Medicamentos contra doenças cardiovasculares, diabetes e insuficiência cardíaca foram incorporados. — Foto: Pexels/Divulgação.
O Ministério da Saúde anunciou na última quinta-feira (29) que decidiu incorporar cinco novos medicamentos ao programa Farmácia Popular do Brasil, que disponibiliza remédios gratuitos para o tratamento de diabetes, asma e hipertensão em parceria com farmácias particulares.
Dapagliflozina 10 mg (diabetes mellitus tipo 2 associada a doença cardiovascular/modalidade de copagamento, quando o usuário paga parte do valor)
Segundo a pasta, os remédios ficarão disponíveis daqui a 30 dias. A portaria que estabelece a incorporação dos medicamentos foi publicada nesta sexta-feira (30) no Diário Oficial da União.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que 2,7 milhões de pessoas sejam beneficiadas com os novos medicamentos do programa.
(VÍDEO: Governo corta verbas de programas sociais como Farmácia Popular e Casa Verde e Amarela)
Governo corta verbas de programas sociais como Farmácia Popular e Casa Verde e Amarela
[ALERTA: Se você perceber que está extremamente sobrecarregado, ansioso, depressivo ou pensando em se machucar, procure seu médico, psicólogo ou familiar e não esqueça do CVV - Centro de Valorização da Vida (ligue 188).]
Dani Russo, de 24 anos, foi hospitalizada, nesta quinta-feira (29), após ter enjoos. A cantora contou, em seu Instagram, que a crise ocorreu devido à Síndrome do Pensamento Acelerado e, devido à internação, se afastou das redes sociais. “Já estou sendo medicada. Já já está tudo ok. Mandem melhoras para mim, família”, escreveu a artista.
Em 2021, a cantora contou para os seguidores que recebeu seu diagnóstico e declarou que chegava a dar entrada no hospital a cada três meses por causa dos sintomas. Na época, ela detalhou o que enfrentava: "Que louco isso que aconteceu e acontece a cada três meses comigo. Fico doente, vomitando, não consigo comer ou beber, com insônia e dor no estômago. Vou para o hospital, meus exames dão tudo certo, nada alterado. Meu problema é na cabeça, ansiedade, coisa da mente que mexe com todo o corpo", explicou ela.
A Síndrome do Pensamento Acelerado é uma alteração em que a mente fica repleta de pensamentos, o que dificulta a concentração, aumenta a ansiedade e desgasta a saúde física e mental. A síndrome não está relacionada ao conteúdo dos pensamentos, mas à quantidade e à velocidade com que acontecem.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a doença foi responsável por cinco casos no período de 16 de julho a 15 de setembro. Mas o que causa esse tipo de meningite, como ela é transmitida e de que forma podemos nos proteger?
Nesta reportagem, você vai ver:
O que é a meningite?
O que causa a doença?
O que é a meningite meningocócica ?
Como ocorre a transmissão da meningite meningocócica?
Quais são os sintomas da meningite meningocócica?
Quais são as formas de prevenção?
Como é o tratamento da meningite?
1) O que é a meningite?
As meninges são as membranas que envolvem todo o sistema nervoso central. A meningite ocorre quando há alguma inflamação desse revestimento, causado por micro-organismos, alergias a medicamentos, câncer e outros agentes.
"A meningite é a inflamação das membranas que cobrem o cérebro, essas 'capinhas'. Por isso, essa inflamação ocasiona dor de cabeça, fadiga, mal-estar, febre alta, rigidez de nuca...", explica Lina Paola Rodrigues, infectologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
A meningite tem uma alta taxa de mortalidade e sequelas, como surdez, perda dos movimentos e danos ao sistema nervoso. As crianças são a faixa etária mais atingida, e os pacientes devem ter um acompanhamento por pelo menos 6 meses depois da doença.
Meningite pode se manifestar de várias formas
2) O que causa a doença?
A doença pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, segundo o Ministério da Saúde.
Segundo a pasta, as meningites virais e bacterianas são as mais importantes para a saúde pública, devido a magnitude de sua ocorrência e o potencial de produzir surtos.
O ministério ressalta ainda que a ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono-inverno e das virais na primavera-verão. O sexo masculino também é o mais acometido pela doença.
3) O que é a meningite meningocócica ?
A meningite pode ser causada por várias bactérias, mas as principais são: meningococo e pneumococo.
A meningite meningocócica em específico é causada pelos meningococos Neisseria meningitidis e pode afetar pessoas de qualquer idade.
4) Como ocorre a transmissão da meningite meningocócica?
A meningite é transmitida quando pequenas gotas de saliva da pessoa infectada entram em contato com as mucosas do nariz ou da boca de um indivíduo saudável. Pode ser por meio de tosse, espirro ou secreções eliminadas pelo trato respiratório (nariz e boca).
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, para que essa transmissão ocorra, há necessidade de contato direto, íntimo e frequente com a pessoa doente (troca de secreção).
5) Quais são os sintomas da meningite meningocócica?
Os principais sintomas de meningites bacterianas costumam aparecer em pouco tempo. São eles, ainda de acordo com o Ministério da Saúde:
Febre alta;
Mal-estar;
Vômitos;
Dor forte de cabeça e no pescoço;
Dificuldade para encostar o queixo no peito;
Manchas vermelhas espalhadas pelo corpo (em alguns casos).
Além disso, nos bebês, os seguintes sintomas são mais comuns:
Nos bebês pode-se também observar:
Moleira tensa ou elevada;
Gemido quando tocado;
Inquietação com choro agudo;
Rgidez corporal com movimentos involuntários, ou corpo “mole”, largado.
"Em caso de suspeita, o paciente deve ser levado imediatamente ao pronto de socorro", diz Lina Paola Rodrigues.
"Essa é uma doença que pode evoluir com gravide, tem alta mortalidade e nos casos de sobrevivência tem chances de sequelas graves, como surdez, impactos motores, etc."
6) Quais são as formas de prevenção?
Existem imunizantes no sistema público de saúde que protegem contra a doença. As vacinas disponíveis no calendário de vacinação do Programa Nacional de Imunização são:
Vacina meningocócica (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.
Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.
Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
7) Como é o tratamento da meningite?
O tratamento depende do agente causador da infecção.
A meningite viral não tem tratamento específico e, como outras viroses, resolve-se por conta própria. Os medicamentos só podem tratar os sintomas, como dor e febre, explica o Ministério da Saúde.
Já as meningites bacterianas são mais graves e devem ser tratadas imediatamente, em ambiente hospitalar, com administração de antibióticos.
