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Monday, January 31, 2022

Mortalidade de internados com covid no SUS cai 37% após vacinação - UOL Notícias

A taxa de mortalidade de pacientes internados no SUS (Sistema Único de Saúde) com covid-19 vem caindo ao longo de 2021 e atingiu em novembro o menor patamar desde a chegada do novo coronavírus ao país, em fevereiro de 2020. Especialistas atribuem o bom resultado especialmente ao avanço da vacinação.

Segundo os dados mais recentes do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade de pacientes internados com covid em novembro foi de 16,3%, a menor da série histórica.

No ano passado, o recorde de mortalidade ocorreu em março —pior mês da pandemia em termos de mortes—, quando a taxa ficou em 26%. De março até novembro a taxa encolheu 37,3%.

Outro dado positivo do SUS é que o tratamento de quem precisou se internar está mais curto. Em outubro, por exemplo, os pacientes ficaram internados, em média, oito dias em um hospital. O número caiu para 6,1 dias em novembro.

Os dados do sistema do SUS, porém, não separam pacientes que precisaram de terapia intensiva, mas representam a média geral de todos os que se internaram em enfermaria, UTI (unidade de terapia intensiva) ou ambos. Não estavam disponíveis, até ontem, os dados de dezembro.

O portal de dados do SUS contabiliza até aqui um total de 1,6 milhão de internações por causa da covid-19 desde o início da pandemia, com 348 mil mortes. Importante ressaltar que os dados dos últimos seis meses ainda podem aumentar, pois ainda há possibilidade de novas inclusões de AIH (Autorização de Internação Hospitalar) registradas após o fim da internação. O custo total com o tratamento de brasileiros com a covid-19 no SUS alcançou, em novembro, R$ 9,4 bilhões.

Poder das vacinas

Os números de novembro indicam que a covid-19 se mostrou menos letal antes da chegada da variante ômicron, o que especialistas atribuem ao aumento de população com esquema vacinal completo no país.

"Esse era o grande objetivo da vacina: que ela evitasse a repetição daquele cenário de outras ondas com tantas hospitalizações e mortes. Os números mostram que elas são mesmo efetivas", afirma a pediatra e vice-presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Isabella Ballalai.

A primeira geração das vacinas em uso no mundo tem como principal papel reduzir hospitalizações e mortes pela covid-19. Um dos efeitos esperados é que mesmo em pacientes que precisem de internação, a doença não evolua para quadros graves e óbito.

Isso está ainda mais claro agora, com a ômicron, quando vivemos um cenário de onda enorme de casos, de alta transmissibilidade, mas, proporcionalmente, um aumento bem menor de hospitalizações e óbitos".
Isabella Ballalai, SBIm

Vacinação em Manaus, uma das cidades mais afetados pela covid-19 durante a pandemia no país - Lucas Silva/Governo do Amazonas - Lucas Silva/Governo do Amazonas

Vacinação em Manaus, uma das cidades mais afetados pela covid-19 durante a pandemia no país

Imagem: Lucas Silva/Governo do Amazonas

Vacinados têm quadros menos graves

O médico Marcos Galindo é coordenador da UTI do Hospital Agamenon Magalhães, no Recife, e membro da Comissão de Defesa Profissional da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira). Ele também atribui à queda de mortalidade e do tempo de internação à vacinação. "Os doentes vacinados agravam menos, têm menos disfunções orgânicas e chegam menos nas UTIs", diz.

Minha preocupação é com os não vacinados, porque eles tendem a ter risco maior de casos graves ou morte de covid-19. Como estamos em avalanche de casos agora, podem chegar casos graves entre os não vacinados
Marcos Galindo, intensivista

Com o número recorde de casos de covid-19 no país, ele cita que muitos pacientes internados por outras enfermidades estão sendo diagnosticados com o novo coronavírus quando já hospitalizados.

"Muitos casos estão positivando, inclusive dentro das UTIs. A maioria tem sido internada por outro motivo, e aí o teste vem positivo, sem sintomas respiratórios ou com sintomas leves. Ou seja, tem muita covid nas UTIs, mas sem necessariamente desenvolver SRAG [Síndrome Respiratória Aguda Grave]", diz.

Paciente internado com covid-19 em UTI - REUTERS/Amanda Perobelli - REUTERS/Amanda Perobelli

Paciente internado com covid-19 em UTI

Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli

Expertise médica e sem superlotação

Para o professor de infectologia e gestor de vigilância em saúde do Complexo Hospitalar da UFC (Universidade Federal do Ceará), Jorge Luís Rodrigues, não restam dúvidas de que a vacinação é o principal motivo para a melhora nos indicadores "Nas ondas anteriores a gente teve uma mortalidade assustadora porque não tínhamos vacina para dar para pessoas", diz.

Mas ele cita que dois pontos precisam ser levados em conta na análise dos dados. O primeiro é como o tratamento aos pacientes evoluiu nos últimos dois anos.

Eu fui paciente na primeira onda: fui internado por insuficiência respiratória leve, não precisei de UTI. Mas a diferença de tratamento daquela onda para hoje é gigantesca. A fisioterapia foi o grande destaque. Na primeira onda, os profissionais tinham muito medo, não havia vacina, a forma de transmissão não era 100% conhecida e existia um temor muito grande de se aproximar dos pacientes.
Jorge Luís Rodrigues, infectologista

Ele aponta também os avanços nos protocolos para uso de medicamentos. "Muitas daquelas drogas usadas no começo, por desespero, não tinham sustentabilidade científica. Hoje a gente sabe e aprendeu a usar remédios de forma correta, como os corticoides. Conseguimos também ter menos pacientes com uso de ventilação mecânica, graças a suporte não-invasivo como o capacete Elmo. Ou seja, Foi um avanço em conjunto com a ciência", completa.

Capacete Elmo, criado no Ceará, é usado para o tratamento da covid-19 - Divulgação/Escola de Saúde Pública do Ceará - Divulgação/Escola de Saúde Pública do Ceará

Capacete Elmo, criado no Ceará, é usado para o tratamento da covid-19

Imagem: Divulgação/Escola de Saúde Pública do Ceará

Por fim, ele diz que as altas taxas de mortalidade enfrentadas nos picos da primeira e da segunda onda têm relação direta com o colapso hospitalar enfrentado por muitas cidades —e que reduziram a efetividade de acompanhamento e tratamento dos profissionais de saúde.

"Os hospitais tiveram que abrir UTIs às pressas, em um ritmo impressionante. Isso necessitaria de uma grande capacitação. Alguns hospitais privados ainda fizeram um mix de profissionais com muita experiência e mais jovens, mas isso ocorreu apenas em determinados centros. A condição de formação de profissionais de terapia intensiva não é tão disseminada. Foi uma fase difícil e desesperadora para todo mundo", finaliza.

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Sunday, January 30, 2022

Dificuldade para dormir pode ser apneia do sono - Terra

Conheça a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono

Conheça a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono

Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Problemas para dormir, muitas vezes, não são valorizados. Ir para a cama e ficar rolando por horas, mexendo no celular, sem conseguir pegar no sono, ou então acordar diversas vezes durante a noite pode ser perigoso. É durante o sono que o organismo humano se recupera dos desgastes físicos e mentais do dia. Não dormir bem prejudica essa reabilitação e acumula o cansaço ao longo do tempo. De início, as consequências podem ser até imperceptíveis, mas passar longos períodos sem descansar adequadamente é certeza de complicações.

