Rechercher dans ce blog

Sunday, January 15, 2023

Essa é a dieta que você deve seguir para emagrecer em 2023, segundo a ciência - Minha Vida

Estudo comparou cinco dietas diferentes e definiu qual é a mais eficaz para quem quer perder peso a longo prazo

Perder peso ou ter um estilo de vida mais saudável quase sempre estão entre as metas estabelecidas no começo do ano. Mas para que essa resolução seja de fato cumprida, é preciso se manter firme no processo e saber usar as estratégias certas. A dieta é uma delas e existe um tipo que, segundo a ciência, é o mais eficaz para o emagrecimento: a dieta mediterrânea.

Publicidade

Publicidade

Conhecida por ser um dos padrões alimentares mais saudáveis do mundo, a dieta mediterrânea é caracterizada pelo consumo de alimentos ricos em fibras, vitaminas, proteínas e minerais e, principalmente, gorduras boas, excluindo produtos industrializados. Entre os alimentos que fazem parte dessa alimentação estão peixes, azeite de oliva, oleaginosas, frutas, legumes, grãos integrais, leguminosas, vinho tinto, queijos e iogurtes.

Um novo estudo, publicado no jornal científico Clinical Nutrition ESPEN (European Society for Clinical Nutrition and Metabolism), mostrou que a dieta mediterrânea pode ser a mais eficaz para a perda de peso e para sua manutenção a longo prazo. O trabalho buscou comparar os efeitos dessa dieta a outras quatro estratégias que envolviam o jejum intermitente.

Leia mais: Cardápio de um dia da dieta mediterrânea

Publicidade

Os pesquisadores, então, recrutaram 360 pessoas, com idades entre 18 e 65 anos, que estavam em sobrepeso ou eram obesas. Por meio de entrevistas, os participantes relataram seus níveis de atividade física, seus hábitos alimentares e suas medidas antropométricas.

Eles foram acompanhados durante 13 semanas e foram divididos em cinco grupos, de forma aleatória, de acordo com a dieta que deveriam seguir no período: dieta mediterrânea; uma semana de dieta seguida por uma semana de folga; jejum intermitente de 18 horas; jejum intermitente de 16 horas e jejum 5:2 (dois dias de ingestão de calorias muito baixas e cinco dias de manutenção).

Os resultados do estudo mostram que os efeitos das cinco dietas na medida antropométrica foram os mesmos. Porém, o que ficou claro é que, a longo prazo, a dieta mediterrânea é a mais eficaz para um emagrecimento saudável.

Publicidade

A dieta mediterrânea já é conhecida pelos seus inúmeros benefícios para a saúde: melhora a saúde cardiovascular, reduzindo o risco de doenças como hipertensão, infartos e AVC, previne o diabetes, protege a cognição, reduz o risco de câncer e melhora a saúde intestinal.

“Por ter uma base alimentar anti-inflamatória, a dieta mediterrânea auxilia no combate à obesidade e evita problemas como artrite e artrose, além de doenças cardiovasculares”, acrescenta Flávia Ribeiro, nutricionista e professora do curso de Nutrição da UNINASSAU (Centro Universitário Maurício de Nassau), em Recife. É justamente por isso que a dieta é eficaz na perda de peso, enquanto oferece uma série de nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo, segundo a especialista.

O jejum intermitente é famoso por ser um método de emagrecimento eficaz, mas a curto prazo. Isso porque ele estimula o corpo a utilizar os estoques de gordura, fazendo com que a perda de peso aconteça.

Publicidade

“O jejum intermitente veio, a princípio, da cultura oriental, em que há os jejuns religiosos. Percebeu-se, então, que as pessoas, após o jejum, perdiam bastante peso e, com isso, reduziam os níveis de colesterol e triglicerídeos, bem como diminuíam a taxa de glicose no sangue”, explica Flávia.

Saiba mais: 4 erros mais comuns de quem faz jejum intermitente

Porém, apesar de considerar um ótimo protocolo para emagrecimento, a nutricionista alerta que o jejum intermitente não é para todos. “Tem que ser muito bem pensado e planejado, pois, se as quebras do jejum não forem bem realizadas, não trará benefícios, podendo até ser prejudicial para a saúde”, alerta.

Publicidade

Isso acontece porque a adaptação ao jejum intermitente pode ser difícil. Além disso, ao final do período da dieta, existe a chance de a pessoa consumir uma alta quantidade de calorias e alimentos não saudáveis após tanto tempo de restrição alimentar, podendo levar ao temido “efeito sanfona”. É por isso que o jejum intermitente é considerado, pelo estudo, eficaz a curto prazo, mas não a longo prazo.

“Meu conselho para quem deseja realizar o jejum intermitente é buscar um nutricionista para que ele possa entender a situação do paciente e, depois, indicar como ele pode fazer a dieta, as janelas de intervalo e como quebrar esse jejum de maneira benéfica”, finaliza Flávia.

Adblock test (Why?)


Essa é a dieta que você deve seguir para emagrecer em 2023, segundo a ciência - Minha Vida
Read More

Brasil terá aumento expressivo de casos de demência nos próximos anos e país não está preparado para lidar com a doença - Jovem Pan

Freepik Idosa com demência - Alzheimer - esquecimento Mulheres são mais afetadas pela demência do que os homens em todo o mundo

Até 2050, o número de brasileiros vivendo com demência deve aumentar 206%, segundo a pesquisa da Global Burden of Disease publicada no Lancet Public Health. Com isso, a quantidade de pessoas com a doença no país deve saltar de 1,8 milhões para 5,6 milhões. Já em todo mundo a estimativa é de que o número passe de 50 milhões para 150 milhões no mesmo período, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Com a quantidade de pessoas com a condição triplicando em trinta anos, a demência deverá impactar significativamente o sistema de saúde brasileiro, que não está preparado para lidar com essa ampliação do números de casos, de acordo com especialistas ouvidos pelo site da Jovem Pan.

Médica especialista em Clínica Médica e Geriatria pela Universidade de São Paulo, Claudia Suemoto é uma das profissionais que observa que, enquanto sociedade, o Brasil não está equipado para atender o aumento exponencial da doença e acredita que possa ocorrer uma epidemia. “Com o envelhecimento populacional, temos observado um número crescente de doenças crônico degenerativas, e entre elas se destaca a demência. Cerca de 3% da população com 60 a 65 anos possui a condição e esse número dobra a cada cinco anos de progressão de idade, chegando a atingir entre 40% e 45% de indivíduos com demência entre aqueles com mais de 80 anos. Em países de baixa e média renda, como é o caso do Brasil, a probabilidade de aparecimento da doença aumenta e está entre as principais causas de incapacidade no país. Isso gera um custo enorme para a sociedade e é uma questão que ainda não está muito na agenda da gestão pública de saúde. Os programas de prevenção e de conscientização sobre demência deveriam acontecer mais porque é uma condição que a gente não previne a partir dos 65 anos, mas a partir da primeira infância, adolescência e idade adulta. As pessoas precisam entender que o estilo de vida que elas levam nos primeiros anos e na meia-idade é muito importante para aumentar ou diminuir o risco de ocorrência da doença na terceira idade”, esclarece.

A especialista cita um estudo liderado pela Universidade Federal de São Paulo que estimou que 32% dos casos de demência no Brasil podem ser atribuídos a sete fatores de risco: baixa escolaridade, hipertensão, obesidade, diabetes, sedentarismo, depressão e tabagismo. “Se conseguíssemos controlar esses fatores de risco, estaríamos prevenindo muitos casos de demência. Particularmente no Brasil, três principais fatores – baixa educação, hipertensão e perda auditiva – foram reportados em quase 22% dos casos de demência. Se eu fosse gestor público e tivesse verba para abordar alguns fatores seriam esses. Isso diminuiria bastante o risco de desenvolvimento da doença”, indica. Presidente da Federação Brasileira das Associações de Alzheimer (Febraz), Elaine Mateus esclarece que a demência é um termo guarda-chuva usado para se referir a desordens neurodegenerativas que acometem principalmente pessoas acima dos 65 anos de idade, mulheres e grupos socioeconômicos desfavorecidos.