"A vacina é principal prevenção. Mas nessa época de inverno, o ideal é manter as medidas de isolamento e higienização de mãos", diz Lina Paola Rodrigues, infectologista da BP.
De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, após 24 horas do início do tratamento com antibiótico, o paciente não transmite mais a bactéria.
Possível volta da poliomielite no Brasil preocupa; veja principais formas de transmissão
Prorrogada até sexta-feira (30), a Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite está longe de atingir a meta estabelecida de pelo menos 95% da população infantil menor de 5 anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, 54% das crianças foram imunizadas até quarta-feira (28) – um total de 6.273.472 doses.
Nenhuma unidade federativa alcançou a meta de 95% da cobertura vacinal. Os estados com as maiores coberturas são Paraíba (86,82%), Amapá (82,85%), Alagoas (74,65%), Santa Catarina (73,05%) e Ceará (69,41%). Os que menos vacinaram foram Roraima (23,17%), Acre (24,49%), Rio de Janeiro (30,59%), Distrito Federal (33,09%) e Pará (38,20).
No recorte por região, o Sul ocupa o topo, com 64,62%, seguido do Nordeste (61,72%), Sudeste (50,32%), Centro-Oeste (44,69%) e, em último lugar, Norte (43,22%).
Meta de 95%
A campanha nacional contra a pólio busca alcançar crianças menores de 5 anos que ainda não foram vacinadas com as primeiras doses do imunizante (que é aplicado as 2, 4 e 6 meses de idade, via injeção intramuscular) e incentivar a aplicação da dose de reforço, que acontece por meio da conhecida gotinha (aos 15 meses e aos quatro anos de idade).
A doença, também chamada de paralisia infantil, tem certificado de erradicação no país desde 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos preocupa especialistas. A última vez que o Brasil conseguiu ultrapassar a meta considerada ideal foi em 2015.
Na última semana, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) alertou que o Brasil corre o risco muito alto de reintrodução da pólio. Também em setembro, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, declarou uma emergência na tentativa de acelerar os esforços para vacinar moradores contra a poliomielite depois que o vírus foi detectado em amostras de esgoto. Casos também foram detectados em Londres e Jerusalém.
Sobre a pólio
A poliomielite, também chamada de "paralisia infantil", é uma doença infectocontagiosa transmitida por um vírus. Ela é caracterizada por um quadro de paralisia flácida. O início é repentino e a evolução do déficit motor ocorre, em média, em até três dias. A doença acomete, em geral, os membros inferiores, de forma assimétrica, e tem como principal característica a flacidez muscular.
O jeito mais comum de pegar pólio é pelo contato oral com objetos e alimentos mal lavados e água contaminada por fezes de pessoas infectadas. Isso porque, depois que o vírus entra no organismo, ele se multiplica no intestino e é expelido quando a pessoa vai ao banheiro.
Também existe a transmissão por gotículas que ficam suspensas no ar quando a gente fala, tosse ou espirra, mas é menos comum.
A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo confirmou a morte de uma mulher, de 42 anos de idade, por meningite. Ela era moradora da região que abrange a Vila Formosa e Aricanduva, dois bairros da zona leste da capital.
Esse é um dos cinco casos de meningite meningocócica do tipo C notificados no período de 16 de julho a 15 de setembro. Além da mulher, os demais casos foram registrados em um bebê de 2 meses e em adultos de 20, 21 e 61 anos de idade.
Segundo a prefeitura, imediatamente após as notificações dos casos, foram desencadeadas ações de prevenção e controle pela Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), como o fornecimento de medicamentos preventivos a pessoas consideradas mais próximas das pessoas acometidos pela doença, como parentes ou habitantes da mesma casa. Também foi intensificada a vacinação na região, de moradores entre 3 meses e 64 anos de idade, inclusive com busca ativa. Nos últimos 15 dias, já foram imunizadas 7.400 pessoas na região.
“Cabe esclarecer que em toda a cidade o número de casos diminuiu neste ano na comparação com 2019, ano anterior à pandemia da covid-19. De janeiro até ontem (26) foram notificados 56 casos de doença meningocócica em toda a capital. Durante o mesmo período de 2019 [janeiro a setembro] foram registrados 158 casos da doença, ou seja, uma redução de 64,5% no âmbito geral”, disse a prefeitura por meio de nota.
A doença meningocócica ou meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, e que pode ser causada por infecções de vários microrganismos, como fungos, vírus e bactérias. Para prevenir a doença, é recomendável tomar a vacina, disponível em todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde) do município.
Protocolo
O imunizante contra a meningite meningocócica C deve ser aplicado em bebês aos 3, 5 e 12 meses de idade. O de meningite meningocócica ACWY atualmente é aplicado na faixa etária de 11 a 14 anos. A vacinação foi ampliada no dia 19 também para adolescentes de 13 e 14 anos, até junho de 2023, conforme definição do Programa Nacional de Imunizações.
“É fundamental que pais e responsáveis mantenham a vacinação de seus filhos em dia, para protegê-los das chamadas doenças imunopreveníveis, como meningite meningocócica, poliomielite, difteria, coqueluche, sarampo e caxumba, entre outras. Vacinas salvam vidas, e isso ficou ainda mais evidente na pandemia de Covid-19”, disse o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.
Os cidadãos podem verificar sua situação vacinal na unidade de saúde e localizar a mais próxima por meio da plataforma Busca Saúde.
Uma mulher de 30 anos ficou ferida ao tentar separar uma briga envolvendo clientes de um bar localizado na rua Joaquim Fubá, no bairro Nossa Senhora Aparecida em Patos de Minas. A confusão aconteceu na noite dessa quarta-feira (28) e a vítima, que é funcionária do estabelecimento comercial, precisou ser levada para receber atendimento médico.
A vítima informou aos policiais que estava trabalhando quando começou uma confusão no interior do bar, envolvendo uma garota de 14 anos e outra mulher que ela não soube identificar. Durante o desentendimento, a adolescente teria se armado com uma faca e partido para cima da outra.
Para evitar algo mais grave, a funcionária tentou pegar a faca que estava com a adolescente mas acabou sendo atingida por dois golpes, um no braço e outro nas costas. Os ferimentos foram apenas superficiais, mas a funcionária precisou ser socorrida até o Hospital Regional. Ela pegou carona na moto de um conhecido, foi medicada e liberada.
A garota fugiu e seguiu a pé pelos becos do bairro Nossa Senhora Aparecida. Os militares percorreram vários locais onde a menor poderia estar escondida, porém, ela não foi localizada até o momento.