A qualidade de vida está diretamente ligada ao sono. De acordo com dados do Ministério da Saúde, metade dos brasileiros sofrem com alguma dificuldade para dormir. E o mais assustador é que uma das principais causas dessa falta de sono é uma doença séria, que pode gerar problemas cardiovasculares. Trata-se da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), que acomete 33% da população adulta no Brasil.

Como identificar a SAOS

A doença costuma ser silenciosa para quem a tem, mas não para as pessoas ao redor. O ronco alto, por exemplo, é um dos primeiros sintomas. Conforme explicação do Hospital Israelita Albert Einstein, a doença é "o distúrbio no qual o indivíduo sofre breves e repetidas interrupções da respiração enquanto dorme". Para o Dr. Nilson André Maeda, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, o diagnóstico precoce é fundamental no tratamento. "Pessoas roncadoras, que vivem sonolentas e têm um sono fragmentado e não reparador, necessitam da avaliação de um especialista em medicina do sono", pontua o médico.

Durante o sono, é comum também que pessoas apresentem outros sintomas, como agitação, pesadelos frequentes e engasgos. Mas, é possível identificar que algo está errado mesmo nos períodos em que o paciente está acordado. Além da sonolência durante o dia, boca seca ao acordar, diminuição da libido, irritabilidade e dificuldades para se concentrar são sinais de que o sono não está bom. "O diagnóstico é feito de forma simples, mas é necessário que o especialista esteja ciente de todas as queixas do paciente", alerta o Dr. Braz Nicodemo Neto, também otorrinolaringologista do Hospital Paulista.

A SAOS, geralmente, se manifesta ao lado de outras doenças, como obesidade e hipertensão. E é comum que o diagnóstico aconteça de forma indireta. Às vezes, cardiologistas são os primeiros profissionais a suspeitarem que a qualidade do sono está ruim. "É muito comum estes pacientes já estarem em tratamento para hipertensão e apresentarem exame de medição da pressão arterial de 24h (MAPA) com aumento dos níveis, inclusive durante o sono."

A diferença entre um simples ronco e a apneia

Segundo os especialistas do Hospital Paulista, a SAOS implica em uma limitação do fluxo de ar na garganta e é mais intensa do que um ronco comum. Ela causa repetidas paradas respiratórias enquanto o indivíduo dorme.

Para o Dr. Braz, essas quebras na respiração causam pequenos despertares e deixam o sistema nervoso em estado de alerta durante a noite. O que pode gerar quadros de hipertensão. "A diminuição da oxigenação, seguida de uma nova oxigenação, é capaz de formar radicais livres que levam a um estresse oxidativo considerável, que contribui para as doenças cardiovasculares."

Tratamento para melhorar a qualidade do sono

A recomendação dos médicos do Hospital Paulista é investigar e tratar a origem do problema. Para eles, isso ajudará a traçar a melhor estratégia de acordo com as individualidades de cada paciente. A SAOS costuma acometer homens obesos e acima do peso, mas também pode se manifestar em indivíduos magros, mulheres e crianças.

Para os especialistas, um dos principais tratamentos para acabar com a doença e melhorar a qualidade de sono, é o uso de pressão positiva em via aérea (CPAP). Segundo os médicos, aparelhos bucais de avanço mandibular usados durante o sono e confeccionados por dentistas são outra alternativa. A terapia fonoaudiológica, e em alguns casos, também pode ser a resolução do problema. Mas, em casos mais graves é necessário recorrer a cirurgia na região da faringe.

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Entenda o languishing: entorpecimento da vida e sensação de vazio - Estado de Minas

Ilustração
É um adoecimento novo e, por isso, ainda há dificuldade para identificar esse fenômeno psicológico (foto: Stefan Keller/Pixabay)
Não é tristeza, não é cansaço, não é depressão... É mais um desânimo, uma desmotivação, a sensação de carregar um peso invisível e constante, um coração apertado, respiração difícil e uma alma vazia em um corpo que luta para se reencontrar, que há muito tempo não se vê, não se sente… É doído.

Esses sentimentos e sensações definem o languishing, definhando, o mais novo transtorno da saúde mental aflorado com a instalação da pandemia, em 2020.

Em alguns momentos da vida, todos lutamos contra a desmotivação, mas o que preocupa é quando ela se instala, quando a apatia toma conta do dia a dia e perde-se força e energia para se mobilizar por algo e por si mesmo, muitas vezes nem sequer tendo noção do que está vivendo, já que, aparentemente, tudo está bem com a saúde física/clínica, há trabalho, alimentação correta, casa, segurança, boletos em dia. É um adoecimento novo e, por isso, ainda há dificuldade para identificar esse fenômeno psicológico.

Comentários do tipo 'mas você tem saúde física, tem emprego, tem tudo' podem fazer efeito contrário e a pessoa se sentir mal e ingrata. O languishing ainda não é classificado pelos manuais diagnósticos de psiquiatria como um transtorno. Ele é caracterizado por sintomas pontuais de vários transtornos, como o burnout, depressão, estresse agudo, como a desmotivação, a falta de foco e concentração, a sensação de apatia

Christiane Ribeiro, médica psiquiatra e membro da Comissão de Estudos e Pesquisa em Saúde Mental da Mulher da Associação Brasileira de Psiquiatria

Uma parcela da população mundial já lida com as consequências da apatia persistente, marcada, substancialmente, pela sensação de vazio que determina o languishing. Sensação que não passa, perdura dia após dia. É como se a pessoa estivesse no limbo, num estado de indecisão, incerteza, indefinição e nada a movesse para sair desse lugar. É viver o desalento e o desamparo.
O termo foi cunhado pelo psicólogo e sociólogo americano Corey Keyes, que ficou impressionado com o fato de que muitas pessoas que não estavam deprimidas também não estavam prosperando.

Na pesquisa que conduziu, ele constatou que as pessoas com maior probabilidade de sofrer grandes transtornos de depressão e ansiedade na próxima década não são as que apresentam esses sintomas hoje, mas aquelas que estão definhando agora.

Adam Grant, psicólogo organizacional da Wharton, escreveu a respeito na versão digital do The New York Times e afirmou: “Na psicologia, pensamos em saúde mental em um espectro que vai da depressão ao florescimento. O florescimento é o pico do bem-estar: você tem um forte senso de significado, domínio e importância para os outros. A depressão é o vale do mal-estar: você se sente desanimado, esgotado e sem valor. O definhamento é o filho do meio negligenciado da saúde mental. É o vazio entre a depressão e o florescimento – a ausência de bem-estar. Você não tem sintomas de doença mental, mas também não é a imagem da saúde mental. Você não está funcionando em plena capacidade. O definhamento entorpece sua motivação, interrompe sua capacidade de se concentrar e triplica as chances de você reduzir o trabalho. Parece ser mais comum do que a depressão maior – e, de certa forma, pode ser um fator de risco maior para doenças mentais.”
O languishing é como se entorpecesse a pessoa de qualquer motivação, propósito, foco. E não o confunda com esgotamento ou falta de esperança, as pessoas ainda têm energia, mas se sentem sem alegria, sem objetivo, estagnadas e essas emoções as dominam.