“O aumento de casos tem sido alertado pela Organização Mundial de Saúde há pelo menos uma década. Os países tem sido convocados a olharem para a demência como uma prioridade na saúde pública. Os impactos disso serão cada vez maiores quanto mais as lideranças demorarem para atuar, principalmente nas áreas de prevenção de riscos. Estudos mostram que até 40% poderiam ser evitados se a sociedade atuasse sobre os doze fatores de risco. As consequências para os países que adiarem o investimento em políticas públicas que trabalhem com práticas de prevenção e diagnóstico em tempo serão mais severas conforme esse número crescente de casos for se acumulando. Temos trabalhado para que o Brasil responda a isso com seriedade e compromisso. Existe um projeto de Lei na Câmara dos Deputados de cuidado integral para pessoas com demência e seus familiares. Não é o suficiente, mas é um começo. Mas o Brasil não está preparado para lidar com o quadro que se aproxima. Atualmente, estima-se entre a queixa no consultório e o disgnóstico leva-se cerca de um ano e meio. A estimativa é que isso se agrave à medida que mais pessoas levem queixas que indiquem um possível diagnóstico de demência. Além disso, temos o envelhecimento da população que é um fator para a doença não modificável. O que se loca no horizonte no Brasil é um cenário de muita preocupação”, pontua.

O neurocirurgião Bruno Burjaili complementa que as pessoas estão conseguindo envelhecer mais e com mais saúde, devido à melhoria de tratamentos para outras doenças, mas que a demência ainda enfrenta desafios nesse sentido. “Como isso ainda não é tão notável para as demências, ou seja, não existem tantas estratégias de medicina para melhorar seus sintomas de uma maneira muito impactante, a tendência ainda é que muita gente passe por isso, juntamente às suas famílias. Isso faz com que tantas grandes mentes, após extensa experiência de vida, percam gradualmente seu potencial de ajudar sua comunidade e, em última instância, a sociedade como um todo. O implante de eletrodo cerebral profundo, ou marca-passo cerebral, muito utilizado na doença de Parkinson, no tremor essencial e na distonia, que são outras doenças neurológicas, já foi tentado em estudos internacionais para a doença de Alzheimer. Infelizmente, o resultado desses estudos não foi muito animador até agora. Continuamos batalhando para tentar trazer novas maneiras de ajudar a melhorar os sintomas da demência. No Brasil, muitas pessoas não têm acesso a todo o cuidado necessário para quem tem a doença. Isso só torna tudo mais difícil. Pode ser complicado, ou mesmo impossível, conseguir esse suporte através do SUS e dos planos de saúde”, explica.

Ana Heloísa Arnaut perdeu a mãe para o Alzheimer em 2015. Contudo, por mais de dez anos, ela foi a principal cuidadora da senhora. Segundo ela, existe muito a ser melhorado nos cuidados de pessoas com demência, principalmente na área pública e política. “Não temos nenhum respaldo na área da saúde. É muito difícil conseguir visita médica em casa e sair para levar uma pessoa já super debilitada ao médico é um sofrimento horrível, tanto para a pessoa como para o cuidador. Às vezes, a pessoa está agitada no dia e não aguenta ficar esperando atendimento e é muito difícil você conseguir controlar. Deveria ter Home Care para todos através do SUS. Medicamentos são muito caros e deveriam ser gratuitos. As fraldas que estão disponíveis são de péssima qualidade, geralmente dão alergia e não seguram a urina. O cuidador para de trabalhar para poder se dedicar aos cuidados e quando a pessoa morre ela já está com idade adiantada. Não tem como voltar ao mercado de trabalho e não é aposentada. Como sobreviver, então? O governo não ampara essas pessoas. Muitas pessoas no serviço público também não sabem lidar com quem sofre com o Alzheimer. Isso dificulta muito, pois temos que ficar explicando como devem agir. Você já está desgastada e ainda tem que ficar ensinando o que pode fazer e o que não deve”, desabafa. Ela ainda ressalta que essa é uma doença muito cara e que pessoas que não possuem uma situação financeira confortável acabam tendo que abrir mão de muita coisa.

Adblock test (Why?)


Brasil terá aumento expressivo de casos de demência nos próximos anos e país não está preparado para lidar com a doença - Jovem Pan
Read More

Friday, January 13, 2023

O que acontece no corpo quando fazemos exercício físico? - Globo.com

Já sabemos que a prática regular de exercícios físicos é determinante para manter um corpo saudável, com qualidade de vida e bem-estar físico e mental, certo? Mas o que exatamente acontece com o nosso corpo quando começamos a nos exercitar? Quais os primeiros sinais que o organismo costuma dar nos primeiros minutos, horas, dias e meses de uma prática esportiva? Para saber o que acontece, o EU Atleta conversou com especialistas, que falam de como nosso organismo reage à atividade física. Um exemplo são os hormônios, alguns dos quais têm sua produção estimulada pelo exercício, desencadeando uma série de reações em nosso corpo.

Veja quais alguns dos hormônios que têm sua produção estimulada pelo exercício e onde são produzidos — Foto: Infoesporte

Veja quais alguns dos hormônios que têm sua produção estimulada pelo exercício e onde são produzidos — Foto: Infoesporte

Um turbilhão de hormônios

Uma série de hormônios é secretada durante e após uma sessão de exercícios físicos, quando glândulas e outras partes do corpo são estimuladas a produzir alguns hormônios importantes, entre os quais:

  1. Irisina - Conhecida como o hormônio do esporte, é produzida pelos músculos e promove gasto energético e metabolismo de gordura;
  2. GH - Hormônio do crescimento, que promove o aumento dos tecidos e fibra muscular e uma maior queima de gordura, também é produzido pela hipófise, no cérebro;
  3. Endorfina - Hormônio do bem-estar e relaxamento, é produzida pela hipófise, no cérebro;
  4. Dopamina - Neurotransmissor ligado à comunicação das células nervosas, ao prazer e à coordenação motora, te sintetizada pelos neurônios dopaminérgicos no cérebro (na área da substância negra) e, principalmente, no intestino.
  5. Serotonina - O hormônio da felicidade, que melhora humor e memória, tem sua produção pelos neurônios serotoninérgicos no sistema nervoso central (cérebro e medula) e no intestino;
  6. Glucagon - Secretado pelo pâncreas, evita episódios de hipoglicemia durante o exercício;
  7. Adrenalina - Aumenta a frequência cardíaca e deixa o cérebro mais alerta, sendo produzida pelas glândulas suprarrenais, que ficam logo acima dos rins;
  8. Cortisol - Contribui para o controle do estresse e a redução da inflamação, e também é secretado pelas suprarrenais.
Vamos entender melhor?
  • No início, ocorre uma inibição da secreção de insulina em contraponto com a elevação do glucagon - hormônio produzido pelo corpo que possui um efeito oposto ao da insulina, ou seja, aumenta o açúcar no sangue, evitando a hipoglicemia;
  • Vinte minutos de exercícios já são suficientes para sentir os primeiros efeitos da dopamina, que é um dos neurotransmissores causadores da sensação de bem-estar e de prazer do exercício, ajudando também na transmissão neural e, consequentemente, no controle motor durante o movimento;
  • Uma maior quantidade de hormônios é liberada pelas suprarrenais durante o exercício mais vigoroso, permitindo maior disponibilidade de glicose e ácidos graxos (gordura) para serem utilizados como substratos durante e após o exercício. Dependendo da intensidade do exercício, o corpo até pode utilizar a gordura circulante, mas geralmente prioriza a glicose como principal substrato por ter metabolização mais rápida;
  • Entretanto, os efeitos do exercício no controle do peso corporal não estão diretamente associados à utilização de gordura durante sua execução, mas prioritariamente em sua resposta crônica, somado às alterações metabólicas no pós-exercício, que podem permanecer por horas;
  • Um bom exemplo disso são as mudanças ocasionadas pela prática regular do treinamento físico na transferência da gordura branca para gordura marrom induzida por uma miocina secretada durante o exercício: a irisina, conhecida como o hormônio do esporte, e que possui diversos efeitos benéficos ao corpo.
  • A irisina estimula a biogênese mitocondrial nas células de gordura, aumentando o gasto energético pela indução de calor (termogênese) e estimulando o metabolismo de gordura; atuando nos neurônios cerebrais ajudando a fixação da memória e, consequentemente, auxiliando na prevenção de doenças, como o Alzheimer; ajudando a reduzir a resistência a insulina retardando a possibilidade do aparecimento do diabetes, além de contribuindo no controle de peso corporal, como esclarece Ronaldo Barros.
  • Durante o exercício, o encéfalo (cérebro) produz muito mais neurotransmissores como endorfina, dopamina e serotonina. Esses neurotransmissores são conhecidos como os hormônios da felicidade. E essa sensação boa persiste, porque é justamente após o exercício que temos uma descarga desses hormônios ainda mais elevada que nos traz uma importante sensação de prazer e relaxamento.

