O Dia de Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil é lembrado nesta quinta-feira, 3 de junho. A data foi criada para alertar da necessidade da adoção de medidas para evitar que crianças fiquem acima do peso. No entanto, é preciso ter cuidado ao abordar o tema, uma vez que uma criança que está no peso ideal, pode achar-se gorda. E o comportamento dos familiares é fundamental para isso.
Uma vez que a formação da criança está ligada diretamente com o que ela vê e escuta, é necessário ter cuidado com o que falamos perto delas. Se uma criança vê os pais diante de um espelho, reclamando do próprio corpo, ela tende a achar aquele comportamento normal.
Para a nutricionista infantil Mary Cardoso, é preciso “repensar o que estamos falando para nossas crianças. Afinal, as crianças reproduzem o que escutam e veem,” explica. Nesse sentido, a profissional orienta que não devemos supervalorizar o peso ou dietas de restrição alimentar.O uso de redes sociais também deve ser orientado pelos pais ou responsáveis, sempre enfatizando que muito do que é mostrado ali não é real. "Com o acesso das crianças às redes, elas acabam sendo influenciadas, tal qual os adultos, por diversas formas. Desde padrão de comportamento a estéticos. É preciso que os pais alertem que aqueles corpos muitas vezes são irreais”, explica Mary.
Além disso, a profissional recomenda que as crianças devem aprender a respeitar o corpo do outro, onde cada um tem sua individualidade. Alguns são maiores, outros menores, por exemplo. “Atualmente vejo um movimento enorme de algumas crianças preocupadas com seu corpo. De que forma? Com algumas falas do tipo “não posso engordar”, “acha que estou gorda?”, “sou mais gorda(o) que fulano”, “ os meninos da minha escola me chama de baleia”, “não quero fazer aula de educação física” (aqui as vezes é sinal de vergonha por algumas falas do coleguinha, por isso que em casa devemos reforçar outros valores das crianças e ensinar o respeito com o corpo do outro)”, diz Mary.
Para estimular a criança a aceitar o próprio corpo, Mary orienta os pais a usarem palavras do “bem” como “você é muito esperta,” “nossa, que inteligente!”, “tão educada”, “tão simpática”, dentre outras. “Dessa forma, ensina estas a respeitarem a diversidade e a individualidade de cada pessoa. E criamos pessoas menos frustradas, mais saudáveis e respeitosas,” finaliza ela.
Obesidade infantil: comportamento dos responsáveis pode influenciar crianças - O POVO
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