Como tratar, curar, reverter e lutar diante das consequências emocionais e mentais que a pandemia desencadeou, que tendem a perdurar e não podem ser negligenciadas, postas debaixo do tapete, menosprezadas ou apontadas como mimimi?

Respostas buscadas de especialistas ao longo desta reportagem. Para Adam Grant, o definhamento não está apenas em nossas cabeças – está em nossas circunstâncias. Você não pode curar uma cultura doente com bandagens pessoais.

“Ainda vivemos em um mundo que normaliza os desafios da saúde física, mas estigmatiza os desafios da saúde mental. À medida que nos aproximamos de uma nova realidade pós-pandemia, é hora de repensar nossa compreensão de saúde mental e bem-estar. 'Não deprimido' não significa que você não está lutando. 'Não triste' não significa que você está empolgado. Ao reconhecer que muitos de nós estão definhando, podemos começar a dar voz ao desespero silencioso e iluminar um caminho para sair do vazio.”

PRAZERES DA VIDA


Christiane Ribeiro, médica psiquiatra
Para Christiane Ribeiro, médica psiquiatra, é importante tentar recomeçar as tarefas que foram paralisadas nesse contexto de definhamento aos poucos, e fazer um exercício de tentar se lembrar dos prazeres e do que o movia no passado (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Christiane Ribeiro, médica psiquiatra, doutoranda em medicina molecular pela UFMG e membro da Comissão de Estudos e Pesquisa em Saúde Mental da Mulher da Associação Brasileira de Psiquiatria, alerta que, antes de mais nada, quem percebe a instalação do languishing deve buscar ajuda especializada e acompanhamento psicológico inicialmente e, caso necessário, psiquiátrico.
Segundo ela, é importante tentar recomeçar as tarefas que foram paralisadas nesse contexto de definhamento aos poucos, e fazer um exercício de tentar se lembrar dos prazeres e do que o movia no passado. Exercitar-se, mesmo com uma frequência menor do que a realizada anteriormente.

Manter contato com as pessoas queridas e próximas, mesmo que no on-line e, se possível e em segurança, caso não seja grupo de risco, permitir-se alguns encontros com os mais próximos, em local aberto, tomando todos os cuidados diante da COVID-19. “A pandemia já vem se arrastando e, infelizmente, é impossível manter a sanidade mental isolados, sem nenhum contato social, o que seria viável caso ela durasse apenas alguns dias.”

A psiquiatra destaca que fatores como resiliência, traços de personalidade e tendência genética influenciam o impacto que a pessoa sofrerá com as mudanças na rotina e o maior estresse. Um bom suporte social e familiar também é importante.

A pessoa que já teve um histórico de transtorno de ansiedade e depressão seria considerada mais predisposta. “Percebo na prática que as pessoas mais sociais e extrovertidas apresentam mais os sintomas de languishing, uma vez necessário o isolamento e a diminuição dos encontros sociais.”

Christiane Ribeiro lembra que mais importante do que ter que provar que sente dor é buscar conversar com algum especialista, pois infelizmente as pessoas são limitadas e, nem sempre, por mais bem-intencionadas, se abrir com amigos ou familiares vai ajudar.

“Comentários do tipo 'mas você tem saúde física, tem emprego, tem tudo' podem fazer efeito contrário e a pessoa se sentir mal e ingrata. O languishing ainda não é classificado pelos manuais diagnósticos de psiquiatria como um transtorno. Ele é caracterizado por sintomas pontuais de vários transtornos, como o burnout, depressão, estresse agudo, como a desmotivação, a falta de foco e concentração, a sensação de apatia. Embora a depressão e o languishing possam se apresentar de maneira semelhante, existem diferenças distintas.
 

QUARTA ONDA DA PANDEMIA: O DA SÁUDE MENTAL 


Ainda que tenha ganho luz agora, no meio da pandemia, Christiane Ribeiro enfatiza que os sintomas do languishing, o principal deles a sensação de vazio, com certeza já existia antes da COVID-19, mas com as consequências negativas na saúde mental nesse período houve uma piora.

As pessoas se isolaram mais, e o clima de tensão e ansiedade gerou preocupações constantes. Além disso muitas formas de alívio utilizadas anteriormente, como sair e estar em família, viajar, ir à academia e até mesmo encontrar os colegas de trabalho em um happy hour, já não seriam possíveis.

Christiane Ribeiro faz um alerta, que já estão de sobreaviso toda a classe médica e profissionais da saúde, não só em BH como no mundo: “Acredito que não só a nossa cidade, mas o mundo não está preparado para esta nova onda da pandemia, que alguns autores inclusive classificaram como a 'quarta onda', que seria considerada a das consequências e impactos negativos na saúde mental das pessoas durante o longo período de pandemia. Temos ótimos locais de atendimento pelo SUS em Belo Horizonte, principalmente na urgência, mas infelizmente a distribuição é heterogênea e os locais estão cada vez mais lotados”.

Na prática, segundo a especialista, conseguir realizar o acompanhamento ambulatorial ainda é um desafio: muitas unidades básicas de saúde não têm profissional de psicologia e se encontram superlotadas, não sendo possível a realização de retornos próximos. O teletrabalho também poderia contribuir para a piora dos sintomas do languishing uma vez que restringe mais ainda o contato social, além de aumentar a sensação de tédio e “falta de lugar”.

SINTOMAS DISTINTOS


  • Depressão: tristeza constante, humor deprimido, choro fácil, alterações no apetite, sentimentos de inutilidade e pensamentos de morte ou suicídio.
  • Languishing: a pessoa passa a se sentir estagnada, vazia e monótona, alguns pacientes o descrevem como “não me sinto bem, e nem muito mal”, ou “não consigo sentir mais prazer e nem me sinto triste”.
Fonte: Christiane Ribeiro, médica psiquiatra 

Ilustração de uma escada saindo de dentro de uma cabeça
Identifique o que o deixa desmotivado e saiba como acionar as ferramentas, ao seu alcance, para se motivar (foto: Tumisu/Pixabay. Languishing)
 

AS DUAS FONTES PRINCIPAIS DE MOTIVAÇÃO

  1. Interna: que vem do nosso propósito de vida, das nossas crenças e valores.
  2. Externa: vem do ambiente em que vivemos e do possível reconhecimento social. A motivação externa pode ser dinheiro, fama, aprovação dos outros, etc.
Fonte: Mundo Psicólogos.pt

POR QUE VOCÊ SE SENTE DESMOTIVADO? 