24 horas por dia, sete dias por semana

Cada órgão do corpo é afetado pelo exercício físicos, dos músculos e ossos ao sistema cardiorrespiratório, do cérebro ao sistema gastrointestinal — Foto: Divulgação

Cada órgão do corpo é afetado pelo exercício físicos, dos músculos e ossos ao sistema cardiorrespiratório, do cérebro ao sistema gastrointestinal — Foto: Divulgação

Nem só de hormônios vive a série de reações que a atividade física gera no organismo. Podemos definir o corpo humano como se fosse uma grande empresa ou indústria, que possui uma série de equipes trabalhando sem parar, dia e noite, sete dias por semana, 24 horas por dia. Essas equipes de trabalho são nossos sistemas orgânicos (cardiovascular, pulmonar, muscular etc.), com cada uma sendo composta por membros, que são nossas células. Elas são as unidades funcionais que tocam o trabalho no dia a dia, passando por uma série de reações e interagindo com as demais.

Cada sistema tem sua função específica e todos atuam de forma integrada para garantir o equilíbrio das funções vitais, o que seria a produtividade da empresa. Até mesmo quando estamos sentados no sofá descansando, nossas células estão trabalhando bastante. Existe uma quantidade de energia que elas necessitam mesmo em estado de repouso. Para isso, as células precisam repor constantemente a energia que gastam, e a chave para essa reposição é o oxigênio que captamos do ar que respiramos.

Quando iniciamos um exercício, mesmo uma caminhada, por mais leve que seja, é o suficiente para mudar significativamente a quantidade de energia que as células precisam repor. Nesse momento, é preciso comunicar a todas equipes que a demanda de trabalho aumentou. E vários sinais são enviados com diferentes formas de comunicação.

- A própria movimentação do nosso corpo no início do exercício dá um sinal que rapidamente estimula os pulmões a respirarem mais profundamente e rapidamente para captar mais oxigênio. O coração passa a bater mais depressa, aumentando a frequência cardíaca, no intuito de levar mais sangue oxigenado dos pulmões para os músculos, que estão em atividade. Nos músculos, o oxigênio é direcionado para as células que estão trabalhando para que junto com o açúcar (glicogênio) e a gordura seja gerada energia suficiente para corresponder à demanda do exercício - explica o coordenador de ciência do esporte no Laboratório de Performance Humana, Gabriel Espinosa.

Nesse ponto, uma longa cascata de eventos bioquímicos acontece, mobilizando cada sistema envolvido no processo. O encéfalo (conhecido popularmente como cérebro) é como a diretoria da empresa, regulando o quanto de trabalho deve ser realizado para suprir uma demanda específica. A demanda varia de acordo com o tipo e a intensidade do exercício físico.

Lei do menor esforço

É importante destacar que o nosso corpo é regido pela “lei do menor esforço”: em repouso está tudo bem, é fácil de equilibrar. Já o estado de exercício é um estresse que dá trabalho para o organismo.

As pessoas que praticam exercício regularmente são como empresas que estão acostumadas com grandes desafios e alta demanda de trabalho. Então, quando vem uma demanda nova elas conseguem rapidamente engajar suas equipes, solucionar os problemas e equilibrar a produção sem muito estresse. Já as pessoas sedentárias acostumaram o corpo a se manter preguiçoso. Sendo assim, qualquer mudança na demanda de energia passa a ser um grande problema para a empresa, com todos ficando estressados e tendo que trabalhar ainda mais para tentar equilibrar a produção.

- O corpo tem uma capacidade nata de se adaptar cronicamente a estímulos associados ao movimento físico. Sempre buscando um estado momentâneo de equilíbrio, tanto no sentido de se tornar mais eficiente para determinada exigência fisiológica, quanto de forma contrária, deprimindo determinadas estruturas e funções que se tornam supérfluas ou desnecessárias. Sendo assim, a inatividade ou sedentarismo é uma forma adaptativa e natural, decorrente da exposição permanente do corpo a um estado hipocinético - ressalta o coordenador do departamento de Avaliação Física da Companhia Athletica, Ronaldo Vilela Barros.

Ao iniciar um programa de exercício do zero, como acontece com uma pessoa sedentária, ocorre uma desordem do corpo causando um desequilíbrio comumente conhecido como quebra da homeostase corporal. Por isso mesmo, o estímulo (exercício) deve ser utilizado em doses homeopáticas, considerando sua intensidade, frequência e tempo de intervalo entre as sessões.

- Isso permite adaptações das estruturas musculotendíneas, da resposta imunológica e da supercompensação do estresse, sem sobrecargas e prejuízos para o organismo. Para o indivíduo iniciante é importante focar em exercícios de ação motora simples, de fácil execução e com ênfase na ativação muscular da região central do corpo, base da coluna (abdômen e músculos da lombar), fortalecimento da cintura pélvica e da cintura escapular. O fortalecimento prévio dessas estruturas dará base para a execução de movimentos mais complexos ou com cargas elevadas, sem elevado risco de lesões futuras - indica Ronaldo Barros.

O que acontece nos primeiros minutos de treino

Uma série de reações interligadas acontece no organismo durante o exercício físico — Foto: Istock Getty Images

Uma série de reações interligadas acontece no organismo durante o exercício físico — Foto: Istock Getty Images

Nos primeiros minutos de treino é importante priorizar:

  1. O movimento articular;
  2. A ativação da musculatura que será exigida durante o treino;

No caso de exercícios cíclicos - como subir e descer escadas; caminhadas e corridas; pular corda; pedalar, nadar e dançar:

  1. Os primeiros dez minutos podem ser utilizados como aquecimento;
  2. No aquecimento, ocorre o aumento da frequência cardíaca em paralelo com a elevação da pressão arterial sistólica e, consequentemente, o aumento do volume de sangue circulante (débito cardíaco);
  3. A elevação do débito cardíaco favorece o transporte de oxigênio entre o pulmão e a musculatura que está sendo movimentada, permitindo uma maior oferta de energia dependente do sistema aeróbio;
  4. Neste período de aquecimento, ocorre uma vasoconstrição da região central do corpo, proporcionando a migração de maior quantidade de sangue para os músculos ativos, pulmão, pele e região cerebral.

- Além de preguiçoso, o corpo também é um tanto cabeça dura. Então, leva um tempo até ele aceitar que estamos realmente saindo do estado de repouso. Logo no início, nos primeiros trinta segundos, são realizados os ajustes fisiológicos mais rápidos, na expectativa de que já iremos parar. Porém, quando sustentamos o exercício, o encéfalo (cérebro) precisa atuar mais ativamente, regulando as demais funções para atender ao exercício. Somente próximo a marca de dez minutos de exercício é que conseguimos atingir um estado de melhor equilíbrio entre a demanda e oferta de energia - diz Gabriel Espinosa.

Mesmo considerando um exercício de intensidade leve, é comum que os sedentários sintam bastante desconforto neste momento, como se o exercício estivesse mais intenso do que realmente é. Isso acontece porque realmente leva um tempo até o corpo aquecer e a elevação da temperatura corporal tem um papel fundamental facilitador de todas as reações bioquímicas que ocorrem para suprir a demanda de energia. No entanto, após alguns minutos de treino, vai ficando mais fácil manter o exercício por mais tempo.