Como a menstruação acompanha boa parte da vida da mulher, é essencial se atentar a mudanças, já que alterações na cor, cheiro e volume podem indicar doenças. Mas como reconhecer essas variações na prática?
A menstruação é um evento fisiológico que representa o início da vida reprodutiva feminina.
Ela ocorre por causa da descamação do endométrio, camada interna do útero, que estava sendo "preparada" para uma possível gestação. Quando isso não ocorre, esse tecido é expelido.
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O ciclo menstrual padrão dura de 24 a 38 dias e espera-se que o fluxo seja de até oito dias. É normal que adolescentes menstruem entre 9 e 15 anos. Quando não ocorre nessa faixa etária, é recomendado procurar um médico para investigar possíveis enfermidades.
Prestar atenção na quantidade de fluxo também é importante. Mesmo sendo difícil medir o volume sanguíneo a cada período, especialistas afirmam que é fundamental se atentar ao número de absorventes utilizados em um curto intervalo de tempo. O mesmo vale para coletores, absorventes íntimos e outras proteções.
"Se você tiver que trocar seu absorvente por um período menor que duas horas é considerado um fluxo acima do normal e deve ser investigado", destaca Fátima Oladejo, ginecologista, com pós-graduação em medicina legal e perícias médicas pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). O recomendado ainda, segundo os médicos, é comparar com ciclos anteriores.
Como a menstruação acompanha boa parte da vida da mulher, é essencial prestar atenção a possíveis mudanças, já que alterações na cor, cheiro e volume podem indicar doenças. Mas como reconhecer essas variações na prática?
Ciclo menstrual desregulado merece atenção
Quando há um sangramento fora do comum e que apresenta anormalidade, é recomendado procurar um ginecologista. Isso porque essa mudança no organismo pode estar ligada ao uso de medicações, tumores ou desequilíbrios hormonais.
Neste último caso, a paciente pode menstruar de 15 em 15 dias, o que não é considerado saudável pelos médicos. Geralmente, ocorre pela falta de hormônios como progesterona e estrogênio. Questões emocionais também podem interferir.
Outra causa comum são os distúrbios ovulatórios, que podem ser causados pelo uso de medicação, doenças na tireóide e é comum em mulheres que estão na menopausa ou que acabaram de menstruar.
Pode ainda estar relacionado às causas endometriais, que são distúrbios da parte mais interna do útero, que pode ser provocada pela própria ovulação ou remédios. O uso de anticoagulantes, usados no tratamento de doenças cardiovasculares, por exemplo, também pode interferir na quantidade de sangue.
Por último, as alterações provocadas por tumores podem ser geradas por pólipos, que deixam o endométrio mais "inchado". Há também os miomas, que são tumores benignos. "Existem vários tipos e é preciso avaliar a causa do sangramento. Não é qualquer um", diz Gabriela Rezende, membro da Comissão Nacional de Ginecologia Endócrina da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
A médica destaca ainda o cuidado com os tumores malignos, já que esses podem se manifestar no endométrio e no colo do útero. "São cânceres. Esses tumores são mais comuns em mulheres mais velhas", alerta.
A linha terapêutica para curar essas disfunções deve ser feita de forma individualizada, pois cada mulher terá um histórico de sintomas. Os médicos já conseguem fazer uma primeira avaliação em consultas médicas e, caso seja necessário, serão realizados exames ginecológicos.
Qual deve ser a cor do sangue?
Além do número de dias e quantidade de menstruação aceitável durante o ciclo, é preciso reparar na cor do sangue nesse período.
Embora pareça ser somente um vermelho "único", o fluxo pode ter diversas tonalidades, podendo indicar problemas de saúde ou nenhum tipo de alteração. Veja abaixo:
Escuro e sem coágulos
Indica o começo do ciclo menstrual e fluxo intenso. A princípio, não há indicativo de alterações no organismo.
Escuro e com coágulos
Pode ser sintoma de hemorragia e os coágulos, que são pedaços de sangue mais viscosos, podem indicar a presença de miomas.
Vermelho vivo
Está ligado ao sangue arterial, pólipos, miomas e tumores malignos. "Não é uma boa referência de prognóstico. Indica uma área com bastante vascularização e sangue", diz Marcos Takimura, ginecologista obstetra e coordenador do curso de Medicina da Universidade Positivo, em Curitiba (PR).
Rosado
Pode indicar rompimento do hímen, logo no início da primeira relação sexual. Mas quando o fluxo está mais aquoso também pode ser causado pela diminuição de estrogênio e deficiência nutricional.
Marrom ou similar à 'borra de café'
Se manifesta com pequenos escapes e pode ocorrer no início ou final de cada período, mas não é indicativo de doenças.
É bem comum em mulheres que usam métodos contraceptivos como DIU e implante subdérmico.
Laranja
Pode estar misturado com o muco cervical, indicando corrimentos ou até infecções.
Cinza
Indício de alguma infecção no organismo e é preciso uma investigação minuciosa com o médico.
Cheiro importa?
O ideal é que a menstruação tenha odor de sangue levemente ferroso. Quando isso não ocorre, é necessário que a mulher preste atenção.
"Muitas vezes, a descarga de fluxo se mistura com o fluido e não necessariamente significa uma infecção uterina. Mas não deve ter um odor insuportável", ressalta Rezende.
Se houver um cheiro fétido, lembrando peixe podre, pode indicar vaginoses e endometrites. "Pode ser uma infecção bacteriana no endométrio", reforça Oladejo. Também pode estar relacionado a doenças inflamatórias pélvicas.
As vaginoses pioram no período menstrual pela própria alteração do pH. O pH da vagina é ácido, por volta dos 4 ou 4,5 e, por conta do fluxo, tende a ficar mais alcalino, chegando aproximadamente a 6, o que facilita a proliferação de bactérias.
Quando o sangramento ocorre de forma irregular repercute na saúde íntima e provoca um desequilíbrio da flora vaginal. "O mau cheiro é pela quantidade de gases que as bactérias eliminam", explica Takimura.
Dessa forma, é fundamental se atentar ao tempo de troca sugerido pelos fabricantes de absorventes e coletores.
"Lembrando que a menstruação é uma matéria orgânica, mas a partir do momento que sai do corpo fica exposta a outras bactérias", reforça Oladejo.
Também deve-se evitar uso de roupas apertadas e calcinhas que não sejam de algodão.
Perda de sangue excessiva provoca anemia?
Como o normal é menstruar de dois a oito dias, quando o fluxo excede esse período pode levar a quadros de anemia. A perda exacerbada de sangue no organismo faz com que a mulher tenha deficiência de ferro e, em casos extremos, precise até de cirurgia.
