O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse em entrevista à CNN Brasil que o caso suspeito de poliomielite no estado do Pará, na verdade, se trata de um efeito adverso raro à vacina. A criança de 3 anos, da cidade de Santo Antônio do Tauá, estava com dificuldade motora, espasmos e paralisia facial.
Segundo Queiroga, "a criança tinha esquema vacinal primário incompleto. Muito provavelmente houve um evento adverso à vacina oral. Este caso do Pará, pelo que eu sei, já foi descartado. Não é pólio". Ele, no entanto, disse que se houve a suspeita, significa que a possibilidade da doença considerada erradicada voltar ao país é real.
O Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989, graças à boa cobertura vacinal do público-alvo, que são as crianças até 5 anos. Em 1994, o país recebeu certificação da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) de que é uma área livre do poliovírus selvagem.
Até hoje (7), no entanto, apenas 62,5% das crianças com essa idade foram imunizadas contra a doença, segundo dados oficiais do SUS. O número é muito abaixo da meta estipulada e tida como segura entre os especialistas de 95%.
"Pais, mães e responsáveis, levem seus filhos menores de cinco anos para completar o esquema vacinal da pólio. Só assim vamos conseguir manter o país livre da poliomielite", clamou o ministro.
Queiroga ponderou que a baixa adesão às vacinas não é exclusividade do Brasil, mas sim uma tendência observável em outros lugares do mundo, como os Estados Unidos e Israel. Ele lembrou que mesmo após o fim da campanha, todas as vacinas obrigatórias para as crianças, como a da pólio, seguem disponíveis durante todo o ano.
Queiroga diz que caso do Pará não é poliomielite, mas apela por vacina - UOL Confere
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