O que acontece depois de um tempo longo de treino

Quando conseguimos sustentar o exercício por períodos prolongados, maiores do que uma hora, outros processos passam a acontecer para manter nosso corpo se exercitando, como a troca de calor, quando:

  1. Transpiramos mais;
  2. Mandamos uma quantidade maior de sangue para a pele, uma vez que a temperatura corporal está bem elevada.

- Quanto mais tempo de treino a pessoa tem, mais tempo é capaz de tolerar exercícios em alta intensidade. Por exemplo, quem realiza exercícios regularmente, cinco dias por semana, pode ser capaz de ficar por horas em intensidade leve caminhando, de 20 a 60 minutos em intensidade moderada e até cerca de 20 minutos em intensidade alta. Um sedentário, muitas vezes, não consegue se exercitar por mais do que 30 minutos, pois qualquer atividade que faça já se torna moderada e não mais leve. Por isso é fundamental que a quantidade de exercícios no início seja dentro do tolerável para cada pessoa. Caso contrário, causa muito desconforto e dificulta a sua adesão - destaca Gabriel Espinosa.

Os mecanismos de músculos e órgãos

Os músculos necessitam de mais oxigênio e mais nutrientes durante o exercício, sendo os sistemas cardiovascular e respiratório responsáveis por fornecê-los. Assim:

  1. A frequência cardíaca e o débito cardíaco aumentam, o que leva a um aumento do fluxo sanguíneo para os músculos, especialmente para os que estão sendo mais utilizados;
  2. O fluxo sanguíneo também aumenta para a pele e o cérebro, enquanto diminui para o sistema gastrointestinal;
  3. A pressão arterial, especialmente a pressão sistólica, se eleva.
  4. Os pulmões respondem aumentando a ventilação pulmonar quase imediatamente, principalmente através da estimulação dos centros respiratórios do tronco cerebral;
  5. As respostas cardiovasculares e respiratórias ao exercício resistido, como a musculação, são em sua maioria semelhantes ao exercício aeróbico.

Uma exceção notável é quando fazemos exercícios contra resistência, geralmente realizados com a utilização de pesos.

- Neste caso, há um aumento mais significativo na pressão arterial, o que pode ser explicado pelo fato do exercício resistido levar à compressão das artérias menores e resultar em aumentos mais substanciais na resistência arterial periférica, porém sem aumento significativo no risco de eventos cardiovasculares em hipertensos. Cronicamente, o coração se hipertrofia, a frequência cardíaca diminui, as artérias se dilatam, a pressão arterial diminui, ou seja, o sistema cardiovascular aumenta a capacidade de “bombear” mais sangue e entregar mais oxigênio e nutrientes, gastando menos energia. Obviamente, variáveis como o tipo de exercício físico, a intensidade, a duração e o grau de treinamento físico prévio fazem diferença - explica o endocrinologista Fábio Moura.

Assim que o treino termina, o corpo tenta retomar o quanto antes ao seu estado natural de repouso, baixando a quantidade de trabalho das suas engrenagens. E agora acontece o processo completamente inverso do realizado no início do exercício: todos os ajustes que foram rapidamente realizados no início agora são novamente rapidamente desativados. Assim, as frequências respiratória e cardíaca voltam à sua normalidade. É comum ainda suarmos mesmo depois da sessão de exercícios, pois a regulação da temperatura funciona mais lentamente.

No dia seguinte ao primeiro dia de treino é comum que as pessoas sedentárias se sintam mais cansadas que o normal, uma vez que o seu metabolismo permaneceu por muito tempo inalterado.

Mesmo assim, já é tempo suficiente para que processos inflamatórios positivos sejam gerados para iniciar algumas adaptações de curto prazo. Entretanto, se a intensidade foi alta demais no primeiro treino, a sinalização inflamatória será tão alta que a pessoa pode vir a sentir dores musculares, conhecida como dor muscular de início tardio (DMIT). Essas dores atingem o seu pico, normalmente, entre 24 a 72 horas após o primeiro dia de exercício.

Mudanças de duas semanas a seis meses

De uma a duas semanas de treinamento é tempo suficiente para se observar adaptações dos processos neuromotores que refletem em:

  • Aumento da força;
  • Crescimento da resistência muscular;
  • Melhora na coordenação para os movimentos realizados no programa de treino;
  • O sistema cardiovascular também responde positivamente com o aumento do volume plasmático e da melhora no controle autônomo associado ao processo de vasoconstrição e vasodilatação do sistema circulatório, resultando na melhora da viscosidade e na redistribuição sanguínea.

Com quinze dias de prática é possível observar algumas adaptações físicas e mentais. Do ponto de vista físico percebe-se uma importante melhora na capacidade de movimento, principalmente para treinos de força, funcional ou aulas de ginástica. Isso porque a falta de movimento (hipocinesia) aumenta a rigidez das articulações e reduz a flexibilidade, mas com poucos dias já é possível ver resultados nesses aspectos, inclusive na melhora na postura corporal no dia a dia.

- Em exercícios de musculação é possível perceber um ganho de força durante a execução, o que se deve prioritariamente ao ganho de coordenação do movimento sem modificações estruturais nos músculos. A coordenação melhora, pois o encéfalo (cérebro) consegue ativar melhor as fibras musculares que precisam trabalhar durante o exercício - frisa Gabriel Espinosa.

  • A capacidade respiratória também progride, principalmente a partir de um mês completo de treino;
  • o processo de hipertrofia muscular (ganho de músculos) é mais lento, começando a ocorrer, no mínimo, três meses após o início dos treinos e sendo mais significativa seis meses depois;
  • A diminuição da gordura corporal também começa a ser perceptível três meses após o início dos exercícios físicos.

- Quanto maior o tempo de exercício físico, maiores os benefícios - enfatiza Fábio Moura.

Há sensação de bem-estar e dever cumprido. E a realização de completar o primeiro mês de prática regular de exercícios físicos mostra uma importante adesão, com vários benefícios já somados.

Para os que buscam estética ou emagrecimento especificamente, quando bem alinhado com uma estratégia nutricional saudável e equilibrada, é plenamente possível ter alterações significativas na redução do peso ou outras medidas como a circunferência abdominal. A coordenação e a capacidade de movimento estão ainda melhores, permitindo já realizar exercícios mais complexos.

- Os efeitos benéficos do treino para o aluno iniciante são observados, principalmente, após três meses de treinamento regular. Inclusive esse é o período utilizado como média de tempo suficiente e importante para proporcionar a aderência do aluno ao programa de exercícios - enfatiza Ronaldo Barros.

Efeito Tostines

Os benefícios mentais começam a impactar não apenas a motivação, mas também a capacidade de concentração, favorecendo o estudo e o trabalho.

- O mais interessante é que a partir daí, um benefício favorece o outro. Por exemplo, uma pessoa sedentária e com sobrepeso, que tem dificuldade de correr, após um mês de caminhadas diárias, treinamento de força e alimentação saudável poderá ter uma redução importante na massa corporal. E essa redução, por sua vez, facilitará a caminhada ou a iniciação à corrida. E começar a correr contribuirá para que ela emagreça ainda mais - estimula Gabriel Espinosa.

Lembre-se: o mais importante é a consistência e a frequência semanal, principalmente nesta fase inicial. E para isso é importante entender quais são as possibilidades de acesso e o que motiva você, quais as atividades e exercícios que mais gosta (ou menos tem aversão). Começar devagar, com poucas pequenas doses diárias, é o melhor caminho.

Aproveite a sua motivação inicial, estabeleça uma intenção que seja acessível e viável para que você consiga realmente cumprir. E foque em prazos curtos.

Se você está sedentário há anos, não comece planejando correr uma maratona no próximo ano. Por mais que possa ser possível se preparar em um ano, há um caminho muito grande entre o sedentarismo e essa meta. Se você nunca foi a uma academia, é muito ousado traçar como meta ir para academia todos os dias.

Comece fazendo 30 minutos de exercício todos os dias, podendo ser caminhada ou uma aula por vídeo para fazer em casa mesmo. Você ainda pode se movimentar apenas três vezes por semana no início, de modo que não se sentirá culpado de faltar um dia, caso se sinta cansado.