Por isso é necessário, logo nos primeiros sintomas fora do padrão, procurar um profissional de saúde para investigar cada quadro. Em algumas pacientes, será feito um acompanhamento nutricional, com mudanças na alimentação e ingestão de suplementos.
Atividades que fortalecem os músculos — como levantar peso — devem fazer parte da rotina semanal de exercícios de uma pessoa idosa, sugere um novo estudo.
Pesquisadores dos EUA descobriram que as pessoas que faziam tanto exercícios aeróbicos quanto de musculação eram mais propensas a viver mais do que aquelas que praticavam apenas um ou outro.
Mas você não precisa ir à academia — também vale carregar sacolas de compra pesadas, cavar a terra no jardim e fazer pilates.
Ambos os tipos de atividade são indicados de acordo com as recomendações atuais.
O NHS, sistema de saúde público do Reino Unido, aconselha os adultos com mais de 65 anos a serem fisicamente ativos todos os dias e fazerem atividades para melhorar a força, o equilíbrio e a flexibilidade pelo menos duas vezes por semana.
Também recomenda pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana ou 75 minutos de atividade de intensidade vigorosa se você já for ativo.
O músculo é importante
Sabe-se que aumentar a frequência cardíaca regularmente deixa as pessoas mais em forma e saudáveis, além de ajudar a prolongar suas vidas.
Mas pouco se sabe sobre os efeitos do levantamento de peso ou dos exercícios de fortalecimento muscular em relação a quanto tempo as pessoas vivem.
O estudo americano, publicado no British Journal of Sports Medicine, perguntou a mais de 150 mil pessoas na faixa dos 60 e 70 anos sobre sua rotina de exercícios e depois as acompanhou.
Os pesquisadores descobriram que os participantes que faziam os 150 minutos recomendados de exercícios moderados por semana viveram mais do que aqueles que não faziam — mas aqueles que combinavam exercícios aeróbicos regulares com atividades de fortalecimento muscular uma ou duas vezes por semana se saíram ainda melhor.
Eles apresentaram um risco 47% menor de morrer por qualquer causa, exceto câncer, ao longo dos nove anos seguintes — do que aqueles que não eram ativos.
Fazer apenas levantamento de peso reduziu o risco em até 9-22%, e somente exercícios aeróbicos em 24-34%.
Exemplos de exercícios aeróbicos, que fazem bombear o coração e os pulmões, incluem caminhada apressada, corrida, ciclismo e natação.
O estudo também descobriu que as mulheres se beneficiaram mais do levantamento de peso do que os homens.
A equipe de pesquisa, do Instituto Nacional do Câncer de Maryland e da Universidade de Iowa, ambos nos EUA, explicou que exercícios de fortalecimento muscular podem tornar o corpo mais magro e os ossos mais fortes, levando a uma vida mais saudável na velhice.
"Nossa descoberta de que o risco de mortalidade parece ser menor para aqueles que praticaram ambos os tipos de exercícios fornece um forte respaldo às recomendações atuais para praticar atividades aeróbicas e de fortalecimento muscular", disse a autora do estudo, Jessica Gorzelitz.
"Os idosos provavelmente se beneficiariam de acrescentar exercícios de levantamento de peso às suas rotinas de atividade física."
O estudo se concentrou apenas em pesos, mas os pesquisadores dizem que outros tipos de exercício também se aplicam, como flexão, agachamento e pilates.
De acordo com o NHS, as atividades de fortalecimento muscular podem incluir:
Carregar sacolas pesadas de compras;
Ioga;
Pilates;
Tai chi;
Levantamento de peso;
Se exercitar com elásticos de resistência;
Fazer exercícios que usam seu próprio peso corporal, como flexões e abdominais;
Jardinagem pesada.
O estudo, embora amplo, foi observacional e não conseguiu provar que foi o levantamento de peso que levou as pessoas a viverem mais. Também dependia de os participantes se lembrarem, em um dado momento, de quanto exercício tinham feito no ano anterior.
No entanto, os pesquisadores tentaram eliminar outros fatores que poderiam ter influenciado o resultado, como educação, raça e etnia, mas ainda encontraram o mesmo resultado.
É comum relatarmos, antes de uma prova difícil, entrevista de emprego ou do sonhado primeiro encontro, uma sensação de "frio na barriga". Mas o que causa isso?
O frio na barriga, e outras sensações, são consequência a uma situação de estresse, como medo ou ansiedade.
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O sistema nervoso central é o grande responsável pelo controle das regulações básicas do organismo, como temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca e ereção de pelos.
Ao passarmos por uma experiência de vida, nosso cérebro envia ao organismo algumas respostas fisiológicas. São essas alterações que costumamos descrever como 'gelo na espinha', 'aperto no coração' ou 'peso na cabeça'.
Quando o corpo está em alerta, há uma rápida liberação de adrenalina.
Uma das primeiras respostas a esse estímulo é a diminuição da circulação do sangue na área do abdome, que provoca uma contração do estômago e libera uma quantidade extra de ácido.
Essa sequência de episódios é o que nos dá aquela sensação momentânea do "frio" e encolhimento na barriga.
Toda emoção tem um componente fisiológico que ajuda a explicar o que estamos sentindo. Na linguística, essas expressões são chamadas de idiomáticas e ajudam na compreensão destas sensações.
Se o estímulo estressante persiste, o corpo tende a atenuar a resposta. Mas outros sintomas, como insônia, mãos suadas e taquicardia, podem aparecer.
Fontes: Patrícia Gama, coordenadora do Laboratório de Biologia dos Epitélios Digestivos da USP (Universidade de São Paulo); João Paulo Machado de Sousa, professor do Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto) da USP; Anderson MachadoBenassi, neurologista do Hospital Santa Paula (SP); e Vivian Rio Stella, doutora em linguística pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
"Você não tem medo de interromper um processo natural?" Essa é a pergunta que Gabriela Dourado, de 36 anos, mais escuta quando comenta com outras mulheres que não menstrua há mais de uma década. A pausa aconteceu em função dos métodos anticoncepcionais que escolheu usar nos últimos tempos —primeiro a pílula, depois o DIU hormonal.
Apesar do julgamento, a jornalista, que mora em Fortaleza (CE), não se arrepende da decisão. "Eu não quero sofrer, não quero sentir dor, não quero ter dias do mês em que me sinto mal só para corresponder a essa expectativa machista de que mulher aguenta tudo e calada", garante.
