familiares, a instituição não divulgaria qual vírus ou bactéria levou à SRAG e nem qual a idade da criança. Foi informado que a morte não ocorreu por causa da Covid-19.

O HCM enfrenta lotação por causa de doenças respiratórias. O problema se arrasta desde o fim de novembro e já foi comunicado ao Departamento Regional de Saúde (DRS) e à Secretaria de Saúde de Rio Preto. O mais prevalente deles é o vírus sincicial respiratório (VSR), transmitido de forma semelhante à gripe e à Covid – veja mais sobre o vírus no quadro.

“Todos os leitos de UTI estão lotados, enfermaria está em torno de 70%. Estamos com um plano de contingência”, diz Antônio Soares Souza, diretor administrativo do HCM e professor da Famerp.

O Departamento Regional de Saúde (DRS), por meio da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), está redirecionando crianças que precisam de internação a outros centros, como em Catanduva e a Santa Casa de Rio Preto. De acordo com Antônio, se a situação do paciente é grave e urgente, o HCM acaba recebendo.

“A maioria são crianças pequenas que estão sendo internadas, de até 2 anos, algumas em estado grave e intubadas”, diz o médico. A situação que o HCM vivencia é inédita para a instituição, mas outros centros têm registrado alta nos casos respiratórios entre crianças pequenas. A grande quantidade de crianças internadas fez elevar os números do boletim epidemiológico da Covid-19: havia na última quinta-feira, 9, um total de 140 pessoas hospitalizadas com SRAG. Dessas, 16 tinham infecção por coronavírus confirmada, uma minoria.

“Estamos com vários casos de bronquiolite na Beneficência Portuguesa. Eles estão internados, mas não precisando de UTI. Nenhum paciente necessitou de ventilação mecânica”, afirma Jorge Selem Haddad Filho, presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo – Regional de Rio Preto e coordenador da UTI infantil e neonatal da Beneficência Portuguesa.

O vírus

Vírus sincicial respiratório

  • É uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e crianças pequenas
  • Pode causar bronquiolite (infecção dos brônquios, nos pequenos tubos respiratórios dos pulmões).
  • Epidemias anuais ocorrem durante o inverno e início da primavera.

Transmissão

  • É transmitido de uma criança infectada pelas secreções do nariz ou da boca, por contato direto ou gotículas.
  • O período de maior contágio é nos primeiros dias da infecção. O período de incubação varia de 2 a 8 dias, normalmente 4-6 dias.

Riscos

  • A maioria das crianças com infecções respiratórias tem apenas sintomas leves, geralmente semelhantes aos sintomas de um resfriado comum.
  • Em crianças menores de 2 anos, a infecção pode evoluir para sintomas mais comumente encontrados em bronquiolite.
  • A maioria das crianças com infecções virais começam a se recuperar em cerca de uma semana, e quase todas se recuperam totalmente.
  • Quase todas as crianças são infectadas com VSR pelo menos uma vez até os 2 anos de idade, e uma recorrência leve da infecção durante toda a vida é comum.

Inicialmente, a criança terá corrimento nasal, tosse leve e,

  • em alguns casos, febre.
  • Dentro de 1 a 2 dias, a tosse piora e, ao mesmo tempo, a respiração da criança torna-se mais rápida e difícil.
  • Ela pode apresentar chiado a cada expirada. Fica difícil mamar, porque o bebê tem dificuldade para respirar.
  • A deglutição se torna muito difícil para essas crianças.
  • Os dedos e a área em torno de seus lábios podem ficar com uma cor azulada, sinal de que sua respiração não está entregando oxigênio suficiente para a corrente sanguínea.

Consulte o pediatra imediatamente se o bebê ou a criança:

  • Tem dificuldades respiratórias.
  • É mais jovem do que 2 ou 3 meses e tem febre.
  • Mostra sinais de desidratação, como boca seca, choro sem lágrimas e urina com menos frequência.

Surto fora de época

A bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos, as ramificações dos brônquios, responsáveis por levar o ar para dentro dos pulmões, e é provocada pelo vírus sincicial respiratório. “Causa desconforto respiratório, de leve a grave. Normalmente é mais grave em crianças abaixo de 1 ano e com pior gravidade naqueles abaixo de 6 meses ou em idosos”, explica Jorge Haddad.

O especialista acredita que o surto fora de época – já que é mais comum que as síndromes respiratórias apareçam no frio – foi provocado pela volta dos pequenos à rotina – ida a creches e escolas. “Todo mundo com vida praticamente normal e houve essa disseminação.”

Não existe vacina contra o VSR, apenas uma imunoglobulina que deve ser aplicada em casos extremamente raros, em crianças que têm o sistema imunológico comprometido. A prevenção é manter os ambientes bem ventilados, hidratar bem as crianças e orientar que utilizem as máscaras. “E lavar bem as mãos, porque esse vírus pode ser transmitido por contato com mesa, maçaneta e outras coisas”, diz Haddad. (MG)

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