Moradores de comunidades e até de um bairro nobre da Praia Grande, no litoral paulista, estão tendo que enfrentar mais um problema que vem se alastrando por toda a cidade, a escabiose, também conhecida como sarna humana.
Inúmeros casos da doença vêm sendo registrados na cidade, alguns tão graves que precisam de internação. O alerta foi dado há alguns meses pela empresária Patrícia Ogna Patrali, que criou um perfil no Instagram para auxiliar os moradores com a ajuda de amigos médicos.
Sarna humana é altamente infecciosa
A doença é causada pelo ácaro parasita Sarcoptes scabiei, parasita que se alimenta da queratina, ou seja, proteína que constitui a camada superficial da pele, onde também abrem túneis, se reproduzem e depositam ovos.
Ela apresenta um grau de transmissibilidade elevada pelo contato íntimo e atinge principalmente quem não mantém bons hábitos de higiene, o que inclui não trocar de roupas com frequência. O compartilhamento dessas peças, assim como de uma cama ou mesmo de um sofá infectado também pode contribuir para a disseminação.
Geralmente com um exame clínico já é possível saber se a infecção está presente ou não. O diagnóstico definitivo é feito a partir da raspagem das lesões e investigação com lupa especial.
A doença se manifesta como bolinhas vermelhas e uma coceira persistente, principalmente em áreas quentes do corpo, como dobras, axilas, umbigos, vãos dos dedos, região íntima e tende a piorar à noite. Pacientes imunodeprimidos estão mais expostos ao risco de infecção pelo parasita da sarna.
"Em bebês, nota-se lesões nas palmas das mãos e plantas dos pés, podendo até acometer couro cabeludo e face", informa Felipe Yazawa, dermatologista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e da clínica Cia. da Consulta.
O médico acrescenta que alguns quadros de escabiose podem apresentar infecção secundária ao ato de se coçar, podendo até haver necessidade de internação.
O período de incubação do micro-organismo da sarna é de cerca de 24 dias ou de 24 horas no caso de reinfestação pelo parasita. Vale ressaltar também que, embora a doença seja comum em locais de aglomeração, os humanos não pegam sarna de gatos ou cachorros.
Como é feito o tratamento?
Através de escabicidas, substâncias que combatem a sarna. O uso é local e deve ser aplicado no corpo todo, exceto acima da linha do nariz e das orelhas, por dois ou três dias. É importante que a aplicação seja repetida depois de sete a dez dias para combater os ácaros provenientes dos ovos que ainda não haviam eclodido na primeira aplicação.
Toda a família deve ser tratada simultaneamente para evitar a reinfestação. Já existem remédios por via oral que também são eficientes no tratamento da sarna.
*Com informações do site Drauzio Varella e de reportagem publicada em 30/04/2020.
Sarna humana se alastra no litoral paulista; entenda o que é e como tratar - VivaBem
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