Não se sabe ao certo o motivo, porém, acredita-se que o incômodo ocorra por conta de um desequilíbrio dos hormônios estrogênio e progesterona. Como os dois atuam no sistema nervoso central (cérebro), essa desarmonia no período pré-menstrual pode levar ao aumento da prolactina, substância responsável pela maior sensibilidade das mamas.
É também nessa fase que o estrogênio exerce uma função que aumenta o calibre dos vasos sanguíneos no corpo da mulher e a progesterona facilita a passagem de liquido para a região dos seios. Dependendo da quantidade acumulada desse fluido, pode surgir o desconforto acompanhado de sensação de peso ou de distensão das mamas.
Vale saber que existem alguns fatores que podem aumentar o risco desses sintomas na TPM: estresse, desordens metabólicas, influência genética, falta de atividade física, sobrepeso e tabagismo. Por isso, algumas medidas podem ser tomadas na tentativa de evitar os incômodos. Veja a seguir:
- Evite usar sutiã muito apertado, especialmente aqueles que tem aro de metal para dar sustentação;
- Caso esteja acostumada, dê preferência para tops esportivos não muito justos;
- Tente evitar a ingestão de alimentos ou líquidos que tenham xantinas, como café, chás, chocolate e refrigerante;
- Pratique atividades físicas. Escolha aquele exercício que você mais gosta de fazer, ou tem familiaridade; e, durante o treino, use top para a sustentação das mamas;
- Faça compressas geladas, que agem como vasoconstritoras e ajudam a reduzir a dor;
- Deixe o cigarro de lado (olha aí uma oportunidade para você parar de vez).
Os sintomas da TPM não envolvem apenas a dor e o inchaço dos seios. Existem outros sinais que podem estar presentes de forma recorrente na segunda metade do ciclo menstrual. São eles: depressão, confusão, irritabilidade, fadiga, ansiedade, agressividade, distensão abdominal, dor de cabeça, ganho de peso, tontura, náusea, acne discreta, alterações do apetite e no sono. Normalmente, após a chegada da menstruação, estes sintomas diminuem ou desaparecem por completo. Caso persista, o ideal é procurar um ginecologista.
Fontes: Daniela Angerame Yela, professora associada da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e membro da Comissão Especializada em Ginecologia Endócrina da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia); Patrícia Fonseca, ginecologista chefe da enfermaria de alto risco da Maternidade Januário Cicco, da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte); Solange Borba Gildemeister, ginecologista e professora do departamento de tocoginecologia da UFPR (Universidade Federal do Paraná).
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