Neste sábado, 19, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme. A data busca chamar atenção para uma enfermidade que embora seja considerada rara, afeta uma parte considerável da população, sobretudo a brasileira. Segundo a médica Priscila Percout, é a doença hereditária mais comum no Brasil.
“A doença se caracteriza como se fosse um ‘defeito genético’ nos glóbulos vermelhos. Eles acabam ficando deformados e morrendo prematuramente, em um intervalo curto de tempo”, explica a hematologista Priscila Percout. Diante dessa condição da doença, a médica relata que o paciente passa, em determinados casos, por crises muito fortes de dor generalizada.
“Isso ocorre porque a anemia falciforme aumenta o risco de obstrução dos vasos sanguíneos devido ao formato alterado. E é justamente isso a causa para as dores, ou até mesmo fraqueza e apatia”, salienta Priscila. Por se uma doença hereditária – transmitida de pais para filhos – a médica diz que não há cura, mas que o tratamento precoce da doença promove uma melhor qualidade de vida ao paciente.
“O atendimento precoce resulta no tratamento correto da doença”, destaca Priscila. No entanto, para se chegar ao acompanhado adequado, a profissional salienta é que de suma importância a realização do teste do pezinho no récem-nascido. “Através deste exame os pais tomam ciência sobre as possíveis doenças que a criança pode vir a manifestar, a exemplo da anemia falciforme. Por isso ele é fundamental logo nos primeiros cinco dias de vida”, orienta.
Dessa maneira, a médica destaca que a partir do diagnóstico precoce o paciente terá um organização mais precisa quanto ao tratamento para conviver de maneira menos dolorosa com a doença. “O tratamento em si é composto por medicamentos, a exemplo da hidroxiuréia, que reduz as crises de dor generalizada, além de algumas transfusões de sangue realizada de maneira regular”, conta.
por João Paulo Schneider
Saiba o que é a doença falciforme e a importância do cuidado precoce - Infonet
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