  1. Falta de autoconfiança: quando alguém acredita que não é capaz de fazer algo ou está convencido de que não pode tolerar o sofrimento associado a uma determinada tarefa, é muito provável que seja difícil estabelecer metas e persistir para alcançá-las.
  2. Evitar algum tipo de desconforto: muitas vezes, a falta de motivação é uma forma de se proteger de sentimentos desconfortáveis como, por exemplo, a frustração. Isso ocorre principalmente quando a meta é difícil de alcançar.
  3. Falta de compromisso: quando tem que fazer uma tarefa porque é obrigado ou por causa da pressão social. Se não há um desejo real de alcançar um objetivo, é impossível haver motivação.
  4. Estar sobrecarregado: se está numa fase em que tem de resolver muitos problemas ao mesmo tempo, é natural que se sinta estressado e este sentimento pode matar a motivação.
  5. Problemas de saúde mental: a falta de motivação é um sintoma comum de depressão (e no languishing). Pode também estar relacionada com outros transtornos psicológicos, como a ansiedade.
Fonte: Mundo Psicólogos.pt

COMO AGIR PARA SE MOTIVAR?

  1. Haja como se estivesse motivado: enganar o cérebro pode mudar as emoções e consequentemente aumentar a motivação. Em vez de ficar sentada no sofá à espera de motivação, pergunte-te: o que eu estaria fazendo se estivesse motivado? Depois, tente fazer cada uma dessas tarefas. Embora no início a motivação não seja genuína, sair da inércia o fará bem e este sentimento pode te levar a encontrar uma verdadeira motivação para mudar o seu estado de espírito.
  2. Pensa positivo: quando se está desmotivado, é natural que os pensamentos negativos dominem a mente. Isso não o deixa avançar. Assim, presta atenção no que pensa e tenta substituir cada pensamento negativo por um positivo. Se pensa que vai falhar em uma tarefa, faça uma lista mental com as razões pelas quais tudo pode dar certo. Ter uma visão mais equilibrada do que pode acontecer vai te ajudar a estar mais motivada para tentar.
  3. Use a regra dos 10 minutos: se tiver uma tendência para procrastinar, essa estratégia simples pode ser útil. Dê a si própria permissão para deixar uma tarefa após 10 minutos. Quando chegar a esta marca, se pergunta se quer continuar ou parar. É provável que continue. Se não tiver motivação para começara fazer um relatório chato do trabalho ou se não conseguir sair do sofá para ir ao ginásio, use essa regra para se motivar. Verá que começar é muitas vezes a parte mais difícil.
  4. Estabeleça uma recompensa por cada dever concluído: crie pequenas recompensas pelo trabalho realizado. Essa estratégia irá te ajudar a estar motivado para atingir as suas metas. Por exemplo, se estiver desenvolvendo um projeto de trabalho importante, mas não tiver motivação para concluí-lo, trabalha durante uma hora e depois te permita olhar as redes sociais durante cinco minutos. No entanto, tenha certeza de que as recompensas não sabotam os teus esforços. Recompensar o trabalho árduo no ginásio com um donut é contraproducente. E irá diminuir a tua motivação a longo prazo.
  5. Acrescenta pequenos prazeres nas tarefas chatas: acrescenta um pouco de diversão a algo que não estás motivada a fazer:  ouça música enquanto corre, telefona para um amigo enquanto limpa a casa, acenda uma vela perfumada durante o trabalho, saia para comer num bom restaurante numa viagem de negócios. Certifique-se apenas que a diversão não afeta seu desempenho. Por exemplo, ver televisão enquanto estuda pode lhe distrair e até te levar a parar de estudar. 
  6. Cuida-te: uma dieta pobre em nutrientes, a falta de sono e de tempo livre são alguns dos fatores que podem prejudicar a motivação. Portanto, cria um plano de autocuidado e não se esqueça de: fazer exercício físico regularmente, dormir a quantidade de horas necessárias para um sono reparador, beber água e manter uma dieta saudável. ter tempo para o lazer e a diversão e passar um tempo com pessoas queridas.
  7. Busca ajuda de um psicólogo: se mesmo após seguir esses passos a desmotivação persistir, procura a ajuda de um médico e de um psicólogo. O médico irá verificar se não há nenhuma condição física que está afeta seu estado de espírito. E o psicólogo será capaz de avaliar se a apatia e o desânimo estão relacionados com quaisquer problemas de comportamento e as questões que perpassam a vida do ser humano, visa compreender os sentimentos, as emoções, as impressões e outras questões inerentes a uma pessoa. 
Fonte: Mundo Psicólogos.pt
 

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Obra de construção do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em Amambai está a todo vapor - A Gazeta News

A obra de número 225 da administração municipal, iniciada no final do mês de dezembro de 2021, que consiste na construção do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), está tomando corpo e avançando a cada dia.

A execução do projeto está acontecendo na rua Cassiano Marcelo, nas instalações da praça João Inácio dos Santos, na vila Doriane, onde já estão localizados o Posto de Saúde da região e uma Academia de Saúde para idosos.

O prefeito de Amambai e o Secretário de Estado de Saúde Geraldo Resende, junto a outras autoridades do município, estiveram realizando uma visita técnica no local recentemente e afirmaram que a construção será entregue no mais breve espaço de tempo para a população

Os recursos para a obra foram viabilizados pelo Deputado Federal licenciado, destinados através do Fundo Nacional de Saúde, no valor de R$ 1.312.000,00, com contrapartida da Prefeitura de Amambai no valor de R$ 1.072.564,50.

**CAPS **

O CAPS é unidade especializada em saúde mental para tratamento e reinserção social de pessoas com transtorno mental grave e persistente, oferecendo um atendimento interdisciplinar, composto por uma equipe multiprofissional que reúne médicos, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, entre outros especialistas.

Fonte: DECOM/Prefeitura de Amambai- Fotos: Kadyma Freitras/Decom

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Você janta antes de dormir? Descubra o que isso pode causar no corpo - Edital Concursos Brasil

Se você faz parte do time de pessoas que tem o hábito de jantar em um horário avançado da noite, saiba que isso pode aumentar em 50% o risco de diabetes. Os dados são de um estudo realizado feito pela Universidade de Múrcia, na Espanha, em parceria com a Universidade Harvard (EUA) e o Hospital Geral de Massachusetts, em Boston (EUA).

Leia mais: Chás poderosos: 4 receitas para baixar o açúcar no sangue e controlar o diabetes

Segundo a pesquisa, jantar em um horário próximo do momento de dormir reduz a tolerância à glicose, sobretudo em pessoas que carregam uma variante de risco genético no receptor de melatonina, conhecido como MTNR1B. A recente descoberta permitiu estabelecer a relação entre o funcionamento da insulina no pâncreas e a melatonina.



Melatonina e a produção de insulina

A melatonina endógena, que é produzida no período da noite, quando o sono está se aproximando, está ligada nas mudanças da glicose que acontece no metabolismo.

Sendo assim, devido à presença dessa substância, pessoas com a variável genética citada possuem menos secreção de insulina pelo pâncreas quando se alimentam tarde. Resumindo: na presença de alimentos, a melatonina contribui para que o pâncreas reduza a produção de insulina, o que acabam resultando no aumento dos níveis de açúcar no sangue.

Segundo a pesquisadora Marta Garaulet, encarregada do estudo, é considerado um jantar tardio aquele em que a pessoa consome a comida por volta de duas horas antes de dormir, tendo em vista que o organismo começa a produzir melatonina meia hora antes de irmos para a cama.