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Ela, que começou a usar pílula aos 21 —tanto para evitar uma gravidez, quanto para reduzir a cólica e a TPM —migrou para o DIU há seis anos, por considerar um método mais seguro e prático. "Sempre tive muito medo de engravidar e a possibilidade de esquecer a pílula me trazia pouca segurança, algo que afetava até minha vida sexual, por não conseguir relaxar com meu parceiro", diz.
Após muitas pesquisas, Gabriela percebeu que o DIU atenderia melhor às suas necessidades. "A maioria dos médicos nem sugeria ele como método, então eu mesma pesquisei um profissional e pedi pela aplicação", recorda. Hoje, conseguiu encontrar uma ginecologista com a qual se sente segura e faz o acompanhamento da sua saúde. Desde que optou pelo DIU, seu único efeito colateral foram cólicas alguns dias depois da implantação.
"Não defendo que toda mulher deva parar de menstruar. As mulheres não 'têm que' nada. Mas precisamos ter a opção. Devemos ser munidas de pesquisas voltadas para a nossa saúde, ser bem orientadas para, aí sim, fazermos a escolha que mais se adeque a cada realidade", opina.
Yesica Sales, de 32 anos, mora em Niterói (RJ), trabalha como auxiliar administrativo e também não menstrua há dez anos. "Quando comecei a menstruar, aos 13 anos, tinha muitos problemas. Desmaiava de dor, uma sensação que pegava o cóccix e as pernas. Era um sangramento desregrado, volumoso, que durava muitos dias", recorda.
O ginecologista recomendou, então, que ela começasse a tomar um anticoncepcional, a fim de prevenir um quadro de endometriose. "No início, eu pausava, mas ainda sentia cólicas. Depois, quando comecei a emendar as cartelas, não tive mais sintomas", relata. Mesmo as queixas mais frequentes, como ganho de peso e perda de libido, Yesica garante que não sentiu até hoje.
"Existiu uma fase em que muitas pessoas começaram a falar dos riscos dos hormônios nas redes sociais. Eu fiquei preocupada e procurei minha ginecologista. Ela explicou que, no meu caso, não seria indicado retirar a pílula. Confiei no diagnóstico, sei que meus exames estão em dia, então não me arrependo", resume.
Assim como elas, muitas pessoas não consideram o ciclo menstrual importante para manter a conexão com o próprio corpo. Pelo contrário: para uma parcela, tudo o que envolve a menstruação é considerado desconfortável —desde os primeiros sinais da TPM, até as cólicas e inchaço. Por isso, optam por suspender o ciclo.
Há ainda quem não se incomoda tanto com os sintomas, mas precisa recorrer aos métodos hormonais para o tratamento de doenças —um processo que pode durar anos. Porém, como no caso de Gabriela, o assunto ainda gera questionamentos.
Entenda a seguir como ocorre a pausa, para quem ela é indicada, os riscos envolvidos e o que muda no corpo após interromper a menstruação.
Por que acontece a menstruação?
Gabriela Rezende, membro da comissão nacional de ginecologia endócrina da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), explica que o natural é que pessoas do sexo feminino em idade reprodutiva menstruem regularmente, em um intervalo de 24 a 38 dias.
Isso acontece porque o endométrio (tecido localizado no interior do útero) se prepara para receber um embrião. Quando o corpo não engravida, a camada que se tornou espessa e cheia de vasos sanguíneos descama.
Como interromper a menstruação?
Essa interrupção pode ser feita por meio de medicações com hormônios: pílula anticoncepcional, métodos contraceptivos injetáveis (como a injeção trimestral ou o implante subdérmico) ou por meio de dispositivos intrauterinos (DIU).
Todos eles fazem uma atrofia do endométrio. "O tecido fica bem fininho, por isso não acontece mais aquele sangramento expressivo: no máximo ocorre um sangramento mais leve, que não se configura como menstruação", aponta.
Quem pausa a cartela do anticoncepcional menstrua?
A resposta é não. "Só menstrua quem não usa métodos anticoncepcionais ou usa algum que não interfere no endométrio, por exemplo a camisinha masculina ou feminina. Quem toma pílula bloqueia o processo de ovulação e atrofia o tecido", explica.
O que ocorre, no entanto, é que algumas cartelas vêm com comprimidos placebos, que devem ser usados de 4 a 7 dias. "Isso diminui um pouco os hormônios e permite que o útero dê uma leve descamada, mas não da maneira natural. Por isso, o sangramento é chamado de artificial", detalha.
É perigoso parar de menstruar?
Assim como na administração de outros medicamentos, existem nos contraceptivos hormonais efeitos colaterais que podem ou não se manifestar. "Esses efeitos dependem de quais hormônios estão sendo administrados (estrogênio ou progesterona) e se eles são sintéticos ou não. No entanto, de maneira geral, alguns deles podem dar náuseas, dores de cabeça e de estômago, edemas e inchaços nas pernas e sangramentos de escape", aponta.
Se administrados a longo prazo, os anticoncepcionais que contêm estrogênio elevam o risco de trombose. "Costuma ser um evento raro, mas é recomendado que o ginecologista investigue o histórico de cada paciente antes de receitar a medicação", aponta.
Parar de menstruar por muito tempo faz mal?
A médica explica que os métodos contraceptivos têm um prazo de duração no organismo e que, quando interrompidos, o corpo volta a funcionar normalmente. "O que acontece muitas vezes é que as mulheres começam a tomar a pílula muito cedo. Depois, quando param de tomar, não sabem como o corpo funciona sem o efeito do anticoncepcional", pondera.
Por isso muitas podem se incomodar com cólicas, fluxo maior ou irregularidades no ciclo ao pararem com o anticoncepcional: o passar do tempo fez com que as características da sua menstruação mudassem —mas, por estarem com o ciclo bloqueado, não notaram essas diferenças. A médica garante ainda que o uso do anticoncepcional não interfere na fertilidade.
Quem pode parar de menstruar?
Se uma mulher é saudável, não apresenta disfunções menstruais, nem sangramento anormal, mas quer suspender a menstruação mesmo assim, ela pode fazer isso.
"É uma decisão pessoal e que deve ser tomada em conjunto com o ginecologista, de preferência em uma conversa aprofundada. É preciso saber se a paciente tem alguma doença, se faz uso de outras medicações, se já realizou cirurgias, se tem vícios, histórico de câncer, trombose, infarto ou AVC na família, quando foi sua primeira menstruação, como são os seus ciclos, seus hábitos de vida e sexuais", aponta Gabriela.