E não deixe de procurar um médico para fazer exames pré-início de treinamentos e um professor de educação física para que ele possa olhar para você de forma integral para entender melhor os seus objetivos e avaliar as suas necessidades e montar um programa de treinamento sob medida. Essa é a melhor forma de progredir rumo aos melhores resultados e com segurança. Bom início de treino!

Fontes:
Fábio Moura
é médico endocrinologista do Departamento de Atividade Física da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO).
Gabriel Espinosa é profissional de Educação Física, fisiologista do exercício, coordenador de ciência do esporte no Laboratório de Performance Humana (LPH), doutorando em Cardiologia do exercício na Universidade Federal Fluminense (UFF) com estágio de pesquisador visitante em fisiologia do Esporte na Loughborough University, na Inglaterra.
Ronaldo Vilela Barros é profissional de Educação Físicacoordenador do departamento de Avaliação Física da Companhia Athletica. Coordenador e professor do curso de Educação Física da Faculdade Anhanguera, de São José dos Campos. Tem mestrado em Biodinâmica do Movimento Humano pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP).

Adblock test (Why?)


O que acontece no corpo quando fazemos exercício físico? - Globo.com
Read More

Thursday, January 12, 2023

Coração de galinha é rico em minerais e boa fonte de proteínas; veja mais - VivaBem

Iguaria comum de ser preparada em churrascos, o coração de galinha é um alimento nutritivo e muito versátil, podendo compor receitas diferenciadas, como risotos e baião de dois. Além disso, é uma proteína de baixa densidade energética, podendo ser consumida por quem busca uma dieta equilibrada.

Pela textura macia e o tamanho diminuto, entretanto, a carne costuma ser consumida de forma exagerada, o que pode ser um problema, já que ela também contém gorduras saturadas.

"Muitas vezes, o coração é servido como aperitivo e as pessoas acabam exagerando e consumindo muito mais do que é o recomendado, que são até 20 coraçõezinhos", explica Vivian Feddern, doutora em engenharia e ciência de alimentos pela UFRG (Universidade Federal do Rio Grande) e pesquisadora da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

A seguir, veja os benefícios do coraçãozinho de galinha e se há contraindicações.

1. Boa fonte de proteína

O coração de galinha fornece todos os aminoácidos essenciais que nosso corpo não produz e que formam as proteínas, responsáveis pela saúde do cabelo, da pele e dos músculos. Por isso, quem deseja emagrecer, pode e deve consumir esse alimento, já que segundo estudo publicado em 2016 na revista científica Food and Function, a ingestão de proteínas está ligada à sensação de saciedade e à produção e manutenção da massa muscular.

"Pessoas que sofreram uma queimadura, por exemplo, devem incluir proteína na dieta porque ela vai atuar na reconstrução do tecido lesionado", afirma a nutricionista Michelle Galindo de Oliveira, doutora em nutrição e professora da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).

Coração de galinha - Vladimir Mironov/Getty Images/iStockphoto - Vladimir Mironov/Getty Images/iStockphoto

Nutricionista sugere 20 corações na refeição, para não exagerar

Imagem: Vladimir Mironov/Getty Images/iStockphoto

2. Contém boa quantidade de ferro

Assim como outros miúdos, o coração de galinha é composto de quantidade significativa de ferro (16,7 mg) —mineral responsável pelo transporte de oxigênio e pela produção de glóbulos vermelhos do sangue. Por isso, ele é muito recomendado para quem tem anemia ou para mulheres em período menstrual, quando ocorre a perda de muitos nutrientes.

3. Energia e imunidade em alta

O coração de galinha tem vitaminas do complexo B, principalmente a niacina (vitamina B3), que desempenha um papel na sinalização celular, metabolismo e produção e reparo de DNA.

As vitaminas do complexo B também têm ação antioxidante e previnem o envelhecimento precoce, além de estarem relacionadas ao bom funcionamento do sistema nervoso.

Outro componente do coração de galinha que ajuda o sistema imunológico é o zinco. O mineral auxilia no combate a bactérias e vírus invasores, além de ajudar a curar feridas.

4. Tem gordura "do bem"

A carne tem gorduras insaturadas, consideradas benéficas, já que contribuem com a redução dos níveis do colesterol "ruim", o LDL. Elas se dividem em monoinsaturadas (quando uma molécula de gordura pode ter uma insaturação de carbono) ou em poli-insaturadas (mais de duas moléculas).

Além disso, algumas vitaminas presentes no coração de galinha são lipossolúveis, ou seja, dependem da gordura para serem absorvidas. Esse é o caso da vitamina A, por exemplo, que tem papel relevante na saúde dos olhos e que é encontrada no miúdo em questão.

5. Rico em minerais

O coração de galinha tem boas quantidades de:

  • potássio (243 mg): responsável pelo bom funcionamento celular;
  • fósforo (367 mg): tem um papel estrutural no organismo, sendo um dos principais componentes de ossos e dentes;
  • magnésio (36,9 mg): influencia na função de todas as células do corpo, importante para os músculos e formação dos ossos, dentes, anticorpos e na participação no sistema imune.
  • cálcio (35,1 mg): tem funções estruturais e funcionais, como a formação e manutenção do esqueleto, fortalecimento de ossos e dentes, auxilia na rigidez da membrana plasmática, serve como barreira contra a entrada de células alérgicas, melhora o funcionamento cerebral e auxilia na contração muscular e na coagulação do sangue, reparando os tecidos.
Coração de galinha - Thais Ceneviva/Getty Images/iStockphoto - Thais Ceneviva/Getty Images/iStockphoto

Fazer a carne assada ou grelhada reduz as gorduras

Imagem: Thais Ceneviva/Getty Images/iStockphoto

Preparos

Instintivamente, os brasileiros já preparam o coração de galinha da melhor forma, que é na brasa. Deste modo, a gordura presente no alimento se reduz de 18% para 12%, em média, por 100 gramas.

Mas o alimento também pode ser feito na air fryer ou na panela de pressão. Neste último, entretanto, o coração não perde tanta gordura como na grelha.

Apesar de estarmos acostumados a consumir o coração inteiro, ele também pode ser desfiado ou mesmo cortado em pequenos pedaços, compondo pratos regionais.

"Ele pode ser colocado em risotos, sanduíches, molho de tomate, no feijão. Com farinha e queijo coalho, dá outro sabor ao baião de dois", sugere a nutricionista Michelle Galindo de Oliveira.

Qualquer que seja a combinação, é preciso retirar as artérias que vêm envoltas ao coração, que são gorduras. Dê preferência a temperos naturais com ervas e especiarias e, quando possível, deixe o coração marinando no vinho branco ou tinto. "Esse processo confere ainda mais sabor ao alimento", garante Letícia Mazepa, nutricionista doutoranda em ciências farmacêuticas na UFPR (Universidade Federal do Paraná).

Contraindicações

Quem já tem colesterol alto ou tem tendência à formação de placas de gordura deve dar preferência a carnes mais magras. Da mesma forma, pacientes que recentemente passaram por cirurgias de retirada da vesícula biliar também devem evitar consumir o coração de galinha, justamente por ser uma carne mais gordurosa.

Além disso, algumas mulheres, depois da menopausa, apresentam quantidades elevadas de ferro e por isso precisam restringir alimentos ricos nesse mineral. O consumo por pessoas que tenham ácido úrico (gota) também deve ser restrito, já que o coração de galinha é rico em purinas, compostos que dão origem à hiperuricemia.

Tabela nutricional

De acordo com a TBCA (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos), da USP (Universidade de São Paulo), há, em 100 gramas de coração de galinha assado (sem sal e sem óleo):

  • 201 kcal
  • 11,4 g de carboidratos
  • 39 g de proteínas
  • 12,1 g de lipídios
  • 35,1 mg de cálcio
  • 16,7 mg de ferro
  • 13,5 mg de zinco
  • 243 mg de potássio
  • 367 mg de fósforo
  • 36,9 mg de magnésio
  • 0,59 mg de vitamina B6
  • 12,2 mcg de vitamina A
  • 369 mg de colesterol

Fontes: Letícia Mazepa, nutricionista e doutoranda em ciências farmacêuticas na UFPR (Universidade Federal do Paraná); Michelle Galindo de Oliveira, doutora em nutrição e professora da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco); Vivian Feddern, doutora em engenharia e ciência de alimentos pela UFRG (Universidade Federal do Rio Grande) e pesquisadora da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Adblock test (Why?)