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Saturday, January 29, 2022

Cientistas descobrem quatro fatores relacionados à Covid longa - R7

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Cientistas descobrem quatro fatores relacionados à Covid longa  R7
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Como dieta e suplementos me ajudaram na recuperação da covid-19 - VivaBem

Na última semana, fui mais um dos milhões de brasileiros sendo infectados pelo Coronavírus. Além da ajuda imprescindível das vacinas (tive a sorte de já ter tomado as três doses), minha dúvida foi: o que comer para ajudar o corpo na batalha contra o vírus? E depois que a doença passar? Como voltar a ter força e energia? Devemos tomar vitaminas? Chás? Afinal, do que precisamos para atravessar essa guerra interna do sistema imunológico contra os invasores? Quem está com mais de 50, como é o meu caso, sabe que, se a recuperação de uma ressaca ou uma simples noite mal dormida já é difícil, imagine de um ataque como a Covid.

"Comer bem é importante, pois seu corpo precisa de energia, proteínas, vitaminas e minerais para ajudá-lo a se recuperar. Ter uma boa ingestão de alimentos ricos em proteínas e energia ajuda reconstruir os músculos, manter seu sistema imunológico e aumentar seus níveis de energia para permitir que você retome suas atividades", diz Lázaro Medeiros, nutricionista clínico e especialista em genômica nutricional. "Muitas pessoas experimentam perda de apetite, do paladar, e a redução da ingestão de alimentos quando não estão bem com Covid. Mas é importante dar atenção à dieta e algumas estratégias de suplementação que ajudam muito."

Afinal, temos dificuldades em fazer compras, preparar alimentos e comer as porções normais. Podemos nos sentir cansados ou fracos, com dor de garganta, além de possíveis alterações de olfato e paladar, náusea e constipação ou diarreia. Ou seja, quem vai conseguir comer direito assim?

A solução? "Em primeiro lugar, mude a dieta para algo mais fácil de mastigar, com coisas mais macias, além de sucos, sopas e caldos. Nada de alimentos secos, que vão irritar ainda mais a garganta", diz o nutricionista. "A melhor coisa a fazer é dar ao corpo os nutrientes que ele precisa, facilitar a digestão e evitar alimentos que causam mais inflamação, como o açúcar e alimentos processados e industrializados. Outra coisa importante: comer pouco, várias vezes ao dia, distribuindo assim os nutrientes ao longo do dia." E, depois que a doença passar, vale investir nessa dieta por mais 15 dias para dar um reforço da recuperação total do corpo.

Sucos de vegetais com frutas

Uma maneira mais fácil de ingerir os nutrientes que precisamos, além de hidratar, é com sucos misturando algumas frutas e vegetais. Lázaro sugere duas opções, que podem ser usadas alternadamente: Abacaxi, laranja, couve e hortelã (para um apoio extra ao sistema imune, pode colocar um pedacinho de gengibre também). A segunda combina beterraba e melancia (essas frutas vermelhas tem poder anti-inflamatório).

Sopas de vegetais

Outra maneira de repor nutrientes para quem está indisposto é com sopas de vegetais. Uma boa combinação de vegetais variados, cebola, alho e bata tudo para ficar mais fácil de engolir se estiver com dor de garganta.

Chás

Algumas plantas têm substâncias que ajudam na imunidade e na redução da inflamação. Boas escolhas são o gengibre (é só ferver alguns pedaços sem casca e deixar descansar por dez minutos antes de coar), a hortelã e a espinheira santa.

Água

Lázaro recomenda que a gente aumente a ingestão diária de água. "O ideal é subir dos dois litros normalmente indicados para três, sendo que chás entram nessa conta", diz ele. A hidratação é fundamental para ajudar o corpo a desinflamar, e também para manter o sangue mais viscoso, o que ajuda na prevenção da formação de coágulos, uma complicação comum da Covid. Também podemos incluir a água de coco nesse pacote.

Própolis e Mel

Dois potentes anti-inflamatórios. Inclua dez gotas de própolis por dia no chá ou com água, mais uma colher de chá de mel.

Maçã e Pera

As duas frutas ajudam a reduzir a irritação da garganta.

Dieta Mediterrânea

Essa é uma dieta saudável em qualquer momento da vida, mas, especialmente durante e pós-Covid, é certamente a melhor opção. Alimentos integrais (arroz, por exemplo), muitos vegetais variados, proteínas de fontes magras, como peixe ou frango, frutas e uma boa quantidade de azeite extravirgem.

Suplementos

A dieta pode fornecer os nutrientes que precisamos, mas nem sempre na quantidade necessária, ainda mais quando estamos doentes e comendo pouco. O que Lazaro recomenda como suplementação:

- Vitamina C e Zinco (facilmente encontrados naquelas pastilhas efervescentes em farmácias). Nos primeiros sete dias, a recomendação seriam duas pastilhas por dia, para ajudar o sistema imunológico.

- Vitamina D (importante para o sistema imunológico e para ajudar na perda muscular causada pela Covid) e quem está em isolamento dificilmente vai tomar o sol necessário para produzir a vitamina.

- NAC (N-acetilcisteína) de 200 a 600 mg por dia. Ajuda a combater a inflamação, a expectoração (para quem produz muco) e também a reduzir a fadiga (há várias marcas disponíveis em farmácias).

- Selênio - comer três castanhas do Pará por dia é uma forma de obter a quantidade necessária, do contrário vale ingerir um suplemento.

Evite açúcar, carne vermelha e lácteos e corte o álcool

Além de não ajudar, alguns alimentos podem atrapalhar o corpo. Açúcar é inflamatório, portanto vale deixar de lado neste momento. Os lácteos podem aumentar a produção de muco em algumas pessoas, por isso, se for o seu caso, vale reduzir principalmente nos primeiros sete dias dos sintomas. Carne vermelha é de digestão mais lenta e mais difícil, por isso vale evitar neste momento. Já o álcool é um grande vilão. Lázaro recomenda ficar longe dele por pelo menos 15 dias.

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Friday, January 28, 2022

INDAIATUBA REGISTRA TRÊS ÓBITOS COM DIAGNÓSTICO POSITIVO PARA COVID-19 | Prefeitura Municipal de Indaiatuba - Prefeitura Municipal de Indaiatuba

INDAIATUBA REGISTRA TRÊS ÓBITOS COM DIAGNÓSTICO POSITIVO PARA COVID-19

  • Publicação: 27/01/2022 15:44h
  • Redator(es): Gabriel Beccari
  • Release N.º: 91
Foto

Foto: Divulgação RIC/PMI

A Secretaria de Saúde de Indaiatuba informa nesta quinta-feira (27), que registrou 3 (três) óbitos com diagnóstico positivo para COVID-19. Além disso, foram acrescentados 105 novos casos da doença, 80 exames negativos e mais 184 notificações suspeitas (hospitais, unidades de saúde e laboratórios particulares).