Com essas informações, mais o exame clínico, o médico consegue avaliar se existe alguma contraindicação para parar de menstruar. Caso não haja impedimentos e a paciente estiver ciente dos riscos e benefícios envolvidos, o método pode ser indicado.
Além disso, mulheres que sofrem de anemia, que têm pólipos ou miomas ou sofrem de doenças, como a adenomiose, podem receber, como parte do tratamento, a indicação de suspender a menstruação.
Por que mesmo com TPM e cólicas, muitas mulheres preferem menstruar?
Além do receio dos efeitos colaterais, a ginecologista recorda que a mulher brasileira tem uma ligação cultural com a menstruação. "Muitas associam à saída do sangue com a ideia de uma limpeza do corpo. Outras se sentem mais seguras ao vê-lo, por saberem que não estão grávidas. Existe ainda a conexão com o organismo: para uma parcela das mulheres, é um momento de reflexão, de observação de si mesmas. Por isso a decisão de seguir menstruando deve levar em conta as crenças, percepções, a profissão e outros aspectos além das condições físicas femininas", resume.
Manter os dentes brancos é uma luta diária de todos nós. Afinal, além de mostrar que está com a saúde bucal em dia, é uma parte fundamental do nosso corpo que está relacionada diretamente com a nossa aparência. E todos os seres humanos são vaidosos, ainda que uns sejam menos que outros.
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Afinal, quem não quer rir sem se preocupar em mostrar um sorriso amarelado ou até cáries na boca? Manter os dentes brancos é essencial para, inclusive, aumentar nossa autoestima e permitir que lidemos com o dia a dia de forma mais fácil e leve. Por isso, um novo produto pode chegar ao mercado muito em breve promete revolucionar na maneira de manter os dentes brancos para sempre. Conheça essa tecnologia revolucionária.
O que é esse produto revolucionário?
Um estudo publicado na Sociedade Americana de Química e Materiais e Interfaces Aplicadas revela que cientistas da Universidade de Nanchang, na China, criaram um produto que promete revolucionar o mercado odontológico e mudar os parâmetros da higiene bucal para sempre. Segundo pesquisadores, um hidrogel promete manter os dentes eternamente brancos sem grandes esforços.
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De acordo com eles, a novidade seria capaz de eliminar até 94% das bactérias formadoras de cáries. Além disso, conseguiria clarear arcada dentária de todas as pessoas. Os pesquisadores alegam ainda que os atuais cremes dentais removem apenas manchas superficiais. Ademais, os atuais tratamentos de clareamento podem prejudicar o esmalte, o que pode provocar cáries e descoloração.
Inovação que promete manter os dentes brancos funciona mesmo?
Mas como os cientistas chegaram à essa novidade? De acordo com o artigo, os envolvidos no estudo alteraram nanopartículas de dióxido de titânio para um tratamento de clareamento dental menos destrutivo. Entretanto, esse método exigia luz azul de alta intensidade, e isso pode prejudicar tanto os olhos quanto a pele do paciente. Então, foi preciso buscar um material ativado por luz verde, considerado uma alternativa mais segura.
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Feito isto, os pesquisadores fizeram uma mistura espessa de nanopartículas de nanopartículas de óxido de cobre, oxicloreto de bismuto e alginato de sódio. Com isso, eles identificaram que a substância aderiu fortemente à arcada dentária. Na sequência, o produto foi ativado pela luz verde e retirado dos dentes.
Como forma de comprovar a eficácia do produto, os cientistas testaram o hidrogel em dentes manchados por alimentos e líquidos que deixam marcas. Café, refrigerante, suco e chá são alguns exemplos básicos. Após testado e colocado, os pesquisadores averiguaram que os dentes ficaram mais brancos e o esmalte não sofreu danos. Para realizar os testes, a equipe utilizou camundongos cujas bocas foram sujas com bactérias que causam cáries. Assim, a substância impediu a formação de cavidades moderadas e profundas na superfície dos dentes dos roedores.
Como manter os dentes sempre limpos?
Como o hidrogel ainda vai passar por aprovação das agências reguladoras e pode demorar a chegar no mercado, algumas dicas importantes podem ajudar manter os dentes sempre brancos sem qualquer produto ‘milagroso’. A principal delas, claro, é sempre escovar os dentes após as refeições. Esse hábito, além de manter os dentes brancos, ajuda a ter um hálito melhor e evita cáries.
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Outras práticas importantes para manter os dentes sempre brancos e limpos é evitar exagerar em líquidos como refrigerante, café, chá e sucos. Caso você seja fumante, parar com o vício também é uma ajuda e tanto para a saúde bucal. Assim como beber bastante água durante o dia e ingerir mais alimentos com fibras, visto que eles geram atrito na superfície dos dentes, provocando uma espécie de limpeza mecânica.
Cientistas nos EUA alertaram para um vírus recém-descoberto que é semelhante ao coronavírus, que provoca a covid-19. De acordo com a pesquisa, o patógeno circula em morcegos selvagens na Rússia e há temores de que possa infectar os humanos.
A notícia alarmou a comunidade científica porque em testes de laboratório, o vírus mostrou ser resistentes aos anticorpos produzidos pelas vacinas existentes.
Crédito: Gorodenkoff/istock Novo vírus semelhante ao da covid-19 é descoberto
Publicado na revista científica PLoS Pathogens, o estudo sobre o vírus chamado Khhosta foi liderado por pesquisadores da Washington State University (WSU), nos Estados Unidos.
As origens exatas do vírus não são claras e estão atualmente sendo investigadas por uma equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Khhosta-1 e Khhost-2 são sarbecovírus e pertencem ao mesmo subgênero do coronavírus, por isso guardam inúmeras semelhanças.
Em testes de laboratório, os pesquisadores observaram que o Khosta-1 representa um baixo risco para os seres humanos. Por outro lado, o Khosta-2 demonstrou algumas características preocupantes.
A pesquisa descobriu que tanto o Khosta-2 quanto o vírus da covid-19 podem usar a proteína de pico (Spike) da membrana celular para infectar células.
“Descobrimos que a proteína de pico do vírus Khosta-2 poderia infectar células, como patógenos humanos, usando os mesmos mecanismos de entrada, mas era resistente à neutralização pelo soro de indivíduos vacinados para SARS-CoV-2”, disseram os autores do estudo.
Os pesquisadores disseram ainda que suas descobertas destacam a importância de desenvolver vacinas que cubram um amplo espectro de vírus – não apenas uma linhagem como a covid-19.