Coração de galinha é rico em minerais e boa fonte de proteínas; veja mais - VivaBem
Read More

'Tinha medo de não conseguir respirar e morrer', diz mulher com DPOC - VivaBem

Fumante por quase três décadas, a produtora rural Ana Regina Majzoub, 56, foi diagnosticada com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) em 2009, aos 43 anos. Atualmente com 32% de capacidade respiratória, Ana conta que viu sua saúde mental ficar comprometida nos primeiros anos pós-diagnóstico. Ela tinha medo de não conseguir respirar e de morrer. Superada as dificuldades, Ana encoraja as pessoas a abandonar o cigarro e compartilha sua história a seguir:

"Comecei a fumar aos 17 anos. Sabia dos malefícios do cigarro, vivia dizendo que ia parar, mas nunca tomava uma atitude efetiva em relação a isso. Em 2008, fiz uma promessa de Ano-Novo e consegui parar por um mês usando adesivos de nicotina, mas acabei voltando.

Um ano depois, passei mal, senti cansaço e fadiga durante o banho. Achei estranho e procurei um clínico geral para fazer um check-up. Os exames não apresentaram grandes alterações, mas o médico me orientou a procurar um pneumologista. Chamou a atenção dele o fato de eu ser fumante há 26 anos. Fui ao pneumo e ele pediu alguns exames complementares.

Alguns dias depois, abri sozinha o resultado de um dos exames e li a palavra enfisema pulmonar. Não sabia exatamente o que era, mas imaginei que não era coisa boa.

Levei o resultado para o médico e fui para o consultório sem levar meu maço de cigarro —tinha o hábito de carregá-lo para qualquer lugar que fosse, mas fiquei tão assustada que deixei em casa.

Ao ver o exame, o pneumologista me diagnosticou com DPOC, disse que ela foi causada pelo tabagismo e explicou que o meu tipo estava associado à enfisema pulmonar.

A DPOC é uma doença respiratória causada por uma inflamação das vias aéreas que leva à obstrução persistente dos brônquios, dificultando a respiração, e tem como sintomas: cansaço, falta de ar e perda irreversível da capacidade respiratória.

Fiquei chocada com o diagnóstico e naquele mesmo dia já iniciei o tratamento com o uso de bombinhas e parei de fumar —caso não abandonasse o cigarro poderia ter sérias complicações.

No começo foi difícil, mas adotei algumas estratégias para ajudar. Parei de tomar café por alguns meses e não ficava em ambientes com outros fumantes, incluindo ficar longe do meu marido quando ele estava fumando.

Acredito que o maior impacto que a DPOC causou foi na minha saúde mental. Tinha crises de ansiedade, muito medo de passar mal, de não conseguir respirar e morrer. Não saía para lugar nenhum sozinha, tinha que estar sempre acompanhada, não fazia qualquer atividade que exigisse esforço físico.

Ana tem DPOC - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal

Ana é produtora rural e teve que parar de ir até a lavoura

Imagem: Arquivo pessoal

No meu trabalho —sou produtora rural— parei de andar na lavoura, ficava no escritório, não frequentava mais feiras e eventos. Não andava nem mais no quarteirão perto de casa, preferia fazer tudo de carro.

O médico recomendou que eu praticasse alguma atividade física, ele disse seria benéfico para o tratamento. Mas pensava que só de andar um pouco mais rápido já ficava com falta de ar, imagine se fizesse um exercício mais intenso. Tinha medo e não fazia. Além disso, não gostava de me expor, quase não falava sobre o meu problema de saúde com outras pessoas.

Tive dois episódios em que fiquei internada por conta da DPOC, sempre causadas por crises de tosse e falta de ar. A primeira internação foi uma complicação que começou com um quadro de sinusite. A segunda foi porque senti uma fadiga extrema que me impossibilitou de fazer tarefas simples do dia a dia —ficava cansada só de andar do quarto para cozinha e de tomar banho.

Uma coisa que me ajudou no processo foi participar de grupos, no Facebook e no WhatsApp, de pacientes que tem DPOC, como o #CDD Informa Respiratórios.

Ouvir as histórias, dificuldades e superações de outras pessoas me fizeram enxergar a doença de uma outra perspectiva.

Ana tem DPOC - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal

Ter contato com outras pessoas com DPOC ajudou Ana a lidar com a própria doença

Imagem: Arquivo pessoal

Esse contato me encorajou a perder o medo de fazer exercício físico e experimentar coisas novas. Fiz pilates por um tempo e passei a fazer fisioterapia respiratória.

Aprendi a respirar e a identificar minhas limitações. Atualmente, tenho apenas 32% de capacidade respiratória, mas, de forma geral, levo uma vida normal e procuro fazer as coisas mais devagar, no meu ritmo.

Por muitos anos, ouvi de algumas pessoas que deveria parar de fumar. Se tivesse seguido o conselho delas, talvez não tivesse desenvolvido a DPOC. Incentivo os fumantes a abandonar o vício e a buscar hábitos de vida mais saudáveis."

Saiba mais sobre a DPOC

DPOC é uma doença irreversível que leva à diminuição persistente da taxa de fluxo de ar dos pulmões, devido à uma obstrução crônica e progressiva das vias áreas, e a perda da capacidade respiratória. Ela tem início lento, mas pode evoluir de modo rápido para o estágio mais grave, levando à insuficiência respiratória e morte.

Fica entre a terceira e a quarta causa de morte em países em desenvolvimento. O Brasil tem um óbito a cada 15 minutos relacionado à doença, que é marcada por quadros persistentes de bronquite crônica e/ou enfisema pulmonar. Na bronquite, há persistente produção de muco e inflamação das vias aéreas. No enfisema, há destruição dos alvéolos, estruturas responsáveis pela troca dos gases (oxigênio e gás carbônico) nos pulmões.

  • Uma das principais causas da DPOC é o tabagismo, uma vez que a combustão do cigarro lesiona as vias respiratórias.
  • Vale ressaltar que além do cigarro tradicional, o uso do cigarro eletrônico (vape) e do narguilé também levam à doença.
  • Além disso, também está vinculada à inalação de outras substâncias tóxicas, como a exposição à fumaça de biomassa (lenha, carvão vegetal) e à poluição do ar.

Os sintomas são:

  • Falta de ar (dispneia) progressiva e limitante;
  • Cansaço;
  • Fadiga crônica;
  • Tosse crônica que pode ser acompanhada de catarro que se exterioriza principalmente pela manhã.

As principais dificuldades. Devido à falta de ar, o paciente pode não conseguir realizar atividades corriqueiras, como tomar banho, subir escadas, caminhar, trabalhar. O cansaço excessivo também causa impactos na saúde física e mental.

O paciente tende a ficar limitado, restrito, isolado e com a qualidade de vida comprometida, o que pode levá-lo a um quadro de depressão. Muitas vezes há o sentimento de culpa, porque a pessoa adoeceu em razão do tabagismo.

O tratamento para DPOC consiste em:

  • O primeiro ponto é a cessação do tabagismo e o uso dos dispositivos inalatórios --as famosas bombinhas-- que levam os medicamentos broncodilatadores direto para o pulmão.
  • Também pode ser recomendado o uso de corticosteroides como anti-inflamatórios.
  • Há casos em que a dificuldade da troca gasosa é tão intensa que o paciente necessita de suplementação de oxigênio.
  • Também é indicado um programa de reabilitação pulmonar com sessões de fisioterapia.
  • Os tratamentos retardam a progressão da doença, controlando os sintomas e reduzindo as complicações.
  • Não tem cura, mas pode ser controlada e reduzir o risco de morte.

Vale ressaltar que todos os tratamentos estão disponíveis no SUS, e que houve um avanço importante no Brasil com a incorporação no novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de 2021 de broncodilatadores de classes diferentes, com administração em um único dispositivo, ampliando as opções terapêuticas.

Fonte: Clystenes Odyr Soares, pneumologista e professor da disciplina de Pneumologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Adblock test (Why?)


