Na última semana, um método criado por um brasileiro para reconstruir (e criar do zero) o pênis ganhou destaque na mídia. Além disso, outra notícia que repercutiu no Brasil foi a determinação da justiça para proibir a venda de cigarros eletrônicos, os vapes, no Brasil. Veja agora os assuntos que mais bombaram nos últimos dias, aqui no Giro da Saúde!
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Um dos destaques da semana teve brasileiros como protagonistas: um novo método cirúrgico de reconstrução de pênis ganhou manchetes após publicação em uma revista científica. O principal autor do artigo que descreve a técnica, o urologista Ubirajara Barroso Junior, é especialista em reconstrução genital. Em vez de usar pele de outras partes do corpo para refazer o órgão (ou criar um pênis novo, no caso de pacientes mutilados ou homens trans), o médico desenvolveu um método diferente.
É a ausência dos corpos cavernosos que invalida métodos antigos de reconstrução peniana, e mesmo o corpo esponjoso é diferente: nos órgãos recriados, a uretra termina em um furo na parte de baixo do pênis. A nova técnica, no entanto, consiste de uma incisão no períneo.
O trajeto passa por dentro do osso da bacia e, ao invés de tentar descolar o corpo cavernoso da estrutura óssea, corta-se um pedaço do osso junto, amarrando-o a um ponto mais à frente, no osso do púbis. Com isso, os corpos cavernosos (que também existem no clitóris e são longos o suficiente para criar um pênis) conseguem chegar até o órgão e preenchê-lo, tornando-o funcional para urinar e ter ereções.
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Na quinta-feira (1), foi determinado pelo Ministério da Justiça que 33 empresas suspendessem a venda de vapes, os famosos cigarros eletrônicos, no Brasil. A justificativa, conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU), são "riscos à vida e à saúde do consumidor".
A publicação, aliás, previa interrupção da comercialização em 48 horas, sob pena de multa diária no valor de R$ 5 mil. De acordo com o Ministério da Justiça, as empresas autuadas agem com falta de transparência e de boa-fé e induzem os consumidores a acreditarem que os cigarros eletrônicos são produtos legais — mas não são. A comercialização dos vapes foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária no Brasil ainda em 2009.
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Conforme o texto publicado no DOU, o aumento da comercialização dos vapes afeta principalmente os jovens brasileiros. E, apesar de terem sido, por muito tempo, tidos como alternativa àqueles que desejavam parar de fumar, o entendimento do Ministério e dos especialistas em saúde sobre e-cigs é outro: eles chegam a afirmar que os malefícios dos dispositivos eletrônicos podem ser maiores que os do cigarro comum.
Para Alexandre Todorovic Fabro, médico patologista e associado da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), “o cigarro eletrônico causa as mesmas doenças que o cigarro comum e também lesões mais agudas, como a destruição de pneumócitos — as células que revestem os alvéolos pulmonares — por queimadura provocada pelo vapor quente combinado às substâncias tóxicas” presentes nos cartuchos, os chamados juices ou essências.
Fabro compara a situação com a da fumaça tóxica inalada durante um incêndio. Com este tipo de dano, “se a pessoa não morre, forma uma pneumonia que deixa marcas no pulmão como se fossem cicatrizes internas”. É o caso da doença evali, causada pelos vapes. A nomenclatura é adotada desde 2019 e significa "doenças pulmonares associadas aos cigarros eletrônicos". Ainda, os vapes podem causar os mesmos problemas que o uso do cigarro comum, como câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica.
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Autoridades de saúde britânicas decidiram recomendar o transplante fecal como tratamento para infecções causadas pela bactéria Clostridium difficile, que, como o nome indica, é bastante resistente. A recomendação foi feita na semana passada pelo Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados (Nice, na sigla em inglês).
O transplante fecal é indicado aos pacientes que tiveram dois ou mais quadros de diarreia provocados pela bactéria. O procedimento é feito por endoscopia (ou seja, pela boca) ou por colonoscopia (através do reto). Há, ainda, a opção de transplantar a microbiota intestinal com pílulas preparadas em laboratório, as quais o paciente ingere e modifica a flora dos intestinos.
O Nice espera realizar entre 450 e 500 transplantes fecais apenas na Inglaterra. A medida deve gerar economia no orçamento da saúde pública local, já que irá reduzir o uso de antibióticos.
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A Gripe do Tomate chamou a atenção da mídia nas últimas semanas, por causar um surto em crianças pequenas na Índia. Como ainda não era conhecida a origem do quadro, foi apelidada assim, devido às manchas avermelhadas que lembram a forma de um tomate.
Agora, um estudo revelou a verdadeira causa da moléstia. Devido às erupções cutâneas que a doença causa, médicos britânicos responsáveis pelo estudo até desconfiaram de varíola dos macacos, mas os resultados dos exames confirmaram que se tratava de uma variação da doença mão-pé-boca.
A mão-pé-boca é conhecida por provocar bolhas nas palmas das mãos, solas dos pés e bocas de crianças. É uma infecção causada por um vírus da família dos enterovírus, chamado coxsackie A16, e que acomete principalmente crianças de 5 anos ou menos. A doença não é considerada grave e é autolimitada, ou seja, dentro de algumas semanas desaparece sozinha do organismo.
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