Imagem de microscopia mostra vários vírus de influenza A, causadores da gripe. — Foto: CDC/ F. A. Murphy
Nas últimas semanas, o número de casos positivos para a influenza A, um dos vírus da gripe, subiu de 4,3% para 23,3%. Os dados são de um levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) que analisou testes moleculares realizados por alguns laboratórios privados (a grande maioria deles, 95%, nos estados das regiões Sudeste e Centro-Oeste).
Segundo o levantamento, que considera testes de viroses respiratórias entre 20 de agosto e 17 de setembro, percentuais mais elevados de positividade para esse tipo de gripe foram observados principalmente em adolescentes de 10 a 19 anos (52,5%), depois em crianças de 5 a 9 anos (40,8%) e em bebês de 0 a 4 anos (10,6%).
Em seu último Boletim InfoGripe, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também destacou o aumento de casos do vírus na cidade de São Paulo. De acordo com a análise, a capital paulista tem registrado tendência de aumento principalmente em crianças e adolescentes.
A Secretaria de Saúde do município, porém, afirma que os casos de síndromes gripais de uma forma geral seguem em queda, embora não tenha especificado o número exato de quadros de influenza A.
Especialistas ouvidos pelo g1 ressaltam que os números preocupam, tendo em vista que a influenza pode evoluir para quadros graves, principalmente em grupos de risco, como gestantes, idosos, menores de 4 anos e imunossuprimidos, mas lembram também que existe uma vacina gratuita e eficaz contra a doença no sistema público de saúde que previne justamente esses casos.
Nessa reportagem, você vai ver:
O que é a influenza A e qual a atual situação dos casos?
O que explica esse aumento de casos no estado de São Paulo?
O uso de máscaras deve voltar a ser obrigatório? E em escolas?
Quais são os principais sintomas da influenza A?
Como ocorre a transmissão?
Como evitar o contágio?
O que fazer em caso de suspeita?
1) O que é a influenza A e qual a atual situação dos casos?
A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus da influenza, que tem grande potencial de transmissão.
Existem quatro tipos de vírus da gripe: A, B, C e D. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias em ciclos anuais, enquanto o C costuma provocar alguns casos mais leves e o D não é conhecido por infectar ou causar doenças em humanos.
O tipo A da influenza em específico é classificado em subtipos. Embora existam mais de 130 combinações de subtipos de influenza A, as seguintes são as que mais costumam circular:
A(H1N1), responsável pela pandemia de gripe suína em 2009;
A(H3N2), responsável pelo surto fora de época no final de 2021.
A médica Carla Kobayashi, infectologista do Hospital Sírio Libanês, lembra que a influenza é uma doença sazonal, ou seja, ocorre justamente mais nos meses de junho a setembro, coincidindo com o outono e inverno, e a queda das temperaturas (nos estados do país onde essas estações são mais definidas, como no Sul e Sudeste).
A/CA/4/09, o vírus da gripe suína. — Foto: CDC / C. S. Goldsmith and A. Balish
Agora, a médica lembra que a vacina da influenza está atualizada com as cepas circulantes no ano anterior(A H1N1, A Darwin H3N2 e a influenza do tipo B), mas ressalta que o atual surto registrado principalmente em São Paulo preocupa porque o imunizante é efetivo para a redução dos casos graves.
"A influenza pode se apresentar apenas como uma síndrome gripal, que causa febre, mialgia, tosse...(veja a lista completa no item 4), mas também como SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) com possibilidade de internação, necessidade de ventilação mecânica e até óbito. Em especial nos grupos de risco, como gestantes, idosos, menores de 2 anos e imunossuprimidos", diz a infectologista.
Ainda segundo o último boletim da Fiocruz, de 11 de setembro a 17 de setembro, a situação nacional indicava que:
9,7% dos casos de SRAG no Brasil foram causados pela gripe A;
E, a grande maioria deles, pelo Sars-CoV-2 (o vírus causador da Covid): 55,8%.
Em contraste, o boletim dos dias 4 a 10 de setembro, apontava :
5,9% de prevalência para influenza A;
0,4% para influenza B;
6,7% para vírus sincicial respiratório;
E 63,0% para o Sars-CoV-2.
Contudo, Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, ressalta que os dados indicam, por enquanto, que estamos vendo um aumento significativo de influenza A apenas no estado São Paulo, e que, se não tomarmos o devido cuidado (veja o que recomendam os especialistas nos itens 2 e 3), esse pode ser o início de um novo processo epidêmico.
"Dada a importância da capital paulista em termos de fluxos de pessoas para todos os centros urbanos do país, [esse aumento] serve de sentinela. Pode acontecer nos outros locais porque caso espalhe, respinga nos outros, talvez não invada, mas respinga", pontua o pesquisador.
Somente no estado de São Paulo, entre os dias 21 de agosto e 17 de setembro, a influenza A representou 20% do total de casos de SRAG, enquanto o SARS-CoV-2 respondeu por 54%. Há um mês, segundo os dados da Fiocruz, esse mesmo indicador da influenza apontava para aproximadamente 3%, enquanto o SARS-CoV-2 respondia por 90%
2) O que explica esses números?
Segundo os especialistas ouvidos pelo g1,ainda é cedo para cravar o que de fato explica o aumento desses casos em São Paulo, mas Celso Granato, médico infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, aponta um fator importante em jogo: um inverno atípico.
"A gente não tem uma explicação muito clara. Mas ainda estávamos no inverno até a semana passada. E essa é uma doença de inverno. Um inverno que foi meio atípico, né. Em primeiro lugar, porque ele estava bem frio. Em segundo lugar, porque estava oscilando muito a temperatura. Tivemos temperaturas baixas até o finalzinho da estação", ressalta Granato.
Durante esses períodos de frio, Kobayashi acrescenta que as pessoas tendem a ficar próximas umas das outras em ambientes que facilitam a transmissão viral.
“[Esse atual surto] tem mais a ver com a queda das temperaturas e o nosso comportamento social no inverno, [quando ficamos] em locais fechados (ambientes pouco ventilados) associado a maiores aglomerações”, ressalta.
"O influenza não circulou no inverno. A gente estava esperando uma onda que não veio e agora ele veio de novo fora de época, mas menos fora de época que o ano anterior", afirma o presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri.
Aliado a isso, Granato ainda destaca que o aumento do número de casos de influenza A vem acompanhado de uma vacinação recente contra a gripe, mas que não teve uma campanha muito eficaz.
Frascos da vacina contra a influenza. — Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Em julho, o governo do estado de São Paulo estendeu a vacinação contra a gripe a todas as pessoas com mais de 6 meses de idade. Mas, desde o início da campanha em março, apenas 69,3% do público-alvo (crianças, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas, idosos e professores) receberam a imunização, segundo dados do Ministério da Saúde consultados pelo g1.