'Tinha medo de não conseguir respirar e morrer', diz mulher com DPOC - VivaBem
Read More

Wednesday, January 11, 2023

Esquizofrenia pode ter relação com alterações vasculares no cérebro - VivaBem

Estudo publicado na revista Molecular Psychiatry sugere que a esquizofrenia pode estar relacionada com alterações na vascularização de determinadas regiões do cérebro.

No trabalho, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Instituto D´Or de Pesquisa e Ensino (Idor) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) observaram que células neurais (astrócitos) derivadas de pacientes com a doença induzem a formação de um maior número de vasos - só que mais finos -, o que pode afetar a rede vascular de algumas áreas cerebrais.

A esquizofrenia é considerada um transtorno mental grave e multifatorial, podendo afetar até 1% da população mundial.

Entre os sintomas comuns estão a perda de contato com a realidade (psicose), alucinações (ouvir vozes, por exemplo), falsas convicções (delírios), pensamento e comportamento anômalos, diminuição da motivação e piora da função mental (cognição).

No estudo, os pesquisadores centraram as atenções no papel dos astrócitos - células essenciais para a manutenção dos neurônios e que funcionam como usinas energéticas do sistema nervoso central - no desenvolvimento da doença. Além de apontar novos alvos terapêuticos, o estudo avança no entendimento de mecanismos moleculares da doença.

"Mostramos que os astrócitos podem estar envolvidos com uma alteração na espessura dos vasos do cérebro. E isso pode estar relacionado com um fator importante da esquizofrenia: a diminuição no fluxo metabólico [produção de energia] em certas regiões cerebrais. "Isso reforça o papel dos astrócitos como um elemento central da doença, tornando-os um alvo para novas terapias", explica Daniel Martins-de-Souza, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp) e um dos autores do artigo.

O trabalho foi apoiado pela FAPESP por meio de um Projeto Temático e de Bolsa de Pós-Doutorado concedida a Juliana Minardi Nascimento, primeira autora do artigo ao lado de Pablo Trindade, da UFRJ e do Idor.

Alteração na vascularização

Os pesquisadores compararam astrócitos derivados de células da pele de pacientes com esquizofrenia com os derivados de pessoas sem a doença. Essa parte do estudo foi realizada no laboratório de Stevens Rehen, pesquisador do Idor e professor do Instituto de Biologia da UFRJ.

Para isso, a equipe reprogramou as células epiteliais de pacientes com esquizofrenia e as do grupo-controle para que regredissem a um estágio de pluripotência característico de célula-tronco (células-tronco pluripotentes induzidas ou iPSCs). Em seguida, induziu-se a diferenciação das células, transformando as iPSCs em células-tronco neurais (que podem dar origem tanto a neurônios como a astrócitos).

"Estudos anteriores já haviam sugerido que tanto anormalidades moleculares quanto funcionais dos astrócitos poderiam estar envolvidas na patogênese da esquizofrenia. Em nosso trabalho, comprovamos essa relação a partir de estudos com células-tronco pluripotentes induzidas. Sem essa técnica seria impossível estudar os astrócitos da maneira como fizemos", explica Martins-de-Souza.

Com os astrócitos derivados de pacientes e de controles saudáveis os pesquisadores realizaram dois testes.

Primeiro, foi feita uma análise proteômica (que identifica o conjunto de proteínas presentes na amostra), no Laboratório de Neuroproteômica da Unicamp, verificando a variação de proteínas expressas nas células-controle e nas de pacientes com esquizofrenia.

"Avaliando a proteômica das células com esquizofrenia observamos alterações imunes associadas aos astrócitos. Também encontramos diferenças em citocinas inflamatórias e diversas outras proteínas que indicavam uma ação angiogênica [que favorece o crescimento de novos vasos] na vascularização cerebral", informa Nascimento.

Depois da análise proteômica, os pesquisadores realizaram ensaios funcionais. Observou-se que a resposta inflamatória dos astrócitos de pacientes estava alterada e que as substâncias que liberavam afetavam a vascularização.

A realização desses ensaios foi parte do pós-doutorado de Trindade.

Para isso, os pesquisadores utilizaram um modelo de sistema vascular baseado na membrana que envolve o embrião de galinha. Conhecida como CAM (sigla em inglês para membrana corioalantoica embrionária de ovos de galinhas), a metodologia tem sido empregada para estudar o efeito de substâncias na vascularização de tecidos.

Esse ensaio foi conduzido por colaboradores da Universidad de Chile (Chile).

"Basicamente, colocamos os meios condicionados de astrócitos, contendo todas as substâncias que estas células secretam, dentro da região vascular de ovos fertilizados. Conforme as células vasculares vão se multiplicando, é possível verificar como se dá a formação dos vasos. Assim, é possível observar se as substâncias secretadas pelas células cultivadas induzem ou inibem a vascularização do ovo", conta Trindade.

Além de modificarem a vascularização, os astrócitos derivados de pacientes com esquizofrenia apresentavam um perfil crônico de inflamação.

"É sabido que os astrócitos são células neurais que têm o papel de regular a resposta imune na região. Portanto, é possível que eles estejam promovendo uma vascularização mais imatura ou menos eficiente. Verificamos que, em comparação ao grupo-controle, os astrócitos derivados de pacientes secretam uma quantidade maior de interleucina-8, um sinalizador de inflamação e suspeito de ser o principal agente da disfunção vascular associada à esquizofrenia", explica o pesquisador à Agência FAPESP.

Os autores ressaltam que os achados reforçam o papel do neurodesenvolvimento na esquizofrenia, que, ao que tudo indica, é mediado pelos astrócitos.

"Os sintomas da doença geralmente se manifestam quando se é um jovem adulto. Mas, como mostramos no trabalho, as células gliais nesses pacientes são diferentes desde o princípio, o que interfere no neurodesenvolvimento ainda no útero. A diferenciação e a formação do cérebro ocorrem de forma alterada. Portanto, pode ser que, durante a maturação do cérebro, aconteçam fatos como o que verificamos no estudo: uma vascularização sistematicamente alterada levando à malformação de circuitos cerebrais que pode desencadear a esquizofrenia na idade adulta", diz Nascimento.

Outra contribuição do estudo foi alertar para a importância dos astrócitos nas doenças neurológicas. "O papel das células da glia, como é o caso dos astrócitos, não só na esquizofrenia, mas nas doenças neurológicas em geral tem sido um achado recente, pois havia uma visão muito neurocêntrica de investigar mais o papel dos neurônios. Não deixa de ser uma forma de ampliar nossa visão e entendimento sobre a doença", avalia Martins-de-Souza.

O artigo Induced pluripotent stem cell-derived astrocytes from patients with schizophrenia exhibit an inflammatory phenotype that affects vascularization pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41380-022-01830-1.

Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

Adblock test (Why?)


Esquizofrenia pode ter relação com alterações vasculares no cérebro - VivaBem
Read More

Monday, January 9, 2023

Gordura abdominal: 5 alimentos para eliminar a barriguinha - Terra

Nutricionista revela cinco alimentos que ajudam a eliminar a gordura abdominal. Entenda os benefícios oferecidos por cada um

7 jan 2023 - 16h07

Gordura abdominal: 5 alimentos que eliminam a barriguinha

Gordura abdominal: 5 alimentos que eliminam a barriguinha

Foto: Shutterstock / Sport Life

Com o verão cada vez mais perto, a pressa para se livrar daquela barriguinha só aumenta. Mas se engana quem pensa que se trata apenas de uma questão estética. Isso porque a gordura abdominal pode comprometer a saúde do paciente, inclusive aumentar os riscos de doenças cardiovasculares.

Como eliminar a gordura abdominal com a alimentação

Um estudo do Instituto de Medicina Social e Preventiva (IUMSP) em parceria com o Hospital Universitário de Lausanne (CHUV), revela que alguns alimentos podem ajudar a eliminar a gordura do abdômen.

A pesquisa foi realizada com mais de 1,3 mil suíços, em uma amostra de adultos entre 18 e 75 anos. Durante o levantamento, foi avaliada a dieta dos participantes por meio de dois recordatórios alimentares de 24 horas. O estudo definiu padrões alimentares usando uma análise de componentes principais, com base na ingestão de 22 grupos de alimentos específicos para o café da manhã. 