Devido à escassez de testes diagnósticos disponíveis no mercado para compra, Indaiatuba alterou o protocolo de testagem, sendo assim, apenas gestantes, puérperas (mulheres que ganharam filhos há no máximo 45 dias), profissionais de saúde e segurança, além de casos sintomáticos graves, terão prioridade para a realização de testes que identificam a COVID-19.

ÓBITO CONFIRMADO PARA COVID-19

Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc)

1) Óbito na quarta-feira (26). Mulher, 83 anos, internada desde o dia 23. Comorbidades: hipertensão, diabetes e obesidade.

Óbitos retroalimentados (fora de Indaiatuba provenientes do Sistema de Mortalidades)

Hospital Osvaldo Cruz – São Paulo

2) Óbito em 4 de dezembro de 2021. Homem, 69 anos. Não possuía histórico de comorbidades.

Hospital Sírio Libanês – São Paulo

3) Óbito em 14 de novembro de 2021. Homem, 79 anos. Comorbidade: hipertensão.

A Prefeitura de Indaiatuba lamenta profundamente as mortes e presta as mais sinceras condolências aos amigos e familiares.

OCUPAÇÃO DE LEITOS

Nesta quinta-feira (27), existem 32 pessoas internadas com síndromes respiratórias, das quais 14 possuem teste positivo para o Novo Coronavírus. Do total de internados, 23 estão em leitos clínicos e 9 em UTI.

Acompanhe a taxa de ocupação:

Leitos Clínicos

Haoc: 90%

Santa Ignês: 63%

UTI

Haoc: 80%

Santa Ignês: 50%

VACINADOS CONTRA A COVID-19

1ª DOSE: 216.375

2ª DOSE: 208.232

DOSE ÚNICA: 6.862

DOSE ADICIONAL: 104.669

TOTAL IMUNIZADOS: 215.094

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Desde o início da pandemia, 42.627 pessoas contraíram o Novo Coronavírus. Dessas, 41.814 são consideradas curadas ou estão em recuperação domiciliar; 810 evoluíram a óbito e 11 casos suspeitos aguardam resultados.

MINHA SAÚDE – TELEATENDIMENTO COVID-19

O MINHA SAÚDE – TELEATENDIMENTO COVID-19 é um serviço pioneiro, moderno e inovador onde o cidadão que apresenta sintomas, pode passar por uma consulta médica on-line, por vídeo chamada, sem sair de casa. O paciente é encaminhado para exame e ao ter a Covid-19 confirmada recebe direto em seu celular a receita com os medicamentos para o início rápido do tratamento. O link do serviço está no site da Prefeitura https://ift.tt/19szTtf e pode ser acessado de segunda à domingo das 08h às 20h. Você também pode tirar dúvidas pelo WhatsApp da Saúde (19) 9 9779-3856.

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O Assunto #632: Ômicron - sistema de saúde tomba de novo - G1

Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio.

O rápido espalhamento da variante mais contagiosa do coronavírus produz recorde de infectados e volta a sobrecarregar os hospitais: em 6 Estados e no Distrito Federal, a taxa de ocupação de leitos de UTI está acima de 80%, situação crítica que há muito não se via. Em sua maioria menos graves, os casos, no entanto, são tão numerosos que impactam a linha de frente: em poucos momentos da pandemia houve tantos profissionais afastados do trabalho. Para quem fica, o sentimento é de exaustão e perplexidade. "Parece uma doença diferente”, conta a infectologista Ana Helena Germoglio, que quase dois anos atrás acompanhou a primeira paciente grave de Covid do DF e desde então segue atuante nas redes pública e privada da capital federal. “Uma doença do pescoço pra cima”, diz ela, referindo-se à recorrência de sintomas como dor de garganta e de cabeça. “E dos não-vacinados”, pois é esse o status da maior parte dos hospitalizados. Com tanto aprendizado obtido desde 2020, ela lamenta a sobrevivência do negacionismo, inclusive entre médicos. Na semana passada, Ana Helena assistiu à morte de um colega cardiologista, não imunizado e apologista de cloroquina. Para ela, a prioridade, agora, é avançar com a campanha infantil: “O adulto vacinado é como uma casa com muros; a criança sem vacina é uma casa sem muros, que o ladrão vai invadir”.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Isabel Seta, Arthur Stabile, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Eto Osclighter. Neste episódio colaborou também: Gustavo Honório. Apresentação: Renata Lo Prete.

 — Foto: Comunicação/Globo

— Foto: Comunicação/Globo

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Thursday, January 27, 2022

Fitness sem radicalismo: Belle Silva perdeu 28 kg sem amar fazer exercícios ou deixar de tomar vinho; veja o treino e a dieta dela - UOL

Dietas proibitivas demais, dias sem se alimentar e passando fome e até uma cozinheira que vasculhava o lixo para checar se Belle Silva, 34, não estava comendo algo que "não podia". A influenciadora digital e esposa do zagueiro da seleção brasileira Thiago Silva é exemplo de que fazer loucuras para emagrecer não é bom.

Depois de marcar vários gols contra ao adotar táticas pouco saudáveis —que resultaram em efeito sanfona, baixa autoestima, ainda mais insatisfação com o corpo e até um estado depressivo—, Belle entendeu que é possível perder peso sem abrir mão do que gosta, como tomar um vinho.

O aumento na balança começou por volta dos 17 anos, quando ela foi morar com Thiago Silva na Europa. Na Época, Belle pesava 57 kg e foi engordando aos poucos, sem perceber.

"Aos 21, estava com 65 kg e passei a me incomodar com o peso. Mas descobri que estava grávida do Isago. Achei que era normal engordar e segui comendo bastante —brinco que comia por quatro, o que me fez ganhar 23 kg na primeira gestação", relembra.

Por causa do ganho excessivo de peso, a influenciadora ficou com estrias e flacidez na barriga e nos seios. Começou a se comparar com as parceiras de outros atletas e se sentir mal por causa do rótulo de que mulher de jogador tem de ser modelo e magra. A autoestima de Belle despencou. Foi aí que começou a tentar de tudo para emagrecer, até entender que estava no caminho errado. Há quatro anos, ela iniciou um programa de mudança de hábitos e eliminou 28 kg de forma saudável, sem pressa ou radicalismos, ao longo de dois anos.

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Wednesday, January 26, 2022

Covid longa: os sintomas do efeito prolongado do coronavírus - G1

Síndrome da Covid Longa: pessoas que contraem a Covid podem sofrer com a doença por muito tempo

Síndrome da Covid Longa: pessoas que contraem a Covid podem sofrer com a doença por muito tempo

A Covid-19 pode causar problemas de saúde persistentes — com efeitos de longo prazo.

Não há dados precisos sobre o Brasil, mas o Instituto Nacional de Estatísticas britânico (ONS, na sigla em inglês) estima, por exemplo, que cerca de 1,3 milhão de pessoas no Reino Unido têm a chamada "Covid longa" — sintomas que duram mais de quatro semanas.

A maioria das pessoas que pega Covid não fica gravemente doente e melhora relativamente rápido.

Mas algumas apresentam problemas de longo prazo após se recuperarem da infecção original — mesmo que não tenham ficado muito doentes inicialmente.