Entre as crianças menores de 5 anos, essa taxa está em torno de 64,6%. A faixa ideal de cobertura para todos os públicos é acima de 90%.
"Essa é uma vacina que tem uma proteção bastante limitada", diz Granato. "A gente vacinou muito em março, abril. Então, ela já não está com tanta eficiência agora no final de setembro. Por isso, eu acho que vale a pena mesmo a gente revacinar agora. E muitas dessas crianças talvez não tenham sido vacinadas também".
Por outro lado, Kfouri destaca que a vacinação é uma proteção individual e ressalta que a sazonalidade atípica do influenza foi influenciada muito mais pela pandemia de Covid-19. "Em 2020, nós quase não tivemos circulação de influenza no ano inteiro. Em 2021, o pico de dezembro foi atípico, completamente extemporâneo, fora do inverno. E agora, embora tenha se aproximado mais do inverno, o período de maior circulação está sendo em setembro, que também é uma circulação atípica".
"E a gente ainda não tem ideia do tamanho da epidemia deste ano. Mas está crescendo bastante. Não sabemos também ainda qual a variante do influenza A, parece ser o H3N2, mas não sabemos se é o mesmo que está na vacina", chama atenção o pediatra.
3) O uso de máscaras volta a ser obrigatório? E em escolas?
Além da vacinação, tanto Kobayashi como Granato recomendam o uso da proteção facial para conter o avanço do surto.
“A gente fica até com receio de falar isso hoje em dia porque as pessoas estão muito cansadas das máscaras, mas a gente deveria incorporar isso no nosso modo de viver”, destaca o médico infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que "reforça a importância da vacinação e conscientização dos pais e responsáveis sobre a relevância da imunização de rotina e não apenas em momento epidêmico ou pandêmico" (veja a íntegra das notas no final desta reportagem).
Já a Secretaria de Educação do governo estadual afirmou que o uso de máscaras em qualquer ambiente escolar segue como uma opção individual, mas reforçou que adota protocolos sanitários que "prezam pela higienização e ventilação dos ambientes, auxiliando na não proliferação de vírus".
"A máscara é nossa vacina universal: quando você usa máscara você não pega Covid, você não pega a influenza, resfriado.
4) Quais são os principais sintomas da influenza A?
Segundo a Fiocruz, ao entrar em contato com o vírus, uma pessoa começa a manifestar os sintomas entre o primeiro e o quarto dia da infecção. Entre os principais, se destacam os seguintes:
Febre;
Calafrios;
Tosse;
Dor de garganta;
Nariz escorrendo ou entupido;
Dor muscular e/ou corporais;
Dor de cabeça;
Fadiga (cansaço);
Vômito e diarreia, mais comum no público infantil.
Geralmente, a recuperação leva menos de duas semanas, mas algumas pessoas podem apresentar complicações, como uma pneumonia, infecção que acomete os pulmões.
5) Como ocorre a transmissão?
Ao espirrar, tossir ou falar, uma pessoa infectada pode transmitir o vírus diretamente; ou indiretamente, se a pessoa levar as mãos contaminadas à boca, nariz e olhos após entrar em contato com superfícies contaminadas.
6) Como evitar o contágio?
A Fiocruz recomenda lavar as mãos com frequência, utilizar máscaras e priorizar ambientes com circulação do ar.
Além disso, como pontuado acima, existe uma vacina gratuita contra o vírus que todos podem tomar.
A Fiocruz lembra que os imunizantes disponibilizados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) são compostos a partir de uma regulamentação da Anvisa, que avalia as cepas em circulação dos tipos A e B da influenza nas temporadas de circulação do vírus.
"É sempre bom reforçar a importância da vacina! Principalmente para pessoas dos grupos de risco com maior chance de quadros graves", destaca a infectologista Carla Kobayashi.
7) O que fazer em caso de suspeita?
A infectologista Carla Kobayashi ressalta que os pacientes que apresentarem casos leves não precisam procurar um Posto de Saúde ou UBS imediatamente.
A atenção médica deve ser procurada se a condição persistir ou piorar. A médica destaca sinais de alerta como febre persistente, falta de ar e, no caso das crianças, apatia, sinais de desidratação e queda do estado geral.
Além disso, pessoas que correm o risco de desenvolver uma doença grave (SRAG), como gestantes, idosos, imunossuprimidos, menores de 2 anos, devem procurar o atendimento médico para avaliação e orientações.
Abaixo, confira na íntegra as notas enviadas aog1:
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo:
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) segue as orientações das autoridades sanitárias e reforça que os protocolos sanitários prezam pela higienização e ventilação dos ambientes, auxiliando na não proliferação de vírus. O uso de máscaras em qualquer ambiente escolar é uma opção individual, conforme o Decreto Estadual nº 66.575/2022.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a importância da vacinação e conscientização dos pais e responsáveis sobre a relevância da imunização de rotina e não apenas em momento epidêmico ou pandêmico. Até 30 de setembro, o Governo de SP realiza a Campanha de Multivacinação, quando as crianças e adolescentes podem atualizar a caderneta de vacinação e se proteger contra várias doenças.
Secretaria Especial de Comunicação da Cidade de São Paulo:
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), informa que surtos de síndrome gripal (SG) relacionados ao vírus influenza são caracterizados pela ocorrência de dois ou mais casos suspeitos ou confirmados, em até sete dias, a partir da data de início de sintomas entre os casos. Quando há a ocorrência de surtos de SG, esses devem ser notificados para a Vigilância Epidemiológica do município.
A SMS esclarece, ainda, que durante as semanas epidemiológicas 21, 22, 23, 24 e 25 (22 de maio a 25 de junho) foram registrados 747 surtos de SG por agentes etiológicos diversos, incluindo o vírus influenza, em escolas da cidade. A partir da SE 26 até a 36 (26 de junho a 10 de setembro), foram registrados 104 surtos. Portanto, os casos de SG são monitorados e seguem em queda.
As orientações para surtos de síndrome gripal pelo vírus influenza podem ser acessadas neste link:https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/informe_tecnico_04_2019_sindrome_gripal.pdfA Secretaria Municipal de Educação (SME) destaca que as escolas da Rede Municipal de Ensino seguem os protocolos sanitários definidos pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), da Secretaria Municipal da Saúde.
As áreas da Saúde e Educação fazem um trabalho conjunto visando o controle da transmissão de vírus na comunidade escolar. A SMS monitora as unidades escolares e dá suporte técnico para investigação de casos junto às UBS e Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS).