Em um vídeo publicado nesta sexta-feira (11/6), a OMS, Organização Mundial da Saúde, voltou a reforçar que a vacinação de crianças neste momento da pandemia do coronavírus não é prioridade. Em maio, o órgão já havia se manifestado, dizendo que os países ricos não deveriam vacinar os pequenos agora e sim doar as vacinas para o consórcio Covax.
No vídeo, Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS, explica que a razão para não vacinar crianças nesse momento, em junho de 2021, é porque embora as crianças possam se infectar e transmitir o vírus para outras pessoas, elas têm menos risco de desenvolver um quadro mais grave da doença, em comparação com os adultos.
A especialista ainda ressalta que a quantidade insuficiente de doses da vacina fez com que a organização recomendasse que a campanha de vacinação começasse pelos profissionais de saúde e trabalhadores da linha de frente, que estavam bem expostos à infecção e pessoas mais velhas e com comorbidades. Swaminathan explica que protegendo esses grupos é possível reduzir as taxas de mortes ao redor do mundo. Depois disso, poderia vacinar as pessoas de outras faixas etárias até chegar ao grupo das crianças. Ela ainda acrescenta que com a disponibilidade maior de doses, crianças com comorbidades poderiam ser priorizadas. "Mas, as crianças formam um grupo com menor prioridade", disse a cientista.
Swaminathan menciona que muitas laboratórios estão fazendo estudos sobre a efetividade da vacina em crianças e jovens entre 12 e 18 anos. Ela diz que quando a OMS tiver esses dados irá analisá-los e fará as recomendações de como as vacinas contra a covid-19 poderão ser usadas em crianças. Avaliando o número de doses, intervalos e se há contraindicações que devem ser consideradas. Segundo ela, mesmo após a aplicação da vacina em crianças, os imunizantes continuarão a ser monitorados.
No entanto, a especialista da OMS ressalta, que nesse momento, as crianças, exceto aquelas que são mais suscetíveis à doença, não são consideradas prioridade, devido à limitada quantidade de doses de vacinas no mundo. "Nós precisamos usá-las para proteger os mais vulneráveis", diz Swaminathan. Ela ainda ressalta que não é necessário que as crianças tomem a vacina antes de voltar para a escola. "Nós vemos que em muitos países as escolas foram mantidas abertas com sucesso", afirma. Swaminathan também diz que se os profissionais da educação estão vacinados, as escolas podem reabrir seguindo os protocolos de segurança.
Anvisa libera uso de vacina da Pfizer para crianças com mais de 12 anos
Nesta sexta-feira (11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer para crianças com 12 anos de idade ou mais. A partir de agora, esta faixa etária também estará indicada na bula do imunizante no Brasil.
Com isso, a vacina passa a ser a primeira no país a ser liberada para menores de idade. A decisão foi tomada após a Anvisa avaliar estudos feitos fora do Brasil, que indicaram a segurança e a eficácia do imunizante da esse faixa etária.
A vacina da Pfizer foi a primeira a receber o registro definitivo para uso contra a covid-19 em território nacional. Nos Estados Unidos, o imunizante da farmacêutica já estava autorizado para adolescentes de 12 a 15 anos desde o último dia 10 de maio. Na Europa, a aplicação da vacina para essa faixa etária também já está liberada.
Apesar da autorização da Anvisa, ainda não há previsão de quando as crianças serão incluídas no Plano Nacional de Imunização contra a covid-19.
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Em vídeo, OMS diz que vacinação de crianças não é prioridade no momento - Crescer
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