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OMS reconhece estudo que avalia efeitos da Covid longa; veja o Bem Estar desta quarta (17)

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Quais são os sintomas da Covid longa?

A Covid longa não é totalmente compreendida, e não há uma definição acordada internacionalmente — por isso, a mensuração de quão comum é ou quais sintomas estão envolvidos variam.

As orientações para os profissionais de saúde do Reino Unido descrevem a covid longa como sintomas que continuam por mais de 12 semanas após uma infecção — e que não podem ser explicados por outra causa.

De acordo com o site do NHS, sistema de saúde público do Reino Unido, estes sintomas podem incluir:

  • Cansaço extremo;
  • Falta de ar, palpitações no coração, dor ou aperto no peito;
  • Problemas de memória e concentração ("névoa mental");
  • Alterações no olfato e paladar;
  • Dor nas articulações.

Mas levantamentos realizados com pacientes identificaram dezenas e até centenas de outros sintomas. Um grande estudo da University College London (UCL) identificou 200 sintomas que afetam 10 sistemas de órgãos.

Entre eles, estão alucinações, insônia, alterações na audição e visão, perda de memória de curto prazo e dificuldades de fala e linguagem. Outros pacientes relataram problemas gastrointestinais e de bexiga, alterações no ciclo menstrual e nas condições da pele.

A gravidade dos sintomas varia, mas muitos ficaram impossibilitados de realizar tarefas como tomar banho ou lembrar de palavras. Estes sintomas também podem ter, no entanto, outras causas.

A pesquisa da ONS, publicada em setembro de 2021, descobriu que 0,5% das pessoas que testaram negativo para coronavírus apresentaram pelo menos um sintoma que durou três meses, em comparação com 3% dos que testaram positivo.

Como saber se tenho Covid longa?

Atualmente, não existe um teste padrão — os médicos primeiro descartam outras possíveis causas para os sintomas.

Assim, pacientes com suspeita da doença provavelmente serão submetidos a outros exames — para checar diabetes, função da tireoide e deficiência de ferro, por exemplo — antes de receberem um diagnóstico de Covid longa.

É possível que um exame de sangue esteja disponível no futuro.

O que causa a Covid longa?

Ainda não sabemos ao certo.

Pode ser que a infecção inicial faça com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas seus próprios tecidos.

O próprio vírus entrando e danificando nossas células pode explicar alguns sintomas como perda de olfato e paladar, enquanto danos aos vasos sanguíneos podem, por exemplo, contribuir para problemas cardíacos e pulmonares.

Outra teoria sugere que fragmentos do vírus podem permanecer no corpo, possivelmente adormecidos e depois serem reativados.

Isso acontece com alguns outros vírus, como o causador da herpes e o vírus Epstein Barr, que provoca mononucleose.

No entanto, não há atualmente muitas evidências de que isso aconteça no caso da Covid.

É provável que haja várias coisas diferentes acontecendo em pessoas diferentes, para provocar uma variedade tão ampla de problemas.

Quem é mais vulnerável e quão comum é?

Isso é difícil de definir porque os médicos só começaram a registrar recentemente a covid longa.

A estimativa mais recente da ONS sugere que cerca de 1,3 milhão de pessoas no Reino Unido têm a doença. Destas, 892 mil (70%) contraíram o vírus pela primeira vez há pelo menos 12 semanas, e 506 mil (40%) há pelo menos um ano.

O levantamento solicitou a quase 352 mil pessoas que registrassem seus próprios sintomas. E isso sugere que a condição é mais comum entre:

  • Pessoas de 35 a 69 anos;
  • Mulheres;
  • Pessoas com condições subjacentes que limitam suas atividades diárias;
  • Profissionais que trabalham na área de saúde e assistência social;
  • Pessoas que vivem em áreas mais pobres.

Em abril, a ONS indicou que cerca de uma em cada 10 pessoas com Covid apresentava sintomas com duração de pelo menos três meses.

Mas, em setembro, sugeriu que essa proporção era de uma em cada 40.

As estatísticas vão continuar a mudar à medida que mais dados forem coletados — e vão variar de acordo com as definições usadas.

E as crianças?

As crianças são menos propensas do que os adultos a pegar Covid e, portanto, são menos suscetíveis a desenvolver Covid longa — mas algumas ainda desenvolvem.

No entanto, em agosto de 2021, os principais especialistas do setor disseram que haviam sido tranquilizados sobre a incidência de covid longa em jovens depois que o maior estudo do mundo sobre o tema mostrou que os sintomas persistentes eram menos comuns do que se temia.

Algumas estimativas iniciais haviam sugerido que até metade de todas as crianças que pegaram coronavírus desenvolveriam Covid longa.

Uma equipe de pesquisadores, liderada pelo Great Ormond Street Institute of Child Health, investigou mais de 200 mil casos positivos de Covid entre jovens de 11 a 17 anos de setembro de 2020 a março de 2021.

Eles acreditam que cerca de 4 mil a 32 mil deles ainda apresentavam sintomas 15 semanas depois.

Não sabemos a gravidade dos sintomas, mas havia poucas evidências de que as crianças haviam ficado de cama ou impossibilitadas de ir à escola.

Os pesquisadores destacaram, no entanto, que o risco para os jovens "não é trivial" — e disseram que é vital que as crianças recebam a assistência médica necessária.

A vacina pode ajudar?

Alguns relatórios sugerem que as pessoas que foram vacinadas são menos propensas a ter Covid longa.

A vacinação pode ajudar a evitar que as pessoas contraiam o vírus antes de tudo e desenvolvam assim Covid longa.

Também pode ser que impeça que infecções "se transformem" em Covid longa, mas isso é menos claro.

Que tratamentos estão disponíveis?

No momento, não há tratamentos à base de medicamentos comprovados, e o foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual da atividade.

Estudos sobre a melhor forma de identificar, tratar e melhorar a vida de pessoas com covid longa estão em andamento.

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Fiocruz aponta piora na ocupação de leitos de UTI por covid-19 no SUS - Agência Brasil

A ocupação de leitos públicos de unidade de terapia intensiva (UTI) para adultos com covid-19 está piorando com a rápida disseminação da variante Ômicron, avaliaram pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no boletim do Observatório Covid-19 divulgado hoje (26).

"Não se pode ignorar que o quadro está piorando, apesar de estar claro que o cenário com a vacinação é muito diferente daquele observado em momentos anteriores mais críticos da pandemia, nos quais se dispunha de muito mais leitos", diz o boletim, que pondera que pessoas totalmente imunizadas são pouco suscetíveis a essas internações, mas comorbidades graves ou idade avançada podem deixá-las vulneráveis.

Os pesquisadores explicam que, mesmo com uma proporção menor de casos gerando internações em UTI, os números se tornam expressivos por causa da grande transmissibilidade da variante Ômicron, que é mais contagiosa.

O aumento no número de internações já levou 12 estados à zona de alerta intermediário, em que entre 60% e 80% dos leitos de UTI estão ocupados. Além disso, as internações chegaram à zona crítica, com ao menos 80% de leitos ocupados, em Pernambuco (81%), Espírito Santo (80%), Goiás (82%), Piauí (82%), Rio Grande do Norte (83%), Mato Grosso do Sul (80%) e Distrito Federal (98%).

