A diarista Rosane Fabrino, 48, desenvolveu uma compulsão alimentar por conta da opressão que sofria do marido e, com 1,53 m, chegou a 115 kg. Triste, com baixa autoestima e a saúde prejudicada devido à obesidade, ela decidiu se cuidar. Mudou a alimentação, passou a treinar escondida do parceiro e chegou a 70 kg. A seguir, Rosane conta como conseguiu:
"Comecei a engordar após ter minha segunda filha e me separar do meu primeiro marido. Só que meu peso saiu mesmo do controle no meu segundo casamento. Meu companheiro me oprimia muito e passei a descontar as emoções negativas na comida, o que me levou a desenvolver uma compulsão.
Acordava às 4h30 da manhã para preparar a marmita do meu marido e já começava ali comilança. Chegava a consumir, ainda de madrugada, coisas pesadas, como linguiça, carne. Depois, por volta das 7h30, tinha que dar café da manhã para os meus filhos. Ia na padaria e comia cinco pães com mortadela.
Quando me dei conta, estava pesando 115 kg e tudo começou a ficar complicado por causa da obesidade. Não conseguia nem amarrar minha sandália. Estava cansada, sem vida. Tinha dificuldade para subir no ônibus e passava com dificuldade pela roleta. Sem falar que escutava coisas terríveis. Uma vez, o passageiro sentado ao meu lado no ônibus falou que não tinha espaço para ele na cadeira e eu deveria emagrecer para não incomodar as pessoas. Em outra ocasião, um menino me xingou na rua por causa do meu peso.
Só que nada se comparava ao meu marido. Ele vivia me chamando de gorda e falava que se eu me separasse ninguém teria coragem nem de olhar para mim. Quando a gente ia para a praia, era obrigada a usar calça jeans e camisa de manga longa. Ele não me deixava vestir maiô e dizia abertamente que sentia vergonha de mim. Era uma imposição: ou eu me vestia do jeito que ele queria ou não tinha passeio. Como tinha três filhos com ele, não queria causar prejuízos para a família e aceitava tudo, mesmo sofrendo.
Foi aí que o excesso de peso começou a afetar minha saúde. Fiquei com diabetes e perdi um pouco da minha visão. Só que, mesmo doente, não conseguia parar de comer.
Vivia triste e cabisbaixa, até que um dia uma mulher desconhecida me parou na rua e falou: "Você é tão bonita. Não fique assim. Cuide-se". Aquelas palavras ficaram na minha cabeça. Se eu não fizesse nada por mim, quem iria fazer? Desde então, decidi mudar os hábitos para ter mais saúde e emagrecer.
Comecei ajustando a alimentação. Tirei do cardápio carboidratos refinados como arroz, macarrão e biscoitos. A única coisa que mantive foi o pão pela manhã, mas controlava a quantidade. Também parei de tomar refrigerantes e substitui o café preto com açúcar por mate com algumas gotas de adoçante. Meu almoço e jantar tinha sempre verduras, legumes e peixe cozido.
Decidi me exercitar e me matriculei em uma academia, mas só fiquei quinze dias. Não por falta de motivação. Meu marido foi lá, fez o maior escândalo e não me deixou fazer exercícios. Ao mesmo tempo em que tinha vergonha por eu ser gorda, ele não queria que eu emagrecesse por conta de ciúmes.
Mas eu estava decidida a me cuidar e encontrei um jeito de fazer atividade física escondida dele. Esperava meu companheiro sair para o trabalho, por volta de 5h30 da manhã, para ir caminhar na rua durante duas horas. Depois, eu ia trabalhar e, na volta, saltava do ônibus bem antes do ponto perto de casa, para andar mais.
Com esses hábitos, em poucos meses consegui perder 30 kg. As pessoas ficaram surpresas e começaram a achar que eu estava tomando remédio. Outros perguntavam se tinha feito cirurgia bariátrica. Mas eu jurava que não. Foi tudo com boa alimentação e exercício.
O problema é que fiquei tão empolgada com meu resultado que comecei a só pensar em emagrecer. Não comia mesmo quando estava com fome, passei a ser radical demais e coloquei minha saúde em risco. Cheguei a 53 kg. Fiquei magra, mas muito flácida e com os ossos do rosto aparecendo, não estava me sentido bem.
Quando fui à minha médica, levei uma bronca. Ela explicou que essa não era a forma saudável de emagrecer. Iniciei um processo de reeducação alimentar e entendi que para ter o peso adequado e cuidar do corpo não devemos cometer loucura. Voltei a comer bem, sem passar fome, evitando só o exagero ou o que não é saudável (carboidratos refinados, industrializados, doces). Assim, ganhei alguns quilos, tudo dentro do planejado, e fiquei perto dos 70 kg —por isso considero que de forma saudável perdi 45 kg.
Com a pandemia, descuidei um pouco da dieta e engordei mais, mas já estou na linha e perdendo peso novamente. Agora, quero estabilizar o ponteiro da balança na casa dos 60 kg —sem loucuras e seguindo as orientações da minha médica.
Emagrecer foi transformador e aprendi que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, mesmo que outras pessoas tentem nos impedir de alcançá-los. Eu me separei e estou muito mais feliz hoje. Eu me amo muito mais e nunca mais quero deixar de cuidar do meu bem-estar e da minha saúde.
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