Nele, foi demonstrado que os participantes que tomavam um café balanceado, como smoothies, mingau de aveia, ovos, iogurte e whey protein, apresentavam menos gordura abdominal daqueles que consumiam cereais ou torradas na primeira refeição do dia. A nutricionista Marianne Fazzi, especializada em emagrecimento, explica porque esses alimentos estão entre os maiores aliados da perda de gordura.

Whey protein 

De acordo com a nutricionista, a proteína fornece mais saciedade em relação aos carboidratos. "O ato de tomar whey protein pode ajudar no controle da glicemia, pois as proteínas possuem um índice glicêmico menor do que os carboidratos. Isto é, apresenta uma menor variação da glicose após sua ingestão, que contribui para diminuir o apetite proporcionando uma sensação mais prolongada de saciedade", explica.

Smoothies 

Marianne faz um alerta para que não deixemos de lado as frutas e vegetais no café da manhã. "Consumir frutas e verduras nessa refeição é ideal para favorecer a saciedade e reduzir riscos de doenças, uma vez que são alimentos ricos em fibras. Os smoothies são opções práticas e deliciosas que ainda ajudam a acelerar o metabolismo dependendo dos ingredientes utilizados", indica.

Mingau de aveia

"A aveia é uma fonte de fibras. Ela ajuda a controlar os níveis de colesterol, além de contribuir para a saúde intestinal. O mingau de aveia é uma preparação saudável que prolonga a sensação de saciedade, uma vez que sua digestão é fácil e lenta, contribuindo para o emagrecimento", comenta a especialista.

No entanto, ela alerta para a quantidade ingerida do alimento. "A aveia pode fazer o efeito contrário se ingerido em grandes quantidades, como uma constipação e uma digestão lenta e difícil. Cabe sempre lembrar a importância de fazer uma dieta balanceada, com acompanhamento de um nutricionista", destaca .

Ovos

"Omelete, ovo mexido, ovo pochê ou ovo cozido. Não importa a forma de preparo, a proteína do ovo proporciona saciedade e diminui as chances de fazer refeições extras, além de ser rico em nutrientes essenciais. Por isso, não deixe de fora do seu cardápio de café da manhã", recomenda.

De acordo com a nutricionista, o ovo apresenta também uma alta quantidade de aminoácidos. Além disso, ele não possui altos níveis de calorias e carboidratos. Por isso é uma excelente opção para quem está em uma dieta low-carb, por exemplo.

Iogurte

Os iogurtes naturais são ricos em proteínas e gorduras saudáveis. Por isso, podem ser aliados de uma dieta equilibrada e saudável. "Esses alimentos devem ser consumidos de forma moderada. O consumidor deve sempre optar por versões de sabor natural, sem açúcar e com poucos ingredientes", comenta Marianne.

Emagrecimento e gordura abdominal

Além dos alimentos que ajudam na eliminação da gordura abdominal, Marianne explica que o emagrecimento é um jogo matemático, de comer menos e gastar mais. Por isso, o método mais eficaz no emagrecimento consiste em encontrar o sabotador da sua dieta. 

"O que te impede de emagrecer? É preciso acompanhar o paciente, fazer uma avaliação, elaborar cardápio e um plano alimentar que o paciente consiga colocar em prática. Claro, respeitando sua rotina, hábitos e biotipo. É basicamente trabalhar uma mudança de comportamento, e não apenas uma dieta", finaliza a nutricionista.

Adblock test (Why?)


Gordura abdominal: 5 alimentos para eliminar a barriguinha - Terra
Read More

Sunday, January 8, 2023

Solução barata: uma boa hidratação pode retardar o envelhecimento - R7

Resumindo a Notícia

Ter um envelhecimento mais saudável é uma preocupação para grande parte dos brasileiros. Entre diversos tratamentos de alto custo, pesquisadores encontraram uma solução mais acessível e barata: beber água.

Um estudo dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, publicado na eBioMedicine, mostrou que adultos que ficam bem-hidratados parecem viver por mais tempo e mais saudáveis – tornam-se menos propensos a desenvolver doenças crônicas, como insuficiência cardíaca, diabetes e demência.

 "Os resultados sugerem que a hidratação adequada pode retardar o envelhecimento e prolongar uma vida livre de doenças", disse a autora do estudo, Natalia Dmitrieva, em comunicado.

No total, a pesquisa contou com 11.255 adultos e se estendeu por um período de 30 anos. Os cientistas analisaram as ligações entre os níveis séricos de sódio (que aumentam quando há uma menor ingestão de líquido) de cada voluntário e diversos indicadores de saúde.

Eles também avaliaram as informações dadas pelos voluntários após cinco consultas médicas, sendo duas quando eles estavam com 50 anos e as demais na faixa etária entre 70 e 90 anos.

Foram excluídas do estudo as pessoas que tinham doenças subjacentes, como obesidade, que poderiam afetar os níveis séricos de sódio.

Para entender a ligação da boa hidratação com o envelhecimento mais saudável, os autores revisaram 15 marcadores de saúde, entre eles a pressão arterial sistólica, colesterol e açúcar no sangue, que mostram como está o funcionamento do sistema cardiovascular, respiratório, metabólico, renal e imunológico.

O estudo também ajustou os resultados a diferentes fatores, como idade, raça, tabagismo e hipertensão.

Os resultados demonstraram que adultos que mantiveram os níveis mais altos de sódio sérico (o comum é entre 137 mEq/L e 142 mEq/L) mostravam sinais de um envelhecimento mais precoce.

Por exemplo, uma pessoa com nível de 142 mEq/L, considerado normal, teve um risco de 10% a 15% maior de não corresponder a sua idade cronológica e ser biologicamente mais velho.

Já aqueles que mantiveram as faixas em 144 mEq/L (acima do recomendado) tiveram esse risco aumentado para 50%, quando comparados aos que permaneceram na média normal.

Não apenas isso, os níveis entre 144,5 mEq/L e 146 mEq/L foram associados a um aumento de 21% na chance de morte prematura, também quando comparados às médias normais.

Adultos com níveis acima de 142 mEq/L também enfrentaram um aumento de 64% no risco de desenvolver doenças crônicas, como insuficiência cardíaca, AVC (acidente vascular cerebral), fibrilação atrial, doença arterial periférica, doença pulmonar crônica, diabetes e demência. 

Apesar de o estudo não mostrar uma relação causa e efeito direta, os pesquisadores esperam que outras pesquisas evidenciem qual a é "hidratação ideal" para promover um envelhecimento saudável e uma vida mais longa em qualquer situação.

"O objetivo é garantir que os pacientes estejam ingerindo líquidos suficientes, enquanto se avalia fatores, como medicamentos, que podem levar à perda de líquidos", diz Manfred Boehm, outro autor do estudo.

E acrescenta: "Os médicos também podem precisar adiar o plano de tratamento atual do paciente, [por exemplo], limitar a ingestão de líquidos para insuficiência cardíaca."

Natalia ainda observa que grande parte das pessoas pode e deve aumentar a ingestão de líquidos (com água, sucos ou frutas, por exemplo) de forma segura – para chegar aos níveis recomendados. Isso pode evitar problemas futuros para os sistemas de saúde.

"Em nível global, isso [níveis acima do comum] pode ter um grande impacto", alerta a autora do estudo.

Vale lembrar que a recomendação geral da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que adultos saudáveis tomem, no mínimo, dois litros de água por dia.

No entanto, um estudo publicado na revista Science mostrou que o consumo diário ideal varia e depende, por exemplo, da idade, tamanho, composição corporal, situação socioeconômica e características ambientais (latitude, altitude, temperatura e umidade do ar) de cada pessoa. Portanto, deve ser adaptado segundo à própria realidade.

Conheça as 20 piores dores que o ser humano pode sentir

Adblock test (Why?)


Solução barata: uma boa hidratação pode retardar o envelhecimento - R7
Read More

Essa é a dieta que você deve seguir para emagrecer em 2023, segundo a ciência - Minha Vida

Estudo comparou cinco dietas diferentes e definiu qual é a mais eficaz para quem quer perder peso a longo prazo Perder peso ou ter um est...