O boletim informa que, entre as 25 capitais com taxas divulgadas, nove estão na zona de alerta crítico: Porto Velho (89%), Rio Branco (80%), Macapá (82%), Fortaleza (93%), Natal (percentual estimado de 89%), Belo Horizonte (95%), Rio de Janeiro (98%), Cuiabá (89%) e Brasília (98%).

"É fundamental empreender esforços para avançar na vacinação e controlar a disseminação da Covid-19, com o endurecimento da obrigatoriedade de uso de máscaras e de passaporte vacinal em locais públicos, e deflagrar campanhas para orientar a população sobre o autoisolamento ao aparecimento de sintomas, evitando, inclusive, a transmissão intradomiciliar", destaca o boletim.

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Tuesday, January 25, 2022

OMS afirma que doses de reforço são prejudiciais à saúde? - R7.COM

No dia 11 de janeiro, a OMS (Organização Mundial da Saúde) publicou, em seu site oficial, um comunicado que aponta a estratégia de repetir doses de reforço de vacinas como algo "improvável" de ter sucesso no combate à Covid-19. Essa declaração da entidade passou a surgir em postagens e mensagens em grupos antivacina como uma comprovação de que a vacinação seria uma estratégia ineficaz contra a doença.

Além disso, declarações feitas durante uma entrevista coletiva da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) sobre a evolução da pandemia também se somaram a essa argumentação contra a vacinação. O que é curioso, já que a OMS, a EMA, o FDA, a nossa Anvisa e outras agências sanitárias só costumam aparecer nesses grupos para receber críticas.

Um das publicações com esse conteúdo foi enviada ao MonitoR7, com o pedido de checagem de um leitor, por meio do número disponibilizado para contato. Na mensagem que recebemos, consta também um texto sobre o assunto publicado originalmente em um blog. O texto afirma que "a OMS atesta a ineficácia substancial do soro contra as mutações atuais, estimulando a produção de novos medicamentos".

A autora do texto também afirma que a EMA juntou-se à OMS e "alerta que o excesso de reforços deste 'imunizante' pode levar a 'problemas com a resposta imune'”. Já encontramos esse mesmo texto em postagens em várias redes sociais, como o Instagram.

O comunicado da OMS que iniciou essa polêmica é um documento do Grupo Técnico Consultivo sobre a Composição da Vacina contra a Covid-19, formado por pesquisadores independentes, convidados pela OMS. Em nenhum momento o documento afirma que as vacinas atuais são ineficazes nem que elas podem causar algum dano ao organismo.

O que o documento publicado pela OMS defende é que as novas vacinas em desenvolvimento consigam frear a circulação do Sars-CoV-2. O grupo defende ainda uma atualização das vacinas já disponíveis, para que elas garantam proteção contra novas variantes, inclusive a Ômicron.  E o documento reforça a crítica já conhecida da OMS à má distribuição das vacinas pelo mundo, com excesso de doses disponíveis em países ricos e falta de doses em países pobres.

Em relação ao posicionamento da agência europeia, a polêmica surgiu com uma entrevista do chefe de Estratégias de Vacinas da EMA, Marco Cavaleri. Ele se manifestou, naquele momento, sobre uma segunda dose de reforço (equivalente à quarta dose da vacina), já prevista em alguns países. 

"Ainda não há dados para embasar essa abordagem", respondeu Cavaleri. Ele afirmou ainda que, embora um reforço adicional pudesse ser considerado uma estratégia de emergência temporária, "a vacinação repetida em um curto espaço de tempo não seria uma estratégia sustentável a longo prazo”.

Em outro momento da entrevista, Marco Cavaleri é questionado sobre o grande número de doses aplicadas em um curto período de tempo. Ele responde que existe a preocupação com o número de doses e uma possível sobrecarga do sistema imunológico, de forma que a resposta imune, depois de tantas doses, já não seria mais "tão boa quanto gostaríamos". Cavaleri aponta ainda uma possível "fadiga na população com a administração contínua de doses de reforço”.

As falas do chefe de estratégia da EMA foram usadas em publicações com discursos antivacina. Cavaleri, porém, não se referia ao enfraquecimento geral do sistema imunológico, mas sim à diminuição da resposta imune do organismo contra o Sars-CoV-2, o vírus causador da Covid. 

Em razão dessa repercussão, a agência divulgou um esclarecimento sobre as falas de Cavaleri. A entidade afirmou que o seu dirigente nunca disse ou insinuou que "doses de reforço repetidas poderiam 'enfraquecer o sistema imunológico'". O sentido das declarações dele é que a "administração repetida de doses de reforço poderia levar a uma diminuição da resposta imunológica (...), o que significa que as vacinas poderiam se tornar menos efetivas”.  

Assim, a EMA também nunca atestou que doses de reforço poderiam "danificar o sistema imunológico". Na verdade, as respostas do chefe de estratégia de vacinas da agência foram distorcidas. 

Em relação à possível sobrecarga do sistema imunológico depois de várias doses de reforço, o MonitoR7 entrou em contato com um especialista para esclarecer a questão. Juarez Cunha,  médico pediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), afirma que é importante reforçar que os levantamentos ainda são "muito preliminares" e que não existe nenhum apontamento que confirme a hipótese de sobrecarga.

Sobre a quantidade de doses de reforço, Cunha faz uma analogia com outras vacinas para explicar o motivo de serem necessárias outras doses do imunizante para garantir proteção. "A vacina do tétano, por exemplo, a gente toma reforço de dez em dez anos. Já a da gripe é repetida anualmente. Então, elas não levam a uma fadiga do sistema imunológico", diz o pediatra.

O médico afirma também que as vacinas da gripe precisam ser modificadas e atualizadas para combater o vírus do momento e que com os imunizantes contra a Covid vai acontecer o mesmo. "A gente tem que ter vacinas com composições diferentes de acordo com as variantes que estiverem surgindo", afirma Cunha.

Sobre a diferença entre a terceira e a quarta dose, o especialista relembra que a primeira dose de reforço demonstrou resposta imune satisfatória e, de acordo com o estudo de Israel, não foi observado o mesmo sucesso na segunda dose de reforço. Cunha afirma que foi observado um aumento, porém ele não foi tão consistente quanto o da terceira dose. "Então, não é que não tenha elevado a proteção, mas não foi um aumento importante", diz o médico.

Por último, o especialista da SBIm diz que essa discussão — sobre uma eventual quarta dose — ainda nem chegou ao Brasil, já que muitas pessoas aqui não tomaram as primeiras doses e o ideal agora é pensar nelas. "Neste momento, o principal é aumentarmos as coberturas dessa situação, de primeira, segunda e terceiras doses", conclui o médico.

Portanto, são falsas as afirmações de que OMS e EMA consideram as vacinas ineficazes e que elas causam danos. Especialista nega a possibilidade de sobrecarga no sistema imunológico em razão das doses de reforço.

Ficou em dúvida sobre uma mensagem de aplicativo ou postagem em rede social? Encaminhe-a ao MonitoR7 que nós a checaremos para você: (11) 9 9240-7777.

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